terça-feira, 28 de janeiro de 2014

VOCÊ? cap -47

                                        *Musica amores*

   

Olhei para a paisagem incrivelmente bela, não sei se me acostumaria com esta bela vista sem me surpreender diariamente, se caso viesse mesmo morar aqui, se bem que agora eu não me surpreenderia se levasse um belo e dolorido pé na bunda. Ficamos um tempo em silencio, ele me olhava de canto às vezes, e eu fingia que não via.

-Desculpa!

Franzi o cenho, como assim, ele estava me pedindo desculpas? Senti um no na garganta, eu era a errada, era eu que deveria me desculpar, mesmo diante de tudo o que ouvi mais cedo, era eu quem deveria estar se desculpando.

-Você me ouviu?... Desculpa!

-Ouvi sim!... Mas admito que estou surpresa!

-Por quê?

- Sou eu quem deveria te pedir desculpas Paul, e não você!

-Digamos que talvez nos dois!... Eu não usei bem as palavras com você hoje pela manha...

-E eu não agi coerentemente com você na festa!

-Confesso que fiquei decepcionado com você!... E só de pensar que te beijei!... Argh!<tomou uma golada do champanhe e fez como um bochecho>

-Eu sinto muito!<estava extremamente envergonhada>

-Senhorita, o seu cosmopolita!<disse me entregando a bebida>

-Obrigada!... Bom, queria te dizer que eu...

-Vamos jantar?<me encarou com um sorriso não muito entusiasmado>... Você deve estar com fome, não comeu o dia todo!... Já fiz os nossos pedidos se não se incomoda!

-Tudo bem!

            

Ele me ofereceu o seu braço no qual aceitei educadamente, seguimos ate a belíssima mesa que estava montada a beira da piscina, puxou a cadeira para que me acomodasse, e pediu que o jantar fosse servido. O garçom nos serviu o jantar que estava simplesmente delicioso. Confesso que estava com fome, mas tinha algo me impedindo de comer, e só fiz um esforço mediante ao pedido do Paul. 
O jantar percorreu bem, ele não fez questão de tocar nem no assunto festa, e nem no assunto café da manha. 
Ele me disse que teve uma reunião chata, depois um almoço de negócios, e por fim, teve que ir a Califórnia fazer uma presença em um evento, pensou em me chamar, mas achou por bem me deixar descansar. “Vai que eu chegasse lá e acabasse “dando para um dos caras”, aposto que pensou isso” mas se foi não posso culpá-lo. 
Enfim, o jantar foi tranqüilo, não foi tão leve, mas deu para digerir. Ao termino da noite, e da sobremesa, antes de nos levantar da mesa, ele fez questão de se desculpar novamente.

-Eu já disse que a culpa foi minha!

-Tudo bem!... Mas mesmo assim eu queria te dar algo!<ele se levantou e seguiu ate uma das espreguiçadeiras, pegou uma caixa fina e quadrada>... Por favor!<me estendeu a mão>

Segurei em sua mão me levantando em seguida. Seguimos ate a sacada onde estávamos anteriormente, parei de frente para ele, olhando em meus olhos, ele abriu a caixinha que continha uma gargantilha simplesmente maravilhosa. 

                    

O encarei incrédula, o que ele queria com aquele presente? Me provar que e superior a mim? Isso eu já sei. Eu disse que não poderia aceitar, mas ele foi firme e disse que não aceitaria uma desfeita destas. Ele pediu que me virasse para que ele colocasse a joia em meu pescoço, e assim eu fiz.
Encarei o presente como uma ofensa, como uma forma de humilhação, como se estivesse me relembrando o preço que ele pagou por mim na boate há alguns meses, e quando eu reafirmei a sua posse há algumas semanas, ele queria mostrar que era o meu dono. Senti os meus olhos arderem e uma enorme vontade de desmoronar, mas eu seria forte, e jamais faria isso na sua frente. 
Depois do presente ele me disse que deveríamos retornar para os nossos quartos, pois na manha seguinte iríamos sair bem cedo. Retornamos juntos, e mais uma vez ele me acompanhou ate o meu quarto, abrindo a porta em seguida. Nos despedimos com um breve beijo na testa novamente, ele seguiu para o seu quarto, e eu entrei no meu. 
Assim que fechei a porta retirei a gargantilha, e senti uma vontade enorme de jogá-la pela janela, mas me conformei em jogá-la na cama, afinal eu sou doida, mas nem tanto.
Repassei todas as suas palavras ate aquele momento, e todas as minhas atitudes, tudo o que já vivi desde que sai do Brasil ate este presente momento, e o meu saldo positivo? Não tem, tudo o que vivi ate agora foi uma ilusão, foi uma maquiagem, aquelas que parecem um reboco, te deixa linda por fora, e uma verdadeira cagada por dentro.

