segunda-feira, 7 de julho de 2014

A Ligação! cap 88


São Paulo – Brasil

Mary tinha voltado com a sua irma para o Brasil, ela estava morando em um pequeno apartamento perto do hospital onde ela estava se tratando, era melhor para ela, pois ela ja não conseguia se locomover sozinha por uma longa distancia.
A Mary conseguiu trabalhar em um escritório de administração que era de um amigo do seu pai, quando ele soube do que estava acontecendo com ela, decidiu ajudá-la a empregando na sua empresa, e deixando que ela tivesse um horário mais flexível, e atendendo as suas necessidades de limitação de movimentos, e sem se importar com a sua condição, tanto gestacional, como de saúde.

A Ingrid não estava estudando, pois não tinha conseguido nem a transferência da escola de Los Angeles para o Brasil, e por isso ela ficava em casa e ajudava a irma com afazeres domésticos, pois quando ela chegava sempre estava extremamente cansada, e a única coisa que conseguia fazer era se deitar, e tentar descansar.


Com o passar do tempo a Mary foi ficando fragilizada devido ao seu estado de saúde, já que o tratamento que ela fazia era muito forte. Mary que agora era mais conhecida apenas como Mariane, trabalhava todos os dias da semana em meio período, pois devido ao tratamento ser muito puxado, e ela acabar não conseguindo ter muitas condições de arcar com todas as despesas do tratamento, acabou ficando ainda mais complicado fazer um bom tratamento, do jeito que precisava fazer, para tanto ela como o seu bebe ficassem bem, e mais uma vez, ela deu prioridade ao bebe, que agora ja tinha sexo, seria uma linda menina.

-Ingrid!<ela chegava em casa no inicio da tarde sempre a procura da irma o seu porto seguro agora, e um dos motivos dela seguir em frente>

-Mary, você esta bem?... Vi que esqueceu o seu remédio na mesa da cozinha!

-E eu acabei saindo com pressa, e agora estou me sentindo mal!<disse ao se sentar no sofá>

-Vou buscá-lo você precisa tomar!

-Já se passou mais de uma hora, e melhor esperar o próximo horário!

-Voçe quem sabe!

-Vou tomar um banho, e depois me deitar um pouco!

-Voçe precisa se alimentar Mary!

-Não estou com fome!

-Olha para você, esta extremamente magra, so tem barriga, se continuar assim ao invés de fazer bem para a minha sobrinha, vai acabar prejudicando ela, e você!

-Esta tudo bem Ingrid, quando eu fui fazer a ultrassonografia, o medico disse para que eu não forçasse, e comesse somente quando sentisse necessidade!

-E, mas se deixar por você, você não vai comer nunca!

-Pode deixar, eu vou comer depois do banho!

-Voçe viu, o Bruno vai fazer um show no México dentro de um mês!

-Pelo menos não e no Brasil!

-Você não acha que já o penalizou demais?... Ele e o pai do seu bebe, merece saber algo sobre vocês...

-Voçe sabe muito bem que ele pode não ser o pai da minha filha, eu ja te falei sobre isso...

-Tah, ele pode não ser, mas ate que digam o contrario, ele e!... Converse com ele...

-Ele não deve nem mais querer saber de mim, já deve ter me esquecido!

-Como você sabe, nunca mais ligou, saímos fugidas de Los Angeles...

-Claro como você acha que eu iria ter coragem de contar a ele que eu tenho...

-Ele precisava saber, saber por você, eu sei que ele não iria te abandonar!... Ele iria te ajudar no tratamento, e provavelmente você não estaria aqui, neste estado!... Mary voçe esta definhando...

-Chega Ingrid!... Voçe não ouviu o que eu ouvi da boca dele, ele pediu que eu sumisse da vida dele...

-Ele se arrependeu, eu estava la, eu vi, ele estava mal, estava péssimo por ter falado tudo o que falou!... Mary eram apenas palavras, palavras o vento leva, atitudes não!... Ao menos ligue para a esposa do 
Phil, já faz dois meses que saímos de la...

