sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Não pode ser!! cap 35

Acordei mais uma vez no hospital, estava me sentindo fraca, e com um aperto enorme no peito, diferente da outra vez agora estava sozinha, olhei pela janela e o dia já estava se fazendo presente. Estava me sentindo cansada, e com muitas dores abdominais, parecia que tinha levado outra surra daquelas.
Olhei para o lado e estava no soro, respirei fundo passei a mão na minha barriga, e me senti estranha, parecia estar vazia, parecia estar faltando algo dentro de mim, eu não sei o que tinha acontecido comigo, só sei que quando desmaiei, estava sentindo dores insuportáveis na barriga, sera que eu perdi o meu bebe? Senti uma enorme angustia, e uma vontade louca de sair imediatamente deste hospital, mas como eu jamais conseguiria sair daqui sem ser reconhecida, ou simplesmente impedida pelos seguranças, eu decidi me levantar um pouco, estava agoniada, e com o corpo dolorido, precisava me esticar um pouco. Tentei me levantar, mas senti que um dos meus pés estavam presos a cama, me descobri rapidamente, e constatei que estava algemada a cama pelo tornozelo, olhei mais uma vez ao meu redor, senti medo, na realidade, eu fiquei desesperada.

-ENFERMEIRA!... ENFERMEIRAAAAAA! <precisava saber o que estava acontecendo>

-Cala a boca ai mocinha, esta achando que esta em casa?<disse uma policial feminina entrando no quarto>

-O que eu estou fazendo aqui, e algemada?<perguntei um tanto quanto amedrontada diante da sua figura a minha frente>

-Uma drogada nunca sabe o que esta fazendo!... Isso e normal, mas agora a casa caiu para você!<disse com um certo sorriso nos lábios>

-Drogada?... Eu não uso drogas!... Tem alguma coisa errada, me tira daqui, você esta me confundindo com alguém, eu sou a pessoa errada!<supliquei>

-Enfim acordou minha jovem!.... Você ficou 3 dias dormindo!<disse a medica que me atendeu da outra vez>

-Doutora, doutora tem algo errado, esta policial esta me confundindo com alguém, eu não uso drogas...

-Desculpa Mariane, mas detectamos uma alta dose de calmantes, e drogas no seu organismo, você teve uma overdose de heroína enquanto estava inconsciente devido aos calmantes que ingeriu!... Mas parece que antes de desmaiar de vez, você se auto aplicou uma alta dose de heroína na sua via sanguínea!



-Impossível!... Isso e impossível, eu não uso drogas doutora acredita em mim por favor!... Eu estou aqui amarrada igual a um animal, eu não mereço isso!... Isso não pode estar acontecendo comigo!

-Infelizmente eu não posso fazer muita coisa por você!... Na realidade, não posso fazer nada, os exames de sangue que fizemos em você, deram positivo para drogas!

-O meu bebe?

-Infelizmente ele não resistiu...

-Não acredito!

-Pensa bem, ao menos você não vai gravida para a cadeia!

-Cadeia?... Eu vou para a cadeia?

-Mas e claro, você acho que estou fazendo o que aqui?... Cuidando da segurança da dondoca drogada?

-Eu não sou drogada!



Foi impossível conter o choro, estava desesperada, eu não queria ir para a cadeia, ainda mais por causa de drogas, eu não uso drogas.
O meu bebe, eu sei que não tinha aceitado bem o meu filho de inicio, mas era meu, meu. E eu já tinha me apegado a ele, já estava conversando com ele na minha barriga, isso não e justo comigo, eu já amava o meu filho.
O que eu vou fazer da minha vida a partir de agora, como eu vou dar continuidade a minha vida na cadeira.

                                                 "Eu sou inocente, eu sou inocente!"

Era a unica coisa que pairava pela minha cabeça neste momento, eu só queria que tudo isso fosse um pesadelo, e que eu acordasse a qualquer momento, deitada na minha cama, e mais uma vez acariciando a minha barriga. Olhei para a mesma e mais uma vez não consigo segurar o choro que cai ainda mais forte, era decepcionante para mim saber que tinha perdido o meu filho. Fomos interrompidas pela porta se abrindo, e mais uma policial entrando no quarto segurando a Rubi pelo braço, e em seguida saíram do quarto

-Holly!<veio ao meu encontro me abraçando>... O que aconteceu, o que esta acontecendo?... Faz três dias que tento te ver, e não consigo!

-Eu perdi o meu bebe!<disse entre lagrimas>

-Eu sinto muito por isso!... Mas por que tem policiais aqui?

-Eu tive uma overdose de heroína...

-Eu não acredito que você fez isso, eu te disse que não estava usando nada, você realmente não acredita...

-Shiii!!... Eu não usei drogas, esta louca?

-Mas então?

Contei a ela tudo o que tinha acontecido, desde a hora em que ela foi para a boate, passando pela visita estranha da Saueller, do meu desmaio, e enfim, da minha parada no hospital. Ela me encarava incrédulo, e com uma cara de quem já sabia exatamente o que estava acontecendo.

-Saueller!... Eu imaginei que ela não iria deixar barato a sua gravidez quando descobrisse!

-Você acha que...

-Eu tenho certeza, mas não posso sair acusando ela sem provas!

