quinta-feira, 17 de julho de 2014

Eu te amo! cap 92

Chegamos em Los Angeles era quase dez da manha, nos despedimos dos caras, e eu segui com o Phil para a casa dele, enquanto as minhas malas foram direto para a minha casa com o Dre, que iria mais tarde nos buscar na casa do Phill. Estava ansioso para vê-la novamente e isso era mais do que notório, eu estava louco, para sentir o seu abraço, sentir o perfume da sua pele e dos seus cabelos, o toque suave das suas mãos nas minhas, ver os seus olhos expressivos e cheios de vida, beijar os seus lábios com gosto de paixão, e poder te-la em meus braços novamente.

-Ei, estou falando com voçe cara!<disse me despertando dos pensamentos>... Esta caladão, você esta bem?

-Estou ansioso, quero muito ver a Mary!

-Você já sabe qual e o problema de saúde que ela tem?

-Não faço ideia, a Urbana não te disse nada?

-Não!... Você não tem medo de ser algo contagioso?

-Ela me garantiu que não, e eu confio nela!

-Mas ela era uma prostituta cara!

-Mas eu confio nela, independente disso!

-Aprendeu a confiar né, por que naquele dia voçe não confiou!

-Eu estava bêbado, louco de raiva, e morrendo de ciúmes, de vê-la próxima dele!... Como já te expliquei, ele pode ser o pai da minha filha!

-E se for, um dia ele terá que saber...

-NÃO!... Se depender de mim não, nem que eu as mantenha dentro de um casulo, ninguém vai tirar ela mais de mim, nem a Mary, e nem a minha filha!

-Eu imagino que sim cara!<disse desviando a sua atenção para a rua>

-Phill por favor, para ali na floricultura!<disse apontando para um ponto fixo na rua>

-Humm flores!<parou em seguida>... Que romântico!

-Eh, as vezes você também deveria levara para a sua esposa!<disse e sai do carro>


Entrei na floricultura e senti uma sensação não muito boa, talvez por que flores remetem a morte as vezes, e sempre que você olha para algumas delas (flores) pensa nisso, em algumas ocasiões claro, não que a Mary esteja morrendo obviamente, espero que ela goste das flores, mas sei la o cheiro de muitas flores juntas, já deve ser algo automático.
 Uma vendedora muito simpática me atendeu, olhei para ela e disse convicto que queria um buque de rosas vermelhas, ela prontamente acatou ao meu pedido e se retirou, logo atrás o Phill também fazia o seu pedido, olhei para ele e apenas sorri. Andei alguns metros ao meu redor olhando algumas “espécies” de flores, e vi uma gôndola cheia de cartões, pensei em pegar um, mas desisti, afinal eu mesmo estaria levando as flores, e tudo o que ela precisaria saber, sairia da minha boca.
A jovem apareceu com o buque que estava simplesmente adorável, paguei e esperei pelo Phill que logo em seguida estava recebendo o seu, que em nada se pareciam com rosas, que definitivamente são as únicas que eu conheço.

-Estamos parecendo dois adolescentes apaixonados!<disse assim que entramos no carro me fazendo sorri>

-Eu posso não ser um adolescente, mas sem duvidas estou apaixonado!<sorrimos>.. Que flores são estas?<olhei para o seu buque que me ofereci para segurar pois tinha água na base>

-São tulipas, a Urbana adora, e simplesmente apaixonada por elas!

-Legal, quero poder conhecer melhor os gostos da Mary!<disse e ele me encarou com certa malicia>... Cara, por favor!

-O que, eu não disse nada!<disse despretensiosamente voltando a olhar para a rua>

-Okey estes também!<admiti e gargalhamos>

Entre algumas conversas descontraídas e a minha tensão, enfim chegamos, nunca demoramos tanto para chegar na casa do Phill, parecia que tudo estava contra mim. Assim que ele estacionou na porta da sua casa, descemos do carro, e  eu o ajudei com as suas malas, mesmo com os buques nas mãos, que em seguida entreguei o da Urbana a ele. Definitivamente estava tentando esconder um pouco o nervosismo e a ansiedade, a única coisas que passava pela minha cabeça era... Ela esta aqui.