-Eu preciso descansar!

Ultimamente a Mary gostava de ficar na privacidade do seu quarto, apenas lendo o livro que a sua amida de cela havia lhe dado a quase um ano atrás, ela já tinha lido, relido, e sempre chorava ao se lembrar do pesadelo que viveu naquele lugar quando perdeu o seu bebe.
Ao entrar no quarto as coisas que a Ingrid havia lhe falado ficavam martelando em sal cabeça, ela não podia negar que ele era muito presente em sua vida, que ele lhe fazia falta, ainda mais agora no momento em que ela estava fragilizada e precisava de carinho e apoio. Depois de muito pensa decidi deixar o meu orgulho de lado, e ao menos dar noticias a Urbana, ela deveria estar preocupada comigo.
Enquanto o telefone chamava, o seu coração se enchia de receio, receio dela estar muito triste com ela, receio de não querer mais falar consigo ( Mas isso seria bobeira de sua parte) A Urbana era uma mulher e tanto, e sem duvidas jamais deixaria de falar com a Mary, mesmo ela tendo sido uma idiota.

-Alo, quem e?!<disse a sua voz suave, e desconfiada do outro lado da linha, afinal eu liguei de numero restrito>

-Urbana, sou eu...

-Mary?

A sua voz saiu suave, em um tom de alivio, definitivamente, neste momento ela tinha certeza de que tinha feito a coisa certa. Ligar para ela.


Mary sorriu aliviada ao ouvir a sua voz doce do outro lado, ela não sabia explicar, mas sentiu uma paz indescritível neste momento

-Sim, me desculpa, eu...

-Como você esta?<a sua voz embargou ao ouvir a sua amiga emocionada>

-Estou bem, e você?

-Preocupada com você obviamente!<Pode ouvir um certo barulho, uma certa movimentação onde ela estava>

-Te atrapalho?

-Não, claro que não!... Como o bebe esta, como você esta?

-O bebe esta bem, e eu vou levando, estou fazendo um tratamento suave, para não atingir o bebe!

-Mary você esta nos deixando loucos de preocupação...

-Como ele esta?

-O Bruno?

-Sim, como ele esta?

-Ele ainda esta arrasado, porem tem que seguir em frente!... Não a um dia se quer que ele não me pergunte se você ligou!

-Eu sinto tanto a sua falta!<Mary respirou fundo>... Apesar de ter ficado profundamente magoada com as suas palavras, eu sinto a falta dele!

-Conversem, vocês precisam conversar isso tudo não pode acabar assim, vocês se gostam Mary, ele sente a sua falta!

-Eu sinto a dele!... Mas eu não quero que ele me veja assim, eu não pareço em nada com o que era antes e... Ainda me machuca lembrar tudo o que ouvi dele!

-Eu imagino que sim, mas ele esta arrependido, confie em mim!... Olha eu dei umas pesquisas por aqui sem que ninguém soubesse claro, e tem como você se tratar melhor aqui Los Angeles!... Inclusive eu conheço um medico incrível na sua especialidade, e ele vai saber cuidar do seu caso!

-Eu não posso, não tenho mais dinheiro, usei tudo para o tratamento aqui no Brasil, e trabalho apenas para manter um padrão de vida!

-Eu te ajudo!

-Não quero!

-Mary deixa de ser teimosa, não e por você, e pelo bebe!

-Muito obrigada minha amiga, mas vou permanecer por aqui!

-Ele disse que quando for ao México vai dar um jeito de te procurar no Brasil!... Ele disse que tem quase certeza de que você esta la!

-Não quero que ele me veja como estou!... Como ele sabe que eu estou no Brasil?

-Ele acertou?... Voçe esta realmente no Brasil?

-Estou!

- Me deixa te visitar, estou muito preocupada com você!

-Quem e amor?<pode-se ouvir nitidamente a voz do Phill>

-Não diga Urbana!

