quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Monstro!! cap -03


Devido ao salto, infelizmente eu não consegui ir muito longe, quando estava na porta do meu quarto senti as suas mãos me empurrando, fazendo-me cair e bater com o rosto no chão. Eu tentei me arrastar e fugir dele, mas foi quase impossível, ele era bem mais forte do que eu, me olhava com ódio nos olhos, ele respirava fortemente, parecia bufar de ódio. Eu estava começando a me desesperar, o medo estava tomando conta de mim. Ele começou a desatar o cinto, eu estava acoada no canto da parede, o meu coração estava acelerado, as minhas mãos estavam tremulas, a minha respiração estava completamente descompassada, eu queria gritar, queria bater nele, espernear, mas infelizmente eu não conseguia fazer nada disso.

-Por favor, me deixa em paz?<senti as lagrimas rolarem pelo meu rosto>

-Eu quero você, quero sentir o seu gosto, a sua boca!... Quero sentir cada pedacinho do seu corpo delicioso!<disse enquanto retirava o cinto e abria a sua calça>

-Se você me tocar eu vou contar para a minha tia!<o encarei seriamente>

-Conta!... Conta, ela não vai acreditar em você, por que ela me ama!<retirou a sua calça>

-PARAAAAAAAAAA!.... SAAAAAAAAAAAAI!

Senti o couro duro do seu cinto tocar brutalmente a minha pele, uma, duas, três vezes. Ele me olhava satisfeito, parecia feliz em estar me torturando, em estar me vendo a sua merce, completamente rendida as suas vontades. Com uma das mãos ele puxou a minha blusa ate ela se rasgar completamente no meu corpo. Eu tentei gritar novamente, mas ele ameaçou me enforcar com o seu cinto.

-Por favor, me deixa em paz!<pedi em suplica>

-Agora não adianta mais, eu já comecei e vou ate o fim!<ele estava abaixado as minha frente entre as minhas pernas>

-Eu juro que não conto nada para a minha tia, mas por favor, me deixa em paz!<dizia entre um choro baixo e forte>

-Me beija!

-Não, não por favor, isso não!<eu estava implorando>

-Me beija AGORA!<me acertou novamente com o cinto>... Se você não me beijar, a próxima a estar na sua posição sera a Ingride!

-NÃO!... Isso não, por favor!

Eu respirei fundo, nunca senti tanto nojo em toda a minha vida, nunca senti tanto ódio de alguém, eu nunca quis matar ninguém, mas neste momento era tudo o que eu mais queria, ter coragem para ceifar a sua vida. Eu não sei como que em uma situação de extrema tensão alguém, consegue ficar exitado, tem que ser uma pessoa muito fria, ou um monstro. Ele mandou que eu abrisse a minha boca pois ele queria me sentir, eu estava me sentindo humilhada, e completamente desprotegida, eu não queria ceder as suas ameaças, mas a unica coisa, ou pessoa que eu pensava na hora era na Ingrid, e se ele fizesse o mesmo com ela, eu nunca iria me perdoar. Infelizmente cedi as suas vontades, os seus gemidos de prazer me incomodavam, e me faziam sentir ainda mais nojo, não só dele, como de mim mesma. Depois de me obrigar a manter relações orais com ele, fui obrigada a ceder, e me entregar a ele, entregar a coisa que a mulher possui de mais importante, a sua pureza, ele não teve dó de mim, não quis saber se estava doendo, se estava me machucando, ou qualquer outra coisa, ele só queria saber das suas satisfações sexuais. Ele parecia um bicho, um animal comendo a sua presa, eu só conseguia chorar baixinho, e pedir internamente que tudo isso acabasse. Eu estava sentindo muito dor, e a única coisa que ele queria era variar de posição, ele queria obter prazer, era somente nisso que ele pensava. Depois de meia hora de tortura, acho que enfim se sentiu satisfeito, ele simplesmente disse que se eu contasse a alguma delas, ele iria fazer pior comigo, e ainda iria fazer com a minha irma. Eu só sabia chorar, estava me sentindo suja, e completamente culpada por tudo o que tinha acabado de acontecer. Ele saiu do quarto, e com muito dificuldade eu recolhi as minhas roupas, e me encolhi no canto da parede, a unica coisa que eu conseguia fazer em meio a toda a dor que eu estava sentindo, era chorar, tomar um banho de horas, para tirar toda a sujeira do meu corpo, eu só queria sumir da li, sumir do mundo.

