segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Tudo doi! cap 33

Senti um medo enorme pairar sobre o meu corpo, os caras eram bastante mau encarados, e me olhavam com uma cara de péssimas intensões. A minha vontade era de sair correndo o mais rápido que pudesse dali gritando o mais alto que pudesse. Tentei sair pelo outro lado mas tinha um outro rapaz encostado na parede, neste momento varias coisas se passaram perla minha cabeça, imaginei que eles pudessem me estuprar, querer me matar, ou simplesmente me colocar medo, independente do que fosse, eu  queria ir embora o mais rápido possível dali.

-Não fica com medo gatinha, não vamos fazer nada com voçe!<disse um deles acariciando o meu rosto com o polegar>

-Ou podemos fazer absolutamente tudo!<disse outro acariciando a minha barriga>

Senti cada parte do meu corpo tremer de medo, de pavor, eu precisava sair dali. Em um impulso, e em um ato de desespero eu empurrei o cara que estava na minha lateral bloqueando a entrada da porta, e tentei correr, mas senti os meus cabelos serem puxados com violência, e em seguida senti o meu corpo ser arremessado ao solo. Cada parte de mim ardia sentindo os chutes e tapas e socos que era desferidos no meu corpo, eu tentava gritar mas a minha voz estava engasgada na minha garganta, tentei proteger ao máximo o meu corpo com os braços, mas infelizmente não conseguia me desvencilhar de toda aquela violência barata e sem proposito. Depois de mais alguns chutes e socos escutei uma voz masculina mandando com que os caras parasse com a violência, e em seguida tudo ficar escuro.


Tentei abrir os olhos calmamente, mas a claridade entrava nos meus olhos me impossibilitando de abri-los, e para completar, eles doíam muito, e a forma mais confortável de ficar era com eles fechados mesmo. Senti um forte cheiro de eter, misturado com iodo, o ar gélido ar condicionado, e alguns que não consegui identificar muito bem, alem do bip de alguns aparelhos, logo notei que estava hospitalizada, sera que a agressão tinha sido tão violenta assim? Tentei respirar fundo e relaxar para identificar os barulhos ao meu redor, ouvi a voz suave de uma moça ao meu lado, ela perguntava se eu tinha acordado.

-Sim!<disse calmamente>

-Holly, como voçe esta?<esta era conhecida>

-Rubi, aonde eu estou?< queria confirmar>

-Vai ficar tudo bem meu anjo, eu estou aqui, e voçe vai sair logo daqui!<senti a sua mãos acariciarem os meus cabelos>

-Eu não consigo abrir os olhos!... Eles estão doendo, e tem uma luz muito forte...

-Então não tente, fique com eles fechados!... O que aconteceu?Senti a sua mão tocar calmamente o meu rosto>

-Eu não sei, estava me sentindo sufocada, e sai para pegar um ar, mas acabei sendo surpreendida por três caras, eles começaram a me bater sem nenhum motivo aparente, e  pararam quando ouvimos uma voz masculina mandando que parassem, e a partir daí eu não me lembro de mais nada!<disse sentindo os meus olhos arderem devido ao choro que já se fazia presente>

-Por que você não me chamou, se eu não tivesse com cliente ficaria um pouco com você!

-Desculpe!<disse abrindo um pouco os olhos agora já os acostumando a claridade>

-Vai ficar tudo bem, logo, logo você vai pra casa!<consegui ver o seu sorriso de cumplicidade>

-Bom dia!... Me chamo Dr. Claus Montgomery, sou clinico geral, e esta e a Dr. Anne Lafaiet, ela e ginecologista e obstetra!... Estou com alguns dos seus exames em mãos, pois devida as condições em que você chegou, e ainda mais sendo acompanhada pela policia, precisávamos de alguns exames!.. Alem do mais, o local que você foi encontrada, e ponto de venda de drogas, tínhamos que fazer alguns exames de sangue!

-E qual e o meu estado doutor, e muito grave?<perguntei aflita>

-Você não quebrou nenhum osso,  teve uma luxação no braço, por isso esta enfaixado, estes hematomas e que vão demorar um pouco a sumir!... Mas ainda bem que não aconteceu nada com o seu bebe...

-Bebe?<o que eu estava ouvindo>

 -Voçe esta grávida de dois meses, e por sorte não perdeu o bebe, pois pelos hematomas pelo seu rosto braços e pernas, eles foram bem violentos!<disse a medica>

-Eu não posso estar grávida, isso não e possível, eu não posso não pode!<comecei a chorar desesperadamente>

-Calma Holly, vai ficar tudo bem..

-Não, não vai!... Como eu vou trabalhar?... A Saueller...

