sábado, 19 de abril de 2014

Tente dormir com o coração partido! Cap 65

Me sentei na cama novamente, coloquei o celular ao meu lado, pensei em responder, mas achei melhor deixar pra la, era melhor não provocar, porem, eu gosto, e se ela realmente olhasse o celular dele, quem sabe ela não visse a mensagem. “ISSO E ERRADO” Minha consciência gritou. Minha mãe sempre me disse para ouvir a voz da consciência, pois geralmente ela estava certa. “Como eu queria que ela fosse muda agora.”
 Sempre fui uma pessoa que prezava pelo meu próximo, sempre quis saber se o meu próximo estava bem, eu sempre fui assim, era uma coisa “de berço” coisa que aprendi desde muito nova. Minha mãe sempre foi uma mulher digna, e de um ótimo coração, porem nem todos somos iguais, e aquela galinha merecia saber que o "galo dela” estava ciscando fora da cerca, e tecnicamente, ele estava fazendo o mesmo, portanto, como o meu pai sempre dizia “Chumbo trocado pode não doer, mas magoa” Sei que posso magoar o Bruno, mas quem sabe não retiro a mascara dela? Peguei o celular e comecei a digitar a mensagem.

“ Estarei ansiosa para saber o que você ira fazer comigo, sabe que gosto quando você e ousado não e?... Sempre me deixa mais excitada!... Se bem que ate um olhar mais abusado vindo de você, me deixa pegando fogo, e você sabe disso não e meu anjo?... Estou louca para te ver logo!”

Assim que mandei a mensagem, me lembrei que tinha anotado o meu nome no celular dele como “Marcos” provavelmente se ela visse a mensagem, das duas uma: Ou pensaria que ele esta tendo um caso com um homem, que não e o caso, ou sacaria que era alguma mulher com o nome disfarçado, e sem duvidas as duas opções os fariam brigar. Na mesma hora que senti um gostinho bom de vingança, senti um arrependimento, por ele sabe, ele não merece. Porem, já foi.

-Mary me arruma uma toalha querida?          
                                                          
-Querida!... Aposto que ele estava chamando ela assim!<disse em tom mais baixo>... Claro, só um minuto!

-E você poderia pegar na minha mala, uma box, uma camisa, e uma bermuda?

-Bermuda?... Nunca te vi de bermuda!<peguei as peças na mala>... Nem sabia que fazia parte do seu vestuário!<entrei no banheiro o entregando>

-Não gosto muito, mas estou me sentindo a vontade para usar apesar do tempo estar esfriando!<justificou>

O olhei através do vidro temperado do box, a sua silhueta, era o maximo que a textura do vidro me permitia. Acho que a cada dia ele ficava ainda mais lindo, e o meu sentimento por ele? Bom, devido aos últimos acontecimentos, felizmente, ou infelizmente sinto que não e o mesmo, sinto que o que eu sentia por ele foi diminuindo, e isso e bom. Não posso ficar perdendo o meu tempo sofrendo por um homem que não e, nunca foi, e jamais será somente meu. 
Antes de sair do banheiro, ele me perguntou se eu poderia ligar para o restaurante e pedir algo para o jantar, ele disse que queria comer uma massa, e tinha um ótimo restaurante italiano a algumas quadras, eu disse que sabia qual era e que já tinha pedido comida la, ele disse que queria “penne” com molho de espinafre. Sai do banheiro e segui para a cozinha, liguei para o tal restaurante e pedi duas massas, sendo uma delas a que ele pediu, e a outra o modo da casa que era deliciosa. Depois de fazer o pedido, segui para a sala e liguei a TV, fiquei assistindo a algum canal de musica, e do nada me perdi no clip que começar a passar, era TKO do Justin, pensei em como ele poderia estar, já fazia certo tempinho que não o via, ou se quer falava com ele, e olha que tínhamos o telefone um do outro, provavelmente ele deve estar bem, curtindo a sua esposa, e sendo feliz com ela. 
Queria poder ter tido a sorte dela de encontrar alguém que a ame, e que saiba como tratá-la bem, respirei fundo e apenas fechei os olhos me acomodando no sofá.
Respirei algumas vezes sentindo os meus olhos arderem, ultimamente eu sentia que estava ficando mais pensativa, e eu não gosto de ficar assim, pois sei que vou ficar pra baixo, e isso e um passo para entrar em depressão, e eu não quero, de forma nenhuma passar por isso, eu preciso estar bem.

              

Fui surpreendida com os seus lábios encostando nos meus em um selinho demorado que evoluiu para um beijo, sem desgrudar os seus lábios dos, meus ele sentou ao meu lado colocando uma de suas mãos em minha coxa a apertando de leve, respirei fundo entre o beijo e o deixei levar, não poderia ficar expressando o que sentia, ele era apenas o meu cliente, e o que mais pagou caro por mim, e de uma forma ou de outra, eu devo cumprir o tempo determinado pelo contrato, que ainda faltavam 3 meses.
 Depois de uns minutos nos desvencilhamos calmamente com selinhos, ele olhou dentro dos meus olhos, e em seguida para as flores.