          

Agora sozinha em meu quarto, eu poderia despejar tudo o que estava sentindo, toda a dor, e toda a raiva de mim, e do mundo. A única coisa que consegui fazer foi me jogar na cama e chorar, eu chorei, chorei como fazia tempos que não chorava, às vezes colocar para fora em forma de choro e reconfortante. Me rendi as lagrimas ate sentir os olhos pesados, e o sono me tomar por completo.

(pode parar de ouvir se quiser)

Acordei com uma voz suave me chamando, olhei para o lado e era a Nina, com um belo e disposto sorriso no rosto.

-Bom dia moça!... Como foi o jantar?

-Bom dia!... Não foi tão ruim como imaginava!<sorri forçadamente>

-Nossa o que aconteceu com você?... Foi atropelada por um caminhão, esta com uma cara péssima!... E ainda esta com a mesma roupa!<me encarou incrédula>

-E uma longa historia Nina, não vale à pena!... Espera ai, como você entrou aqui, eu deixei a porta aberta?<me sentei>

-Não, fica calma!... E que hoje estamos voltando para Vegas, e o Paul pediu para que te ajudasse com as malas, e me deu uma chave reserva para que só te acordasse na hora certa!

-E para você ter me acordado...

-Esta mais do que na hora!... O jatinho sai em uma hora e meia!

-Uma hora e meia?... Ainda da tempo de dormir mais uns vinte minutos!<me deitei e cobri a cabeça>

-Sem duvidas, mas sinto te informar que o Paul já esta acordado, e não é muito de tolerar atrasos, e sei que você sabe disso!<se levantou da cama batendo de levo mas minhas costas>

-E mesmo!<descobri a cabeça>

Me lembrei da noite de ontem, e me deu vontade de simplesmente deixar ele  a minha espera, eu estava muito triste com a sua atitude. Mas, parei por um segundo, e me lembrei que quem estava errada era eu, e tudo o que ouvi, e o que aconteceu, infelizmente foi merecido. Mediante a isso decidi me levantar.

- Do jeito que ele e, já deve estar arrumado, e me esperando dentro do jatinho até!

-Não e para tanto!<sorriu>... Mas sei que já esta de pé há algum tempo!

Fui para o banheiro, retirei a roupa do jantar que ainda estava em meu corpo, e entreguei a Nina para guardar junto com as outras roupas sujas. Tomei uma ducha decente, nem tão rápida, e nem tão demorada. Sai do banho enrolada no roupão, e a Nina já tinha separado o que eu vestiria.

-Olha que eu posso me acostumar com isso hem!<sorrimos>

-E melhor não, o Paul só esta me emprestando para você!... Vamos mocinha falta pouco mais de uma hora, e ainda vamos tomar café!

                        

Terminei de me trocar, fiz uma make básica e prendi o cabelo em um rabo de cavalo, tudo pronto, e em pouco mais de vinte minutos, estávamos seguimos para o restaurante do hotel.
 Ainda no corredor encontramos com o motorista levando as malas do Paul, ela disse que as minhas também já estavam prontas. Seguimos para o restaurante, e encontramos com todos sentados a mesa, nos juntamos e apreciamos um belo café da manha, na paz, e sem olhares constrangedores.

[...]

Enfim estávamos em Vegas, o Vôo foi tranqüilo, desta vez viemos todos juntos, em um papo muito animado ate.

-Muito obrigada por tudo, e mais uma vez me desculpa!<disse assim que paramos em frente ao meu prédio>

-Esta tudo bem, já disse!... Te ligo durante a semana para conversarmos sobre o seu futuro!

-Você ainda vai me ajudar?

-Sou um homem de palavra Mariane!

-Claro!<o motorista abriu a porta para mim>... Ate mais!<me curvei para lhe dar um abraço>

                    

Ele me puxou contra si me surpreendendo com um beijo calmo, um beijo como o da primeira noite em que passamos no hotel. Confesso que me surpreendeu, e fez com que todo o desconforto que estava sentindo em relação à viagem em si, se dissipasse. Nos desvencilhamos e sorri para ele que fui lindamente retribuída. Sai do carro peguei as minhas malas com a ajuda do porteiro, e seguimos para o elevador. 
Carreguei as malas com um pouco de dificuldade, mas consegui chegar bem no apartamento.