-Filha da puta, acabou comigo Rubi, o que eu vou fazer agora?

-Eu sinto muito Holly!<acariciou o meu rosto>... Eu prometo que vou dar um jeito, eu não vou te deixar muito tempo la dentro, eu te juro, confia em mim...

-Acabou o tempo de visita mocinha pode indo embora!<disse a primeira policial bem autoritária>

-Acabou?... Mas ela não pode passar o dia comigo, e ate dormir como da outra vez?

-Você deve estar achando que isso daqui e um SPA né?... Acabou a molezinha, e para aonde você vai, as visitas e uma vez por semana queridinha!... Vamos mocinha!<disse a pegando pelo braço>

-Solta ela por favor, ela sabe andar!

Ela me encarou seriamente, soltou o braço da Rubi e veio caminhando em minha direção, se abaixou ao meu lado, chegou bem próximo ao meu ouvindo e disse:

-Desde o primeiro momento que te olhei, já não fui com a sua cara drogadinha, e já vi que vou me divertir muito com você quando estiver no meu território!... Não vai pensando que vai ter toda esta banca la, que você esta muito enganada!

-Só te pedi para solta-la!

-Por favor senhora, não precisa ser rude assim com ela!... Ela só esta nervosa!<disse vindo ao meu lado>

-Você tem mais 30 segundos!<disse e saiu>

-Se cuida por favor!<disse segurando o seu rosto>

-Confia em mim Mary, eu vou dar um jeito de te tirar de la!<disse e em seguida me deu um selinho demorado>

-Eu confio em você!... Eu vou dar um jeito de acusar a Saueller...

-Não!... Deixa isso comigo, eu vou dar um jeito confia em mim...

-Saia agora, por que se não, eu não serei mais tão boazinha!!

-Vai Rubi!

-Se cuida, e confia em mim!<saiu>

Ela saiu e mais uma vez estava sozinha, mas desta vez estava triste e completamente abalada emocionalmente, não sabia como seria o meu dia de amanha, ou como seria na cadeia.
Fiquei mais uns 2 dias hospitalizada, e neste tempo não pude receber a visita de ninguém, estava completamente isolada.
No inicio da manha fiquei sabendo que estava de alta, e iria sair do hospital direto para a penitenciaria no inicio da tarde, e pela primeira vez alem do medo, senti que não tinha mais volta para mim, e por ser estrangeira, prostituta, e não conhecer praticamente ninguém aqui, eu jamais sairia da cadeia, ou seria extraditada para o Brasil, que pensando bem, agora não seria uma ma ideia.
No inicio da tarde recebi o meu "uniforme" de presidiaria, tomei um banho e com muito pesar, vesti aquela roupa laranja desbotada que parecia já ter pertencido a outra detenta, estava surrada, limpa, mas surrada. Para conseguir vestir a calça tive que pedir ajuda a uma das policiais, pois estava algemada pelos dois tornozelos, me senti humilhada, um animal, sendo conduzido para o circo dos horrores.
Assim que terminei de me arrumar, elas colocaram uma corrente interligando as algemas que estavam nos meus tornozelos, a outras que colocaram em meus pulsos, prendendo tudo com cadeados enormes, como se eu fosse uma assassina.



Sai do quarto escoltada por 4 policiais no total, e ao contrario do que qualquer um poderia imaginar, sai de cabeça erguida, sabia que não tinha feito nada de errado, sabia que eu estava completamente limpa, e pura de drogas ilícitas ate aquela fatídica manha, que ainda era de certa forma um buraco negro na minha cabeça, mas de uma coisa eu tinha certeza, eu iria me vingar, iria me vingar por mim, pela minha irma, por que agora eu não sei quando eu poderei traze-la, e principalmente pelo meu filho, pelo meu anjinho que não teve o direito se quer de conhecer a luz.
Fui praticamente jogada no carro da policia como um animal, e a unica coisa que me disseram, e que estava sendo levada para a Florence McClure Women's Correctional Center, uma penitenciaria feminina em Nevada. Segui o caminho inteiro me martirizando por ter vindo pra cá, nestas horas que me arrependo amargamente das minhas escolhas, sim, as minhas escolhas, foram elas que me levaram a estar aqui agora, eu não deveria culpar minguem a não a ser a mim mesma por estar aqui agora, indo para um lugar de onde não sei se sairei viva. Depois de uma hora de carro mais ou menos, enfim estacionamos em frente a uma portão enorme, com varas guaritas policiais, e cercado de vergalhões, e cercas elétricas no topo do muro. Olhei para aquele estrutura enorme através do vidro do carro, e mais uma vez senti medo, senti que a minha vida estava acabando ali.

2 comentários:

  1. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh senh or,pra que fazer isso minha fia?
    Tadinha da Mary,ela não merece isso :(
    Não tenho mais oque falar,tô tisti :( :( :( :( :( :(
    Desculpe não ter comentado nos outros cap,tinha esquecido a senha hihi
    Mas estou de voltaaaaa uhulllllllll
    Continue e não demora,obrigada de nada! u.u

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    1. kkkkkkkkkkkk Tambem senti pena dela, mas e preciso!!
      Fica assim não.....
      Aee, senti a sua falta, não perca mais a senha senhorita!! kkkkkkk
      Obrigada por ler e comentar minha linda!!!

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