-Não esta funcionando!<disse me encarando>

-O que não esta funcionando?<o olhei meio confuso>

-Voçe esta tenso, não adianta fingir!<sorri>

-Estou sim, não vou mentir pra voçe!

-Mas que merda, esqueci uma coisa no carro!<disse dando meio volta>

-Porra Phill!<reclamei>

-Que foi, desde quando você precisa de mim para entrar dentro da minha casa?... Você e abusado de nascença, e sabe que e de casa!<sorriu e seguiu para o carro>

Eu olhei para a porta e nunca senti tanto receio em abrir uma. Respirei fundo e entrei dando de cara com a Urbana e as crianças no sofá da sala, e no outro sofá a Ingrid, acho que nunca fiquei tão aliviado em ver alguém como agora, ela estar aqui era a garantia de que a Mary também estaria, não que eu não acreditei na Urbana quando ela me garantiu, mas ver assim e diferente... Ah, vocês me entenderam!

-Olha quem chegou!<disse a Urbana se levantando>... Flores, isso e maravilhoso, são para mim?<sorrimos, e eu apenas neguei com a cabeça>... Cadê o meu marido Bruno Mars?<olhou para os lados antes de me abraçar>

-Matei e desovei o corpo dele ali na esquina!

-As crianças seu doido!<me deu um tapa>

-Desculpa!... E brincadeira, o papai esta no carro, ele esqueceu algo, na realidade ele so não esquece os cabelos por que já e careca!<sorrimos>


A Urbana me encarou e deu um sorriso amarelo, arqueei a sobrancelha me questionando se falei algo errado. Parecendo compreender o meu gesto, ela apenas balançou a cabeça e respirou fundo.

-Tio Bruno!<disse Zadeh>

-E ai carinha como vai?

-Bem, cadê o papai?

-Alguém sentiu a minha falta?<disse Phil entrando na sala cheio de sacolas, e as flores da Urbana>

-Saiba que estou muito feliz em te ver aqui!<disse me aproximando da Ingrid>

-Saiba que estou muito feliz em estar aqui!

-Me perdoe minha querida!<a abracei forte>... Foi tudo culpa minha, eu fui um idiota, e...

-Não, saiba que você so contribuiu, eu conheço a minha irma, e ela... Enfim, não esquenta!

-Claro que não, eu falei tanta coisa, que voçe não tem ideia!

-Voçe falando ou não, ela iria embora, tenho certeza!<ela me encarou>

-Onde ela esta?

-No quarto de hospedes!<disse Urbana ao nosso lado>

-Eu vou vê-la!<me desvencilhei da Ingrid>

-Bruno, vai com calma, por favor!<urbana me alertou cautelosamente>

-Eu sei Urbana, ela deve estar com raiva de mim, e não e para menos!

-Não e so por isso!

-A minha irma não e mais a mesma que voçe conheceu a alguns meses atrás, ela mudou muito em todos os sentidos, mais ainda fisicamente...

-Aos meus olhos ela permanecera linda, para sempre!

-Sendo assim, tente não acordá-la Bruno Mars!<Urbana sorriu me advertindo>

-Não prometo nada!