-E so o Phill, por favor, para com isso, voçe não tem noção da nossa agonia, o Bruno esta arrasado!<as duas começaram um choro baixo uma de cada lado da linha, era difícil passar por tudo sem apoio>

-Por que esta chorando amor, quem e?<pode se ouvir desta vez a voz do Phill um pouco mais dura do outro lado>

-Amor... 

-Alo, quem esta falando?<ele tomou o telefone de suas mãos>... Quem esta falando?

-Phill, sou eu, Mary!<disse em tom baixo>

-MARY?... Onde você esta?... Como esta?

-Estou bem, eu acho!<disse pausadamente com tristeza em suas palavras>

-Onde você esta?... Ei Negão esta fugindo do trabalho?<a voz do bruno pode ser ouvida, deixando o coração da Mary em extrema duvida, ela não sabia se desligava, ou se encarava logo tudo de uma vez>

-Calma cara, estou no telefone!<disse diretamente para o Bruno>... Vou passar o telefone para ele, e você vai ouvi-lo, eu não sei o que aconteceu com você, a Urbana não me disse nada, disse que era coisa sua, e eu a respeitei!... Mas ele e o meu amigo, e esta sofrendo pela sua ausência, e ainda mais pela ausência do filho que ele nem sabe como esta na realidade!... Eu não te conheço bem, mas sei que voçe tem um bom coração, e vai ouvi-lo deixando o coração do meu amigo mais tranqüilo!... Vou passar para ele!<ele ficou mudo>... Acho que a ligação agora e para você meu amigo!<a sua voz soou mais distante>


Senti o meu coração acelerar como eu nunca tinha sentido antes, o Phil estava certo? Sera que eu realmente deveria falar com ele? Sera que ele realmente iria me ouvir? Será que ele sentia mesmo a minha falta, e a deste bebe que ele nem sabe se e dele mesmo? Eu não sei se estava preparada para falar com ele, para ouvir a sua voz, para encarar o que ele ainda poderia me dizer.
Olhei para minhas mãos que estavam extremamente magras devido ao meu tratamento que era muito forte, mas segundo o medico o meu bebe estava bem, e isso era o que mais me importava, era por ela que eu estava lutando, era por ela que eu estava tirando forças de onde não tinha mais.


-Alo esta me ouvindo?... Não tem ninguém na linha, quem e?<falou com alguém, provavelmente o Phill>

-Claro que tem!

-Ninguem fala nada!... Alo!

-Oi!<disse quase inaudível>

-Alo, alo, fala mais alto, por favor!

-Oi Bruno, sou eu...

-Mary?<disse em tom baixo parecendo não acreditar>

-Sou eu Bruno!

-Onde... <sua voz embargou>... Onde você esta?<disse parecendo emocionado>

-Voçe esta bem?

-Não, não estou, cadê você?... Como posso estar bem se você simplesmente sumiu do nada, sem noticias...

-Voçe disse que não queria mais me ver...

-Eu estava bêbado, louco de raiva, falei um monte de merda naquele dia!... Mary volta para casa!

-Eu não posso... Casa?<disse meio confusa>

-Sim, para a nossa casa, eu sinto tanto a sua falta!... E tão ruim me deitar naquela cama e não te sentir mais, ate o seu perfume esta sumindo das minhas coisas, e eu não quero que isso aconteça!... Eu preciso de vocês!

Preciso confessar que as suas palavras me atingiram de uma forma inesperada, e neste momento eu não consegui conter a emoção, mas infelizmente, eu não poderia, e nem tinha como voltar.
Se eu falar que não sinto a sua falta e lógico que estarei mentindo, mas eu não posso simplesmente ir embora agora, não tenho como. Se ele me visse no estado em que estou mudaria de ideia na mesma hora, em nada lembro a mulher que fui, e neste momento eu so  tenho barriga, so cultivo o lar da minha filha.

-Mary, amor, esta me ouvindo?... Me perdoa por favor, volta pra mim, volta pra casa, eu estou mandando montar o quartinho do nosso bebe...