-Enfim, em casa nem acredito!<abri a porta colocando as malas para dentro com certa dificuldade>

-Que bom que voltou!<disse Rubi vindo ao meu encontro, e me ajudando com a mala>

-Estava com saudades?<sorri>

-Digamos que não seja saudades a palavra certa!<me deu um abraço frio>

-Esta acontecendo algo?... Desculpas pelas suas ligações e que não atendi, e que...

-Não tem nada a ver com as ligações!

-O que aconteceu?<ouvi um latido>... Que latido e este?<ela bufou e saiu de perto de mim>

                     Fanfic / Fanfiction de Bruno Mars - Luxúria, o pecado da carne - Capítulo 16 - Ele e lindo!!

Olhei para baixo e vi o Bobby? Elevei o meu olhar e só poderia ser um sonho, ou um pesadelo. Dei de cara com a Laísa em pé na porta da sala. Senti o meu coração doer, parecia que ele estava se partindo em pedaços, sinceramente eu não tinha idéia do que fazer, de como agir, não estava preparada para isso. Eu não sei se a perdoei, ou se ainda tem alguma esperança para nos duas. Estava confusa, e neste momento a única coisa que eu queria era sumir dali.

-Não vai dizer nada?<me encarou com um lindo e belo sorriso nos lábios, e que em nada contrastava com a minha expressão de confusão, e de desespero neste momento>       

-O que você esta fazendo aqui?

-Senti a sua falta, eu precisava vir Mary!... Precisava saber se você tinha me perdoado, você não respondeu a minha carta!<se aproximou>

Parecia que os meus pés tinham criado raízes ali no chão, eu não consegui me mover um milímetro se quer. Senti os seus braços me envolverem, nossa como senti falta do seu corpo, do seu cheiro, do seu calor. Fechei os olhos e respirei fundo, envolvi as minhas mãos em sua cintura a apertando firmemente. Sim, que merda, eu estava com saudades dela, ela foi muito especial para mim, acho que foi a pessoa que mais amei neste mundo, mas também foi a que mais me decepcionou também. 
Fui despertada dos meus devaneios por uma batida de porta muito forte, abri os olhos e a empurrei de leve ao constatar que a Rubi não estava mais na sala.

-Você não poderia ter vindo pra cá!<disse me afastando um pouco dela>

-Mas porque, eu senti tanto a sua falta!... E por este abraço sei que você sentiu a minha!<segurou o meu rosto desferindo alguns selinhos rápidos no meu rosto, e na minha boca>

-Para Laísa, não faz isso!<segurei em seu braço>

Caminhei ate a porta do corredor, e não vi nenhum sinal da Rubi. Mas que merda quando eu penso que vou ter paz, dou de cara com uma bomba destas.

-Foi a Saueller que trouxe não foi?

-Foi, mas... Espera ai, por que esta tão nervosa?... Você esta com ela?... Você esta com esta mulherzinha?

-Não e da sua conta, esqueceu o que você fez comigo?

-Desculpa amor, você sabe que eu não queria, eu te amo e não queria que nada daquilo tivesse acontecido acredite em mim!

-Eu já tinha te dito que não te perdoaria!... E não chama a Rubi de mulherzinha, ela e uma mulher incrível!

-Você esta com ela não e Mary?

-Não e da sua conta!... DROGA LAÍSA, POR QUE VOCÊ VEIO?<me sentei>... Você quer me deixar louca?<apoiei o rosto nas mãos>

-Mary olha pra mim?<se abaixou na minha frente>... Eu sei que fiz besteira com você amor, eu tentei te esquecer, mas não consegui, consegui esquecer o Matheus, mas não consegui esquecer você!... E você pode me dizer que sim, mas sei que não me esqueceu!

-Como você e pretensiosa, por que acha que não te esqueci?

-Por que eu cheguei ontem aqui, e estava no seu quarto, vi a nossa foto juntas na sua mesa de cabeceira...

-Não era para estar la, e que...

-Não tente explicar Mary!

Ela me surpreendeu com um beijo calmo, e cheio de saudade, de amor, de prazer, igual aos que dávamos quando estávamos juntas, e infelizmente tenho que admitir que mexeu comigo, me deixou balançada, e cheia de duvidas. 

               

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