Lugar especial! cap 51

Assim que o carro começou a andar, eu senti que o Paul estava com um olhar misterioso, um olhar de quem vai aprontar, e todas as vezes que vi este olhar no seu rosto, nos terminamos em uma bela cama. Devolvi o meu olhar para a janela e sorri com os meus pensamentos.

Ouvi o seu telefone tocar, ele atendeu um pouco mau humorado depois de olhar no visor, acho que ele ficava extremamente sexy quando fazia esta expressão, ele franzia o cenho, e ficava com uma carinha um pouco tensa.

-O que você quer?

-(...)

-Me desculpe querida, mas eu realmente não costumo dar muita atenção, a quem outrora me desferiu um pé no traseiro!

-(...)

-Eu não estou sendo sarcástico Andrea, apenas realista!... Estou mentindo?

-(...)

-Como não foi bem assim?

-(...)

-Acho que já conversamos sobre isso, não tenho tempo para ficar de conversinha mole com você...

-(...)

-Mas e claro que estou com ela!... E você deveria estar com o anão meio metro!<foi impossível conter o sorriso>

Esta na cara que eles se gostam, e tudo isso e somente para disfarçar o ciúmes que ele esta sentindo dela, tenho que admitir que ela e uma mulher bonita, tem um corpo muito bonito, e sabe se vestir muito bem, qualquer homem se sentiria bem em estar com ela, ou ao menos apresentando ela como algo especial em rua vida. Porem, nem todo mundo e perfeito, e ela não me perece ser por dentro, o que ela demonstra ser por fora. Na primeira vez que nos vimos, ela me tratou bem, e foi muito gentil, mas hoje, não sei, ela tem cara de não ser muito honesta com os seus sentimentos e ações, talvez por isso tenha trocado o Paul pelo Bruno.

-Mary esta me ouvindo?<disse me despertando dos meus pensamentos>

-Desculpe eu estava um pouco...

-Distraída?... Isso estava meio que na cara!<sorriu me deixando um pouco tímida?>

-Esta tudo bem?<perguntei em um tom baixo>

-Sim!... Não se preocupe com nada, apenas curta a paisagem!

Recostei a minha cabeça em seu ombro, ele elevou o braço passando sobre os meus ombros, me aconchegando em seus braços, me acomodei e direcionei os meus olhos para a janela do carro observado a bela paisagem de Las Vegas.

Depois de alguns minutos notei que estávamos nos distanciando da cidade, notei que estávamos seguindo para uma área mais desabitada, se eu não conhecesse o Paul, já estaria preocupada a esta hora. O lugar era lindo, era árido com uma paisagem mais rústica com muitos rochedos. 

Depois de mais uns minutos de carro por aquele lugar que parecia um deserto, e incrivelmente lindo, enfim paramos. Como sempre muito gentil, o Roger abriu a porta para mim, saímos do carro e nos dirigimos a um guichê, aonde ele comprou entradas para o local, olhei para a fachada e estava escrito “Welcome to Grand Canyon” Sorri animadamente, era a primeira vez que saia para olhar a cidade, fazer coisas de turistas, era muito bom poder curtir tudo isso.

O Paul passou o seu braço pelas minhas costas, me conduzindo ate a entrada do local, senti um vento gostoso passear pelo meu rosto, me fazendo respirar fundo e sorrir involuntariamente, acho que poderia dizer que estava feliz, e que trocaria tudo por este momento, por estar vivendo este momento. Por um segindo lembrei do meu retorno ao Brasil, como eu queria poder ficar, como eu queria poder aproveitar mais de tudo o que estou vivendo, de todos os sentimentos bons que estou tendo agora ao lado do Paul.

Me deparei com uma das sete maravilhas naturais do mundo, me senti privilegiada por estar aqui aproveitando desta vista, deste lugar, desta companhia. Por falar em companhia, so agora notei como Paul esta vestido, e me surpreendi ao vê-lo sem terno, paletó, ou smoking, ele e um cara sempre tão bem vestido, e hoje ele estava de Jens e camisa social branca. Acho que esta mais lindo do que nos outros dias.

-Esta pronta?<disse apontando para a passarela que levava ate o meio do precipício>

-Não!<disse sorrindo nervosamente>

-Não tem perigo, e completamente seguro!<disse juntando mais o seu corpo ao meu>

-Eu se que e, mas...