-E uma menina!

-Oi?

-E uma menina!<disse intensificando as lagrimas>

-Nossa menina!<disse com a voz embargada>... Volta pra mim...

-Eu não posso!

-Por que não pode?

-Não tenho como voltar!

-Voçe deve estar sem dinheiro não e?... Eu mando te buscar, e fácil...

-Não, não e facil!... Realmente não tenho recursos, mas eu não tenho por que gastei com tratamento de uma doença!

-Doença?... O que você tem Mary, esta me assustando?

-E melhor não te contar...

-Como não, eu mereço saber...

-Fica calmo, não e nada contagioso, você pode ficar tranquilo!

-Eu não pensei em nada assim, eu pensei na nossa filha!... Amor o que esta acontecendo, Mary se abra comigo, eu preciso saber, estou no escuro sem noticias de vocês!

-Eu não posso voltar, preciso do meu tratamento, e eu já comecei a fazer aqui, não posso simplesmente abandonar...

-Eu procuro os melhores médicos para você, não acontecera nada, Mary, por favor, volta!

-Desculpa!

-MAS QUE PORRA!<gritou ao telefone me assustando>...Desculpa!<lamentou a sua explosão>... Onde você esta?... Ao menos isso, eu preciso te ver!

-Eu não quero te ver...

-Não quer me ver?

-Na realidade não quero que me veja como estou!

-Você esta me afastando de vocês, de você e da minha filha!

-Você sabe que ela...

-Não termina, mas que merda Mary porra, já tínhamos conversado sobre isso, ela e a minha filha independente se ela nascer de cabelos loiros e de olhos azuis, pai e aquele que cria que da amor, atenção, e você esta me privando de amar a minha filha!

-Diga a ela que eu vou, eu vou no seu lugar, eu imagino o por que ela não queira te ver, ou no caso não queira que voçe a veja!<ouvi a voz da Urbana provavelmente havia chegado ao seu lado>

-Isso, deixe a Urbana vir, eu preciso muito de alguém, mas no momento realmente não pode ser voçe!<chorei descontroladamente agora>


-Não chora meu amor!... Esta bem, a Urbana se ofereceu para ir, e eu não vou discutir, mas saiba que será sobre muito protesto, eu não acho justo não poder te ver, estou me penitenciando a meses pelo que aconteceu, me perdoa!

-Não posso dizer que esqueci, mas eu te perdoo claro, quem sou eu para decidir quem merece, e quem não merece perdão!... Só não quero que me veja, ainda!

-Ela vai embarcar esta semana ainda!

-Tudo bem!... Eu realmente preciso ir, acabei de chegar do trabalho, estou exausta, e preciso tomar a minha medicação!

-Tem certeza que esta bem?

-Esta tudo na ordem!... Se cuide Bruno!

-Se cuida meu amor!

-Bruno eu...

-Voçe?

-Sinto a sua falta!


Disse e desliguei sem ao menos esperar a sua resposta, me deitei de lado na cama, deixando toda a agonia que estava sentindo vir a tona, eu precisava chorar, desabafar, estava a meses com tudo isso preso na garganta, com saudades de falar com ele, mas o meu orgulho me impossibilitava de dar o braço a torcer.

Oh, love
Oh, amor

never knew what I was missing
nunca soube o que estava perdendo

but I knew once we start kissin '
mas eu soube quando começamos a nos beijar

I found ...
Eu encontrei...

I found you
Eu encontrei você

Now I'll do what I would do
Agora eu vou, fazer o que eu ia fazer

I'm so empty
Eu estou tão vazia

my heart, my soul can not continue
meu coração, minha alma não podem continuar

Go on without you, love
Continuar sem você, amor

Rainy days are gone
dias chuvosos se foram

when you came ..
quando você veio..

Say that you're here to stay
Diga que você esta aqui pra ficar

with me, kid
comigo,garoto

I do not want you to leave me
Eu não quero que você me deixe

I need you ..
eu preciso de você..


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