-Quem enviou para você?<o encarei meio que sem saber o que responder>

-Ninguém!<respondi apressadamente a única coisa que veio a minha cabeça>

-Ninguém Mary?... Elas criaram pernas e vieram te fazer uma visita?<disse ironicamente>

-Eu as comprei!... Não posso comprar flores para perfumar a casa?<o encarei>

-Não precisa de flores para perfumar a casa!... Você sozinha já cumpre este papel lindamente!<respirei fundo, acho que a minha resposta tinha colado>

Ele me puxou novamente para um beijo, senti a sua língua invadir a minha boca, com um delicioso sabor de menta, a sua mão que estava em minha coxa, enquanto a outra segurou firme em minha cintura colocando-me em seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo, e apesar de estar com triste com ele, os seus lábios e o seu corpo sempre me davam um choque de adrenalina, me deixando pronta para qualquer coisa, se bem que hoje, eu realmente não estava a fim, mas como disse esta madrugada ao Bruno, eu sou uma prostituta, e tenho que ceder as vontades deles mesmo sem ser perguntada se estava bem ou não para transar. 

                    

Comecei a me movimentar em seu colo vagarosamente, mas não estava com tesão, não estava com vontade de fazer sexo, porem era o meu trabalho. As suas mão apertavam a minha cintura com vontade, o seu membro completamente ereto roçava na minha virilha, e eu sentia vontade senti-lo, mas ao mesmo tempo não queria, não me sentia a vontade para transar com ele.
 Uma vez ouvi dizer que uma prostituta tem um interruptor interno, e quando ela quer transar, mesmo sem vontade, este interruptor e acionado instantaneamente, e ela consegue se entregar ao cliente sem pestanejar. “Acho que o meu interruptor quebrou”, não estava conseguindo sentir nada por ela naquele momento, muito menos vontade de transar com ele.
Fomos interrompidos pelo interfone, provavelmente era nossa comida, agradeci internamente pelo ocorrido. Sai de seu colo, me ajeite e segui ate o interfone, liberei a entrada do entregador e voltei para sala, ele estava retornando do quarto com a carteira em mãos, passou a mão cabelo, bufou inconformadamente, e sentou novamente no sofá.

-Vou colocar a mesa para comermos!<disse atrás do sofá>

-Faça isso!<disse mau humorado>

-A culpa não foi minha...

-Eu sei!<disse no mesmo tom>

-Tudo bem!<sorri sem emitir som e segui para a cozinha>

Estava terminando de colocar a mesa quando ouvi a campainha tocar, em seguida ele apareceu com as marmitas, nos servimos e ele se sentou para comer, notei que ele e estava muito serio, e resolvi dar uma quebrada no gelo.

-Aconteceu alguma coisa na viagem?<plantando verde para colher o maduro>

-Nada de mais, só coisas chatas de negócios!

-E por que esta com esta cara emburrada?

-Esta tudo bem, so não gosto de ser interrompido quando estou prestes a transar, me deixa louco de raiva, e dói pra caralho!<me olhou e sorriu divertidamente>

-Imagino que sim!... Mas podemos resolver isso depois do jantar!<sorri conformada, terei que fazer, não tenho para onde fugir>

-E o que me consola!

Continuamos o nosso jantar, ele me contou mais algumas coisas da viagem, nada que entregasse a presença da Andrea com ele, mas eu sei que estavam juntos, alguma coisa me diziam que estavam junto.
 Depois do jantar eu recolhi a louça suja e as coloquei na paia, lavando tudo em seguida, ele foi para a sala assistir TV, e eu fui para o quarto quando terminei com a louça, eu precisava de um banho. 
Retirei a minha roupa e segui para o banheiro, abri o chuveiro e entrei no box deixando a água morna cair pelo meu corpo, estava me sentindo cansada, e de certa forma estressada, com a cabeça cheia de coisas, de pensamentos confusos, e de sentimentos diversos.

                                *Musica amores, ouçam ate o final do cap*

 Estava distraída quando senti as suas mãos envolverem a minha cintura, levei um susto, mas logo o meu corpo se acostumou com o seu toque, senti o seu corpo completamente despido encostando-se ao meu, movi o pescoço sentindo os seus lábios o beijarem devagar, de uma forma doce, enquanto as suas mãos percorriam o meu corpo sem pressa. Senti o seu membro extremamente rígido roçando no meu quadril, suspirei alto sentindo o meu corpo me traindo ao desejá-lo com todas as forças dentro de mim.