-Voçe tem medo de altura?<sorriu>

-Morro!

-Acho que hoje hoje você vai morrer então!<disse com cara de quem estava aprontando>

-O que você vai fazer?

-E segredo!... Vamos!<segurou na minha mão>

-Não!... Não vou sair daqui, enquanto você não me contar o que vai fazer!<disse tentando ficar seria>

-Se você não sair por bem, vai sair por mal!<me olhou desafiadoramente>

-E mesmo?... E como você pretende me obrigar?

-Assim!

                             

Me pegou de surpresa no colo, praticamente correndo entre as pessoas enquanto eu o pedia que parasse, e enterrava o rosto em seu pescoço de olhos completamente fechados, os meus braços apertavam com vontade o seu pescoço, enquanto as suas mão me mantinham firmes em seu colo, me mantendo rente ao seu corpo. 

Senti a sua velocidade diminuindo, e em seguida parando abruptamente me colocando no chão calmamente, as minhas mão envolveram o seu corpo o apertando contra mim, eu estava com medo de abris os olhos, eu simplesmente tenho pavor de altura, e so de pensar aonde eu possa estar, sinto as minhas pernas tremerem, as minhas mãos soarem, e a minha boca secar.

-Eu sei que sou gostoso, mas pode ficar tranqüila não vou fugir, sou seu hoje!<disse me fazendo ficar sem graça>

-Seu chato, eu estou morrendo de medo!

-Esta perdendo uma bela visão!... Aqui e lindo!

-Não quero olhar!

-Para de bobeira Mary, eu estou com você!... Não confia em mim?

-Confio...

-Então pronto, eu estou aqui!<colocou as suas mãos sobre os meus ombros>... Se vira e admira a paisagem!

-Eu estou com medo de cair!<disse ainda com os olhos fechados>

-Eu estou te segurando sua boba, não vai cair!

-Voçe promete?

-Claro que sim!... Agora me solta e vira, eu vou ficar segurando a sua cintura esta bom assim?

-Ta bom, mas não me solta!<disse largando ainda receosa a sua cintura>

Me soltei aos poucos do seu corpo, estava com medo de abrir os olhos e sei la, ter uma vertigem e cair naquele buraco enorme. 

Ainda estava de olhos fechados, me virei completamente sentindo os seus braços envoltos a minha cintura, o vento aqui era mais forte, e fazia um certo zumbindo no ouvido, e isso me deixava apreensiva, mas os seus braços, e o seu calor me davam confiança.

-Abra os olhos Mary!... Aprecie esta linda vista!

Abri os olhos calmamente ainda sentindo o medo correr nas minhas veias, mas imediatamente me arrependo de ter ficado com eles fechados por tanto tempo, a vista era incrível, e não era tão apavorante quanto eu pensei, era simplesmente encantador.

                               

-Gostou?<disse rente ao meu ouvido>

-Amei!<disse baixinho>

Ficamos somente abraçados observado a vista, e admirando a beleza do lugar, sentindo o vento soprar no nosso rosto, e a paz que aquele lindo lugar nos transmitia. Ficamos por um tempo na mesma posição, apenas trocamos algumas palavras de vez em quando. Depois de um tempo ele olhou no relógio e disse que deveríamos dar uma volta pelo lugar, pois teríamos que ir embora em poucos minutos. 

Começamos a caminhas por alguns lugares, oras de braços dados, e hora cada um na sua, apenas aproveitando o lugar, conhecemos um pouco da historia do Grand Canyon, em uma especie de museu que guardava um pouco da historia do lugar.

Depois de um tempo ele recebeu uma ligação, acho que mais profissional, e teríamos que ir, pois ele so disse :”Estamos indo”

Seguimos para o carro e eu fiz questão de agradecer pela surpresa, e pelo dia especial que ele estava me proporcionando, eu jamais poderia retribuir.

-Pronta para conhecer o meu lugar especial que tanto falo?

-Mas não era o Grand Canyon?

                                      *Musica amores*

Ele apenas sorriu, envolveu o seu braço no meu ombro me puxando para mais perto do seu corpo, mais uma vez. 

Não demorou muito e eu reparei que estávamos em um espaço de passeios de balão, tinham vários balões prontos para levantar vôo rumo ao lindo céu de Las Vegas, inclusive ao longe já dava para ver alguns desbravando pelos céus. Senti um iceberg na barriga, e uma revoada de borboletas se atracando dentro do meu estomago.