                    

Durante seis meses eu sofri violências sexuais, pelo menos duas vezes na semana, ele sempre inventava algo para ficar em casa, e como eu era responsável por cuidar da casa, consecutivamente eu tinha que ficar com ele, e com isso ele se aproveitava para abusar sexualmente de mim, e de me bater. A cada dia que passava eu setia mais ódio dele, todos os dias quando eu me olhava no espelho eu sentia nojo, nojo, e mais nojo da minha cara, do meu corpo, da minha vida, eu chego a pensar que cheguei ao fundo do posso, pensar não, eu cheguei, mas eu sei que vou conseguir sair dali.
Um dia de domingo, a minha tia inventou de nos levar a praia, inicialmente todos iriam, menos eu, não queria ter ficar nem próximo daquele monstro, mas para a minha decepção, e desespero, ele inventou uma dor no estomago, e decidiu ficar em casa, com isso eu sabia que seria abusada novamente. Assim que a minha tia saiu, eu corri para o me trancar no quarto assim como eu tinha feito nas ultimas três vezes, e com isso não fui abusada. Mas quando eu fui trancar a porta, a chave tinha sumido, eu comecei a procura-la pelo quarto, mas eu não a achava, a porta se abriu abruptamente, e ele me encarou com um misto de fúria, ódio e desejo.

-Esta procurando por isso?<disse balançando a chave>

-Sim!<senti os meus olhos arderem, e as lagrimas começarem a rolar pelo meu rosto>

                

-Você fugiu de mim das ultimas três vezes, por causa disso hoje eu serei muito mau com você, por que estou com saudades!<disse enquanto se aproximava de mim>

-Quando você vai me deixar em paz?<disse me sentando na cama>

-Nunca, ou enquanto você tiver este corpo delicioso, que me deixa louco só de olhar!<disse apalpando os meus seios>

Eu não queria, e não poderia aturar esta vida por muito tempo, era torturante, tirando que já não era mais vida, era um sacrifício ter que acordar todas as manhas, e saber que teria que olhar para a cara dele todos os dias. Eu ainda não sabia o que iria fazer, mas eu teria que tentar dar um jeito antes que piorasse. Ele retirou a minha blusa juntamente com o meu sutiã, e se abaixou na minha frente, aproveitando que ele estava distraído me acariciando, eu pequei um relógio despertador que a minha irma usava para acordar todos os dias, e bati com todas as minhas forças no seu rosto, ele não desmaiou, mas ficou meio confuso e desnorteado. Aproveitei e sai do quarto o mais rápido que eu pude, cheguei na sala, e fui ate a porta para sair do prédio e pedir ajuda, mas notei que estava com os seios descobertos, eu não poderia sair do apartamento naquele estado. Olhei pela sala a procura de alguma coisa para vestir, olhei para cortina e comecei a puxa-la com força, mas ela não rasgava.

-SUA VADIA!... CADE VOCÊ SUA DESGRAÇADA, EU VOU TE MACHUCAR TODINHA, VOCÊ VAI VER O QUE EU VOU FAZER COM VOCÊ!<ouvi a sua voz ecoando pelo corredor>

Eu fiquei no mais absoluto silêncio, não queria nem respirar. Me abaixei atrás do sofá encolhendo as minhas pernas ao corpo, mas infelizmente aquele maldito deveria ter um radar, e logo me encontrou. Ele começou a me bater com as mãos mesmo, ele as espalmava em meu corpo, e a cada estalo que dava sobre a minha pele, eu sentia o ódio aumentar dentro do meu peito.

-O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI?<ouvi a voz da minha tia ecoar pela sala>

-Amor... Você não sabe o que aconteceu!<disse se afastando de mim>

Eu estava tao machucada, tao cansada de fugir dele, que eu mau conseguia respirar piorou falar. Senti um alivio em ver que por algum motivo ela retornou. Mas logo este alivio se transformou em desespero.

-Acho muito bom alguém começar a explicar!... E por que você esta assim, quase nua na frente do meu marido?<me encarou com raiva, eu não poderia acreditar que mesmo vendo tudo o que estava acontecendo, ela iria ficar contra mim>

-Esta vadia se insinuou para mim quando eu fui para o meu quarto!<eu só sabia chorar e negar com a cabeça>... Ela já entrou retirando as roupas, e se insinuando para mim!... Eu disse que te amava e ela disse que você era uma velha, e que ela era mais gostosa!<disse na maior cara deslavada>

-COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE SE INSINUAR PARA O MEU MARIDO SUA VADIA, VOCÊ E UMA VAGABUNDA!... EU QUERO VOCÊ FORA DA MINHA CASA, AGORA!

