segunda-feira, 14 de julho de 2014

De volta a Los Angeles! Cap 91

Aproveitamos o tempo juntas e tomamos sorvete de creme, vimos filmes, e dormimos largadas no sofá, e no tapete da sala com a TV ligada. O dia começou bem, tirando a terrível dor nas costas, a Urbana disse que desde que era adolescente não dormia largada no chão, e olha que ela so tinha feito isso bêbeda. 
O Nosso vôo estava marcado para o inicio da tarde, e no final da manha já estávamos indo para o aeroporto, ela estava preocupada com as crianças, por que o Phill tinha ido viajar como Bruno e a banda para fazer um show em Londres, e so voltariam dentro de 2 dias e as crianças estavam com os avos, e como eles eram bem quietinhos (Para não dizer ao contrario), ela estava com receios dos avos não darem conta.
Depois de tudo arrumado, trancamos o apartamento, e descemos todas as malas com a ajuda do zelador do prédio, entreguei as chaves para o porteiro, afinal ja tinha resolvido tudo com a imobiliaria duranbte a semana. Pegamos o taxi e seguimos para o aeroporto. Durante todo o trajeto, eu senti o meu peito acelerar cheio de ansiedade, de saudade, e mesmo estando com medo dele me ver como estou, a única coisa que eu quero agora e olhar dentro dos seus olhos. 


A paisagem de dentro do taxi parece tão vaga agora, parece que as coisas perderam um pouco da sua magia, se e que um dia ela teve, perderam o brilho, perderam a cor, e ainda so não perderam o sentido por que apesar de sentir que eu morro um pouco por dia, sinto a linda vida que crescer dentro de mim, deixando os meus dias um pouco mais brilhantes, e a minha vida com um pouco mais de graça.
Ao chegarmos no aeroporto, fizemos o Chek in, e aguardamos ansiosamente o nosso embarque que estava marcado para 12:30, estávamos sentadas na era de embarque quando ouvimos o celular da Urbana toca escandalosamente, ela olhou para a tela e sorriu ao ver nome na tela, que me mostrou animadamente sendo o do seu marido.

-Oi meu amor!

-(...)

-Sim, muito!<sorriu>... Já estamos no aeroporto na área de embarque!

-(...)

-Serio, mas por que, o que houve?

-(...)

-Isso e bom em partes, por que eu estou morrendo de saudades de você!

-(...)

-Sim, elas estão do meu lado!

-(...) <sorriu mais uma vez>

-Tudo bem, então te espero amanha!

-(...)

-Eu tambem te amo!

-Quanto amor!... E tão lindo ver vocês assim tão unidos!

-Nos amamos, tivemos os nossos problemas, mas agora estamos bem novamente!

-Fico feliz por vocês!

-Eles estão voltando hoje de madrugada, e chegam, logo pela manha!

-Mas e o show?

-Um deles foi cancelado devido ao mal tempo!

-Hum, compreendo!

“Primeira chamada para o Voo 463 com destino a Los Angeles, embarque no portão 7”

-E o nosso, querem ir para se acomodarem melhor?

-Eu adoraria, estou sentindo algumas dores nas costas!<reclamei>

-Então vamos!

Nos levantamos e seguimos para o embarque, o meu coração parecia já estar no ar a muito tempo, parecia que ele iria sair pela minha boca de tão ansiosa que eu estava. O meu corpo inteiro doía, sentia as minhas juntas dar pontadas, e as vezes as minhas pernas fraquejarem, a única coisa que eu queria agora, era chegar o mais rápido possível.

Definitivamente o voo não foi muito bom para mim, passei boa parte dele dentro do banheiro, era horrível a todo momento você sentir a vida querer sair pela boca, o meu estomago parecia uma montanha russa, foi simplesmente terrível, tirando que a minha filha não parava de mexer um minuto se quer. Dei graças a Deus quando o comandante anunciou que estávamos aterrissando, e antes de sair da aeronave, fiz mais uma visita ao banheiro.
Depois de tudo resolvido seguimos para o desembarque do aeroporto, devido ao fuso horário era pouco mais de 21:00. Vi a Urbana se aproximar de um homem alto, moreno claro que estava muito bem vestido, que imediatamente retirou de suas mãos o carrinho com as nossas bagagens, ela nos olhou e esperou que nos aproximasse mais deles, pois devido ao longo tempo que passei sentada, hora no acento do avião, hora no sanitário da aeronave de frente para a pia, "enquanto regodgitava" me deixaram com as juntas travadas.