-Não Paul, isso já e demais para mim!<disse quase inaudível>

-Claro que sim, você enfrentou o Grand Canyon!

-Mas você...

-Eu vou com você, não vou te deixar sozinha no meu lugar especial!

-Este e o lugar especial?... Você e louco?<sorri olhando para o céu assim que saímos do carro>

-Não e so pelo lugar, e pela adrenalina!... E pelo que veremos la em cima!<pela primeira vez ele esticou a mão para mim>

-Estou com medo!<peguei em sua mão, sentindo um choque estranho ao contato com a mesma>

-Eu sei!

-Aqui e mais alto!<sorri nervosamente>

-Muito mais!... Mas você estará comigo, tudo bem?

-Tudo!

Seguimos em frente e um homem nos abordou o cumprimentando cordialmente, como se o conhecesse a tempos, e talvez o conheça. 

Ele nos conduziu a um lindo e imponente balão colorido com tons fortes, me assustei ao ouvir o barulho do queimador de gás, ele riu do meu susto, e em seguida o senhor muito simpático disse que poderíamos embarcar no cesto, tentei resistir, mas mais uma vez o Paul insistiu, e disse que eu poderia ficar agarrada a ele, e com um argumento deste, e claro que eu entrei.

Aquele enorme balão começou a se distanciar do chão, me fazendo tremer involuntariamente de medo, confesso que estava completamente apavorada, e estava agarrada ao cesto como se sele fosse a minha vida. Senti as mãos do Paul repousarem sobre o meu ombro junto com o meu agasalho de frio, ele disse que la em cima iria esfriar demais.

 Ele me abraçou passando uma segurança incrível, a vista era maravilhosa, era simplesmente lindo, eu nunca tinha aproveitado de tal paraíso, estava me sentindo mais confiante com a altura, e com as mãos do Paul em minha cintura passando confiança, ele me dizia como gostava de estar ali, e que este era o seu lugar, o lugar que ele mais amava, e que não via a hora de me mostrar. A sua voz era calma, parecia que ele estava em outra dimensão, e apesar de todo o medo que estava no inicio, agora eu estava calma, e a única coisa que conseguia sentir, era um delicioso frio na barriga, mas que isso era tirado de letra mediante a dimensão do horizonte a minha frente, o meu coração se encheu de paz e vontades, vontade de lutar pela minha felicidade, vontade de lutar pela minha vida, vontade de lutar pelos meus ideais aonde quer que eu esteja.

-Senhor, já vai começar!<disse o baloeiro nos despertando>

-Vire-se para este lado minha querida!

                    

Nos viramos para o outro lado da cesta, e foi impossível não se emocionar com o que estava prestes a acontecer, o sol iria se por atrás de umas belas montanhas, e nos tinha uma visão privilegiada neste momento. O sol começou a  se por em um espetáculo aonde ele era a atração principal, e nos meros coadjuvantes mediante a sua plenitude.

-Lindo não e?<disse rente ao meu ouvido>

-Sim!<respondi com a voz embargada de emoção>

-Fica!<respirou fundo>

-Paul eu...

-Fica!... So me diz que fica, deixe o resto comigo, tudo o que te prometi ainda esta de pé!

-E as passagens, eu...

-Mary, apenas me diga que fica!

Me virei para ele e olhei dentro dos seus olhos, ele me encarava com um lindo e enigmático sorriso nos lábios, ele era lindo era um homem encantador, e a única coisa que eu não conseguia fazer, era dizer não a ele.

 Sorri em resposta que foi imediatamente compreendida por ele, o abracei fortemente, e a única coisa que conseguimos ouvir, foram os aplausos dos turistas dos balões ao nosso redor, anunciando o completo por do sol.

                  

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-E agora, para fechar a noite, já que você aceitou ficar, que tal um belo jantar?... Podemos ir aonde você escolher, qualquer restaurante de Las Vegas, não me importa se seja a 1 quilometro, ou a milhares de quilômetros!<disse assim que entramos no carro>

-Eu so quero jantar na sua casa, desfrutando da sua companhia!<o encarei com um breve sorriso nos lábios>

Ele apenas retribuiu o meu sorriso, segurou em minha mão mais uma vez ,e disse ao Roger que poderíamos ir para casa.