-Eu não fiz nada... Ele vem abusando de mim... A mais de seis meses!... Ele me ameaçou!

-CALA A SUA BOCA!... Eu não acredito, eu te acolhi dentro da minha casa, te dei de tudo, te dei casa, comida, roupas e no final o que eu ganho?... Você queria DAR para o meu marido!<senti um no se formar na minha garganta>

Enquanto ela despejava tudo o que tinha, e não tinha para me falar, eu fiquei ali semi nua, só conseguia chorar diante a humilhação que estava passando. Senti mãos envolverem o meu corpo em um abraço, olhei para o lado e era a Ingride, ela chorava baixinho junto comigo, eu não queria que ela estivesse presenciando tudo isso, e humilhante demais.

-SAI DA MINHA CASA AGORA!... EU NÃO QUERO VOCÊ EM BAIXO DO MESMO TETO QUE EU!

-Não tia por favor, ela não tem para aonde ir...

-FODA-SE, EU NÃO QUERO NEM SABER, NINGUÉM MANDOU ELA QUERER DAR PARA O MARIDO DOS OUTROS!!

-Eu sei que deve haver um enorme engano tia, a Mary jamais faria uma coisa destas! <pela primeira vez vi a Cris indo em minha defesa>

-Deixa meninas, talvez seja melhor mesmo eu ir embora!... Eu só fico preocupada com vocês perto deste monstro...

                               

Não tive nem a oportunidade de terminar de falar, pois fui interrompida com um estalar de mãos muito forte e dolorido no meu rosto, ela tinha me batido, e disse que não iria admitir que eu falasse mal do marido dela, na sua frente. Ela me deu dez minutos para arrumar o pouco que eu tinha e sair da sua casa, eu me levantei com a ajuda da Ingride, cobri os meus seios com as minhas mãos, e segui para o quarto aonde tudo começou. Enquanto eu colocava uma roupa para sair, pedi a Ingride que me ajudasse colocando as minhas coisas dentro da minha mala, ela estava chorando muito, e não queria que eu fosse embora, ela estava preocupada em saber aonde eu ficaria.

-Não se incomode comigo, eu vou me virar!... Só me promete uma coisa!<me sentei ao seu lado>

-Claro, o que você quiser!<me abraçou>

          

-Toma cuidado!<segurei em seu ombro a fazendo me olhar nos olhos>... Ele não e quem parece ser, ele e um mentiroso, e falso, e enganador, se cuida e não deixa ele nem chegar perto de você!

-Eu estou com medo, me leva com você?

-Me perdoa meu amor, mas eu não posso te levar, nem eu sei para aonde eu vou ainda!... Mas eu prometo que quando me estabilizar eu volto para te buscar! <a abracei novamente>

-JÁ ACABOU COM ISSO AI, JÁ SE PASSARAM BEM MAIS DE DEZ MINUTOS!<a ouvi gritar da sala>

-E melhor eu ir!... Se cuida! <beijei o seu rosto novamente>

Peguei a minha mala não muito grande em cima da cama, e antes de sair do quarto me olhei no espelho, eu estava com o rosto bem avermelhado devido aos tapas que levei, estava com o ego ferido, e humilhada, mas eu prometi para mim, mesma que isso não iria ficar assim, eu iria voltar. Sai do quarto e todos estavam na sala,. aquele maldito estava no sofá, a Cris na janela, e ela de pé na porta da cozinha, passei por todos indo em direção a porta, estava saindo quando a Cris se aproximou de mim, me abraçou e me desejou boa sorte, eu olhei para ela e apenas sorri. A Cris e eu nunca nos demos muito bem, mas eu a amava, e sabia que ela saberia se cuidar. Sai do apartamento, entrei no elevador, e mais uma vez de parei comigo mesma diante de um enorme espelho, eu estava a imagem da humilhação, de descaso, e por que não do abando. Me deu vontade de chorar, mas eu me contive e segurei todas as lagrimas e angustias que me consumiam. Sai do elevador e e passei rapidamente pelo Sr. Jorge o porteiro que me deu bom dia, no qual eu não respondi, ele era um homem muito simpático, mas eu não estava bem no momento. Fui em direção a calçada, eu não tinha ideia de aonde ir, do que fazer, de como seria a minha vida a partir de agora, eu estava sozinha em um lugar que eu mal conhecia.

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