-Se você quiser eu peço para o Roger te colocar no carrinho e ele te empurra!<disse com um leve sorriso nos labios>

-Fica de onda mesmo, eu volto daqui!!<disse contendo o sorriso>

-Estou brincando amiga, que horror!<sorriu se aproximando, e passando a sua mão em minhas costas me ajudando a andar>


Seguimos para o carro que estava estacionado bem em frente ao portão principal, o Rapaz abriu a porta de trás gentilmente onde me sentei com a Ingrid, e a Urbana foi na frente com o rapaz. Olhava pela janela e me lembrava de todas as noites que passei aqui, que me peguei admirando os prédios altos, as pessoas andando na rua despreocupadamente, sem se quer importar com o seu próximo, os carros passando apressadamente ao nosso redor, as buzinas altas, e as pessoas completamente desligadas, e completamente inundadas em seu próprio mundo. 
E estas luzes, luzes que eu olhava deslumbradamente, e hoje ao meu ver não passam de luzes normais, lembranças que se misturavam entre muito boas, e muito ruins, coisas que eu queria me lembrar para sempre, e coisas que definitivamente eu queria muito esquecer.

-Acabamos de chegar!<disse Urbana ao telefone me tirando dos pensamentos>

-(...)

-Tudo bem, fazer o que!... vamos direto para a nossa casa, ela vai ficar la com, a Ingrid!

-(...)

-Tudo bem!... Boa viagem e ate amanha!

-(...)

-Beijo, também te amo!

Olhei para a Ingrid que parecia inerte em pensamentos olhando pela janela, assim como eu estava a alguns minutos atrás. Coloquei a minha mão sobre a sua, e ela me olhou, sorri para ela como se perguntasse se estava tudo bem, ela sorriu e balançou a cabeça positivamente, se aproximando de mim em seguida me abraçando fortemente, e assim seguimos ate o final do percurso.
Depois de mais ou menos uns 30 minutos de carro, entramos em um belo condomínio, e logo em seguida depois de umas 2 casas, a Urbana anunciou que tínhamos chegado. Entramos por um belo portão e avistei um linda casa ampla de luzes fortes iluminando a fechada, com um lindo e enorme jardim a sua frente. O carro parou em frente a porta principal e descemos do carro, entrando na casa em seguida.

-Fiquem a vontade, eu vou ligar para a minha mãe, e pedir que ela mande as crianças so pela manha!<disse e se afastou um pouco>

-Fico feliz por você ter decidido voltar Mary!<disse Ingrid ao meu lado>

-Por que?<não queria que ela ficasse deslumbrada com as coisas alheias, ela sabia que toda esta boa vida, não faz parte da nossa realidade>

-Por que eu via o quanto você estava sofrendo longe do Bruno, eu via o quanto você sentiu a falta dele, eu vi as vezes que sozinha chorou em seu quarto, e eu sei que não era somente pela sua doença, sei que era por medo, medo nunca mais vê-lo, medo da minha sobrinha ser filha dele de verdade, e você estar os separando!<ele se aproximou mais de mim>... Medo de encarar tudo isso “sozinha”, sem o apoio de outras pessoas, medo de não conseguir vencer!<nos encarávamos seriamente>... E eu sei que aqui você vai estar perto dele, perto da Urbana que se tornou uma amiga muito especial, perto de mim, e eu sei que voçe vai conseguir vencer!<disse e me abraçou forte, nos fazendo chorar>

-Vai ficar tudo bem meu amor, se acontecer algo comigo, eu sei que você e a sua sobrinha estarão bem amparadas, eu fiz a Urbana me prometer!<sorri em meio as lagrimas>

-O que eu prometi?<disse entrando na sala>... Ai meu Deus vocês já estão chorando?<sentou ao nosso lado>

-Prometemos não inundar a sua sala!<disse Ingrid secando os olhos>

-Imagina minha princesa!

-E que eu estou feliz da minha irma ter aceitado vir, ela estava precisando!

-Eu sei que sim, eu também estou feliz!

-Vocês duas vão me fazer desidratar!<disse passando os dedos pelos olhos>

-Então vamos parar de choradeira, por que amanha e Domingo dia de descanso, e você vai consultar um medico logo na segunda de manhna, como eu te disse!... Vocês devem estar cansadas não e?

-Eu confesso que já tinha acostumado com o fuso horário do Brasil novamente!<disse com os olhos pesados, realmente estava cansada>

-Esperem so mais um pouquinho eu já mandei que preparassem um lanche rápido para vocês, eu sei que e melhor optar por um lanche, e mais leve durante a noite!

-E sim, obrigada!

-Por que voçe não faz assim Mary, va se deitar, que eu mesma levo o lanche para voçe no quarto!

-Eu não quero te dar taraba...

-Paro ai!<me interrompeu>... Sem esta, vem vamos que eu vou mostrar o quarto de vocês!