-Como senti falta de você e do seu corpo!<disse beijando a minha nuca>... Abre um pouco a perna pra mim abre, estou morrendo de saudades de você!<disse enquanto a sua mão me estimulava com movimentos calmos>

                             

Fiz o que ele me pediu, senti a sua mão em minhas costas inclinando um pouco o meu corpo para frente, me fazendo apoiar as mãos no vidro do box inclinando o meu quadril para trás. Senti a sua mão passear pelo meu corpo, e em seguida ele me penetrou com força, e de uma vez, senti o meu corpo se arrepiar devido a surpresa dos seus movimentos. 
Curvei a cabeça a apoiando brevemente no vidro do box, o meu corpo se contraia de tesão, e eu acho que era a única coisa que eu estava sentindo no momento, “tesão”, infelizmente, ou felizmente nada mais acontecia. 
A minha memória traiçoeiramente me levou ate a ultima vez em que senti mais desejo e prazer em estar sendo tocada, e felizmente não foi tão longe, pois na minha cabeça so vinha às cenas desta manha, e o meu corpo me proporcionava as lembranças do seu toque, as sensações do seu beijo, era como estar com uma pessoa, estando com outra, desejando outra, entrei em uma espécie de transe e a única coisa que sentia eram as mesmas sensações de quando estava com o Bruno pela manha, acho que de certa forma me bloqueei das sensações que estava sentindo no momento com o Paul, que estranhamente era como se eu estivesse transando com ele pela primeira , e que nunca o tinha visto na vida, ou como se o repudiasse com todas as minhas forças. Acho que a ideia de saber que ele estava com ela, que tinha me magoado, e que o meu amor por ele jamais seria correspondido, me deixou desapontada.

Senti um orgasmo se formar no meu ventre fazendo meu corpo inteiro se arrepiar, os seus movimentos rápidos e as suas mão segurando o meu quadril fortemente, o atrito da sua pele na minha, o seu membro quente e latejante dentro de mim, as minhas pernas fraquejando, devido a intensidade do momento, tudo isso se misturava me deixando com a cabeça ainda mais confusa entre o me entregar, e me bloquear naquele momento. Sendo impossível me segurar mais, deixei o meu corpo falar por mim explodindo em um orgasmo intenso, a minha respiração ficou falha, parecia que estava sendo enforcada. 
Depois de mais alguns movimentos rápidos e profundos ele simplesmente se desconectou de mim, e se auto estimulando gozando fora do meu corpo em um gemido forte, mas sem intensidade.
Apoiei o meu corpo no vidro e o olhei ainda de costas para mim, e vi as suas costas completamente marcadas a unhadas, dava para ver claramente as marcas em suas costas, e alguns arranhões um pouco mais profundos. Respirei fundo e me virei de costas para ele novamente, porem de canto de olho vi o seu rosto virando de lado para me olha. Ele entrou em baixo do chuveiro, terminou o seu banho e simplesmente saiu do box.

           

Senti os meus olhos arderem, e imediatamente foi impossível conter as lagrimas que brotavam sem a minha permissão, me deixando completamente arrasada em baixo daquele chuveiro. Terminei o meu banho pois sabia que a única coisa que conseguiria ficando ali seria um resfriando, e uma conta de luz e água muito mais alta no final do mês. 
Segui para o quarto e ele estava deitando na cama de camiseta e coberto ate a cintura. Me troquei rapidamente, apaguei as luzes e antes de me deitar ao seu lado fui ate a janela, que ao mesmo tempo que me proporcionava uma vista incrível, me proporcionava uma lembrança maravilhosa, que estranhamente me surpreendeu com o seu cheiro. Não sei se por estar pensando nele, ou se por não conseguir tira-lo da minha cabeça, mas foi estranho sentir o seu perfume naquele momento

-Como você ficou aqui sozinha?<disse me retirando dos meus pensamentos>

-Bem!... Arrumei um emprego!

-Emprego?... E fixo?

-De certa forma sim, estou em uma agencia de acompanhantes...<disse me deitando ao seu lado>

-Continua fazendo programas!<foi grosseiro>

-Não, eu pedi para que não me passassem quando tivesse que acompanhar alguém que quisesse  sexo...

-E você acha que eles vão te atender?

-Acho que sim, eles nem me chamaram hoje...

-Qual e o nome desta agencia?... Qual e o nome do dono dela?

-O dono dela se chama Josh...

-JOSH TOMPSON?

-Deve ser, ele  pediu para que o chamasse de Josh!

-Ele e um branco alto...

-Sim!

-Não dou duas semana, para te pedir, ou ate mesmo te obrigar a ir para cama com ele, ele e um safado, odeio aquele cara...

-Me obrigar?... Eu duvido ele me obrigar!

-Ta certo, se voçe diz!... Esta gostando de estar la?

-Estou!... E melhor do que ficar no meio de uma boate procurando clientes!

-É você quem sabe, só espero que ainda tenha tempo para mim!

-Claro que sim!

-Vamos dormir, eu estou exausto da viagem!

                                    

Me acomodei ao seu lado mesmo estando sem sono, ele se acomodou na cama, e logo pegou no sono, não sei se era eu que estava desmotivada com ele, ou realmente ele estava mudado, mas não estávamos mais na mesma sintonia de antes.

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