Segui para o andar superior, estava tão feliz de poder vê-la novamente, estava com saudades delas, e eu queria muito olhar em seus olhos e alisar a sua barriga, sentir a minha filha em seu ventre, mostrar a ela que eu estou aqui, e que eu a amo muito. Sentia o meu coração acelerar a cada passo que eu dava em direção ao quarto em que ela estava, sentia a minha respiração oscilar, mas que droga!... O que esta acontecendo comigo?... Eu nunca me vi tão nervoso assim por causa de uma mulher. Talvez seja por que aos meus olhos ela não seja uma mulher qualquer, na realidade, ela nunca foi.
 Parei em frente a porta do quarto onde ela estava, dei uma leve batida na porta a abrindo em seguida vagarosamente, para que se ela tivesse dormindo não acordasse assustada. Entrei bem devagar, e respirei fundo ao vê-la completamente coberta, e parecendo estar com frio, pois estava totalmente encolhida na cama, não pude deixar de notar que ela tinha um lenço muito bonito cobrindo os seus cabelos, como sinto saudades de sentir o seu perfume.
Adentrei ao quarto pisando o mais suave possível, deixei as flores no pé da cama, e dando a volta pela mesma ficando a sua frente pude ver melhor o seu rosto, e não posso negar, senti o meu coração parar por um segundo, e logo em seguida bater descompassadamente, olhando melhor para ela consegui compreender o que elas queriam dizer, aquela mulher deitada a minha frente, não parecia em nada com a minha Mary, não era nem sombra do que ela foi um dia, olhando somente para o seu rosto, eu conseguia sentir isso.

-O que eu fiz com voçe!<disse me aproximando mais sentindo-me culpado>

Me senti culpado por tudo o que falei para ela naquele dia, que por diversas vezes por todo este tempo, me veio a tona, fazendo a culpa pairar pela minha cabeça sempre que eu deitava a cabeça no travesseiro, e sentia a minha cama vazia sem a sua presença, sentia que se ela tivesse ali comigo, eu poderia ter cuidado dela, e ela não estaria neste “estado”. 
Fiquei a sua frente, e olhei em seu rosto, ela estava excessivamente magra, com os olhos muito fundos, e deu para notar que os seus lindos cabelos não estavam mais em baixo daquele lenço. Coloquei a mão no rosto, me encostei na parede ainda a sua frente, e deixei o meu corpo deslizar ate o chão pela mesma, e mais uma vez estava me sentindo culpado, sem saber o que fazer naquele momento, senti o meu chão sumir debaixo do meu corpo, como se eu estivesse caindo em um precipício. Olhei para o alto impedindo as lagrimas de caírem, o meu coração batia aceleradamente em uma velocidade desconhecia a mim ate então, mas a única coisa que eu queria era compreende-lo agora, compreender o que ele quer me dizer, desde que eu adentrei a este quarto.
Olhei mais uma vez para ela, e em meio ao seu sono tranqüilo, vi um esticar de lábios esboçando um sorriso tomar o seu rosto, sorri sem consegui conter mais as lagrimas, como ela aparentando estar tão fraca e debilitada, conseguia ainda expressar um sorriso capaz de iluminar o seu rosto.


 Passei as mãos nos olhos desanuviando-os, e só então me aproximei mais dela ainda sentado no chão, estiquei a minha mão em direção a sua barriga, queria sentir a minha filha. A toquei por sima do edredom que a cobria, e senti o volume perfeitamente aredondado em seu abdome, apoiei a cabeça na cama e fiquei apenas sentindo a minha filha protegida pela sua mãe, e agora por mim, pois eu jamais sairia de perto delas agora, independente do que ela tenha, só sei que de uma forma ou de outra, jamais permitirei-me afastar dela, mesmo que ela se afaste de mim. 
Olhei para a sua expressão tranquila a ressonar e senti uma força enorme tomar conta do meu peito, eu sabia que a partir dali iria lutar com todas as minhas forças por ela, para conseguir curá-la, e ter minha Mary de volta, só para mim.

-O papai te ama meu amor!<disse baixinho me ajoelhando e falando bem perto da sua barriga como se a minha princesa pudesse me ouvi>... Você e o melhor presente que eu poderia ganhar em toda a minha vida, e eu estou muito feliz por vocês estarem comigo, papai esperou tanto por este dia meu anjinho!<senti ela se mexendo>... Amor da minha vida!<disse um pouco mais baixo agora>

Senti a Mary se mexer provavelmente pela minha filha ter mexido muito forte em sua barriga, me aproximei mais e beijei a mesma, me afastei calmamente e olhei em direção ao seu rosto, e agora ela me encarava com os olhos arregalados e parecia assustada com a minha presença, eu olhei dentro dos seus olhos, e ela franziu o cenho, parecia tensa, pois permanecia na mesmo posição.