Seguimos para o andar superior, ela me ajudou a subir as escadas com cuidado, ela estava me tratando como um vaso de porcelana. Adentramos a um quarto de hospedes muito bonito, com duas camas de solteiros, e um banheiro, as nossas malas ja estavam acomodadas em dos cantos próximo ao armário, ela disse para ficarmos a vontade enquanto conferia se tinha toalhas e roupas de cama o suficiente, pois o tempo aqui estava bem mais fresco do que em São Paulo. 
Ela me mostrou onde ficava a TV pois ela estava embutida em um armário, me entregou o controle, e em seguida se retirou nos deixando a sós.
Depois de um ótimo banho, a Urbana me trouxe o lanche, e disse para que ficasse a vontade, levou a Ingrid com ela para que lanchasse la em baixo. Eu fiz a minha refeição assistindo um jornal local, já estava quase terminando, quando passou uma noticia sobre o Bruno e os meninos, falando sobre a carreira dele, de como eles eram unidos, e de como estavam fazendo muito sucesso nos Estados Unidos e no mundo, definitivamente ele estava se tornando o queridinho da America. 
Fiquei muito feliz por ele, e orgulhosa de conhecer alguém como ele, que mesmo com os nossos deslizes, foi capaz de gostar de uma mulher como eu. 
A Ingrid chegou bem na hora que iria levar a bandeja, a levou para mim, pedindo que eu voltasse para a cama, e assim eu fiz, porem não a vi voltar, por que logo peguei no sono de tão cansada.

Acordei com algo caindo no chão, não dentro do quarto, do lado de fora, olhei para o lado e a Ingrid também tinha acordado, me levantei e abri a porta, vi a Urbana pegando algumas coisas que caíram de uma caixa que estava ao seu lado, que provavelmente ela estava carregando.

-Desculpa meninas, acordei vocês!<disse ao nos encarar na porta>

-Imagina que isso!

-Deixa eu te ajudar!<disse Ingrid se abaixando ao seu lado>

-Obrigada minha querida, são coisas do meu atelier!

-Um dia quero conhecer o seu atelier!

-Claro, seria ótimo!... Vou deixar estas coisas la no final da tarde!

Depois de ajudá-la a recolher as coisas, ela disse que o café já estava servido, e que se quiséssemos poderíamos descer. 
Fizemos a nossa higiene matinal, e de pois de esperar a Ingrid tomar o banho dela, tomei o meu, nos arrumamos e descemos. A mesa estava lindamente posta, cheia de coisas que eu podia e não podia comer, mas me privei ao que eu poderia comer e claro. 
Tomamos um café tranqüilo com algumas conversas e risadas, era muito bom estar com pessoas que gostamos, com pessoas que nos fazem bem, e a Urbana era assim, ela era uma mulher forte, batalhadora, enfim, o Phil tinha uma sorte enorme em te-la como esposa.
Depois do café fomos para a sala, ouvimos a porta se abrir e as crianças entrarem fazendo a festa, ela os abraçou fortemente deixando escapar algumas lagrimas de alegria, me imaginei em seu lugar abraçando a minha filha, beijando, e cheirando a sua pele pela manha ao lhe dar bom dia, queria muito poder fazer isso, sentir o eu carinho, senti o seu amor. Sentindo que iria começar a chorar de novo, pedi licença a Urbana dizendo que iria voltar para o quarto por que tinha esquecido de tomar o meu remédio, e que ainda estava cansada devido as quase 11 horas de vôo. Ela me compreendeu perfeitamente, cumprimentei as crianças, fiz um carinho neles que ficaram felizes ao me ver nolvamente, sento eles acariciarem a minha barriga, que claro ao sentir a minha filha se mexer comçaram a sorrir.
 Segui para o quarto, tomei o meu remédio e me deitei de lado, de costas para a porta me cobrindo completamente, senti o meu corpo cansado, e pedindo por um tempo para "relaxae", alisei a minha barriga sentindo a minha bebe se mexendo vagarosamente agora, e acabei adormecendo.

Bruno on



Estávamos em Londres participando de um festival, iríamos fazer dois shows, porem o tempo ficou muito ruim e um deles foi cancelado, eu fiquei triste por que estava feliz em poder ver os meus fãs mais uma noite, e fiquei feliz por que iria voltar mais cedo para casa. Tive noticias da urbana, e ela disse que tinha conseguido convencer a Mary a voltar para Los Angeles, e isso me deixou muito feliz, eu estava morrendo de preocupação com elas, estava com saudades e louco para lhe pedir desculpas depois de tudo o que aconteceu, eu sei que errei e isso estava me consumindo por dentro, a única coisa que eu queria era abraçar e beija muito a minha namorada. Bom, espero que ela ainda seja a minha namorada, por que eu sou o namorado dela, ate o fim.
 Para o meu desespero, devido justamente ao tempo não conseguimos embarcar durante a noite, conseguindo voltar para casa, mais uma vez, so no meio da madrugada.

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