Me calei ao ver o olhar da Rubi sobre mim, não queríamos que os médicos soubessem que éramos GP’s. Ela sentou na cadeira ao meu lado enquanto os médicos me explicavam tudo o que eu poderia e não poderia fazer durante um tempo, e claro, o máximo de repouso, e nada de sexo. Eles me passaram medicação, e a medica marcou a minha consulta de pre-natal. Eles disseram que quando o soro acabasse eu estaria liberada e poderia ir para casa sem problemas, pois estava rudo bem comigo, em seguida saíram do quarto. 
Eu fiquei espantada por ja estar sendo liberada, mas como era hospital publico, ele não poderia ficar com um paciente relativamente bem ocupando a vaga de alguém que pode estar bem pior do que eu.

-O que eu vou fazer agora?

-Eu não sei...

-A Saueller vai ficar muito puta da vida, e com rasão!

-A isso sem duvidas, ainda mais que voçe já veio gravida do Brasil!... Talvez se fosse de algum cliente daqui, ela poderia usar isso para arrancar alguma grana deles..

-Extorsão?

-Claro, isso seria uma oportunidade de ouro para ela, e para voçe!... Vocês conseguiriam ainda  mais dinheiro...

-Chega Rubi!... E de uma vida que voçe esta falando!...A vida do meu filho!

-Desculpa Holly, mas eu  estou falando a verdade!

-Por favor Rubi, guarde esta verdade para voçe!<disse sentindo as lagrimas caírem>

-Desculpa, por favor me desculpe!<veio me abraçar>

-Esta tudo bem...

-Eu sou uma idiota sem coração, não deveria ficar te falando estas coisas...

-Calma, esta tudo bem, já disse...

-As vezes acho que deveria cortar a minha língua por falar tanta besteira...

-Shiii!<segurei o seu rosto com as duas mãos a fazendo me encarar>

Ela me encarou seriamente, e assim como da outra vez me beijou, segurou firme em minha nuca aprofundando ainda mais o beijo, senti a sua língua explorando a minha boca apressadamente, como se fosse um campo minado pronto para explodir. 


O seu beijo tinha desejo carinho e sentimento, era um sentimento ainda indecifrável, interrompemos o beijo com selinhos.

-Desculpa eu...

-Esta tudo bem Rubi!<se levantou da cama>

-Ola, boa tarde, vim lhe retirar do soro!<disse a enfermeira adentrando ao quarto>

-Obrigada! <disse assim que ela retirou o cateter de mim>... Eu vou poder ir pra casa?

-Vai sim, o medico já prescreveu a sua receita, e você já pode ir pra casa!

Ela se retirou do quarto deixando a receita comigo, vesti a mesma roupa de qual cheguei que para a minha sorte, era um vestido ate que não tão chamativo. 
A Rubi e eu seguimos de táxi para casa, depois do beijo não comentamos mais nada sobre este assunto, apesar de tudo eu ainda gostava da Laísa, e sentia a sua falta, principalmente agora. Eu sei que se ela estivesse aqui, eu poderia chegar em casa, e ela estaria me esperando, eu iria me deitar em seu colo, ela acariciaria os meus cabelos e me diria que iria ficar tudo bem. Olhei pela janela do táxi, e me senti sozinha, me senti desprotegida, e sem ter para aonde correr.

Assim que o táxi parou, ela pagou a corrida e entramos no prédio, eu estava com alguns curativos pelo corpo, estava com ao ego e a auto estima a zero, me sentindo dolorida, e não era uma dor física, era uma dor da alma. Eu sei que não tive culpa pelo que aconteceu, afinal eu fui agredida de graça, sem nenhum motivo aparente. Entrei na portaria sob os olhares do porteiro e de algumas pessoas que estava no hall de entrada a espera de alguém. Estava me sentindo um lixo, um bicho sendo transportado para a jaula, e sendo observado por vários curiosos, eu deveria estar realmente muito mal. Alem da dor física, a dor de saber que estava gravida, estava me consumindo, eu queria, e ao mesmo tempo não queria aquela criança, ela não teve culpa por estar ali, a culpa foi minha e dele. 
Ele, o que sera que o Matheus iria fazer se soubesse que estou esperando um filho dele? Na menor das hipóteses, ele não iria acreditar em mim, e dizer que era de algum dos meus clientes. 
Entramos no apartamento e eu segui direto para o banheiro precisava de um banho urgente, na realidade eu precisava era chorar, chorar e pensar em como sera a minha vida a partir de agora, sozinha e com filho na barriga, afinal, logicamente a Saueller não iria me querer assim.

  • Desculpem pelo capitulo pequeno e sem sal, mas e que estou sem criatividade, e estava terminando uma fic mais calma, e acabei ficando na mesma vibe!
  • Mas... prometo que os próximos serão melhores...

Nenhum comentário:

Postar um comentário