-Oi!<ela só me encarava, parecia não conseguir falar nada>...Senti a sua falta!<ela apenas piscou lentamente, parecia paralisada>... Me perdoa Mary, eu fui um idiota com voçe, e falei um monte de coisas sem sentidos!<respirei fundo sentindo um no na minha garganta>... Me desculpa por ter demonstrado não ser de confiança, pois eu disse uma coisa e acabei fazendo outra, mas e que eu estava com ciúmes de você, da minha filha, com ciúmes dele estar tão perto de vocês!<gesticulei meio rápido demais eu acho, estava me sentindo tenso>... Eu sei que isso não justifica o que aconteceu, o que eu falei, mas eu não queria perder vocês, e acabei perdendo por mérito somente meu!<ela balançou a cabeça negativamente enquanto os seus lábios tremiam, e os seus olhos iniciavam um choro baixo>... Não chora meu amor!<me levantei sentando só seu lado apressadamente>

-Bruno eu...

-Posso te dar um abraço?<ouvi a sua foz tremula e ignorei, eu so queria toca-la>... Ao menos isso amor, eu estou louco de saudades de voçe!<ela esticou um dos braços para mim ainda deitada>

Me acomodei rapidamente em seus abraço, a abraçando forte, e sentindo o cheiro do seu pescoço que permanecia o mesmo, o mesmo que me acalmava quando estava tenso, o que me fazia sorrir quanto estava triste, o que fazia o meu coração apertar quando passava a remota hipótese de perde-la. Senti ela se acomodar em meus braços ainda deitada, e intensificar o seu choro, vê-la desta forma acabava comigo, era horrível vê-la chorar deste jeito tão vulnerável.
A ajudei-a a se sentar na cama, e em seguida, me rendi novamente aos seus braços. Senti o seu corpo fragilizado nos meus, e senti ainda mais a necessidade de estar ali com ela, lhe dando carinho apoio e a atenção que ela merecia. Coloquei uma de minhas mãos na sua barriga, e senti a minha filha se mexendo cim mais intensidade, me deixando ainda mais feliz por elas estarem aqui.

-Parece que ela esta tão feliz quanto o pai dela!<disse rente ao seu ouvido com a voz embargada>

-Também estou feliz por te ver!<nos desvencilhamos, e apenas segurei em suas mãos que estavam muito magras as beijando em seguida>

-Por que voçe foi embora?... Eu sei que o que eu fiz foi errado, e eu me penitencio ate hoje, mas eu não compreendi o por que ir embora!

-Fiquei com medo deste momento, do momento de olhar em seus olhos ao me ver assim, definhando a cada dia...

-Você pensou que eu não estaria ao seu lado?... Que eu não te daria forças?

-Você me mandou ir embora da sua vida...

-Eu sei, e só eu sei como me arrependo disso, como me arrependo de ter deixado tais palavras saírem da minha boca!<lamentei olhando para as suas mãos>... O que voçe tem... Fala para mim!<pedi quase em suplica olhando em seus olhos>

-Eu tenho um carcinoma ductal infiltrante estagio 3!

-O que e isso?<disse meio confuso pelo nome estranho>

-Eu tenho câncer de mama!<ela simplesmente fechou os olhos e eu não tinha o que te dizer>

Senti o meu corpo imobilizar por algum tempo, sentindo cada junta do mesmo congelar, senti a tensão correndo em minhas veias. Sem ter muito o que fazer apenas a puxei para mais um abraço sentindo ela soluçar rente ao meu peito, enquanto eu chorava baixo sem saber direito o que fazer, e o que falar para ela, e por mais uma vez me senti perdido. Sequei o meu rosto com as mangas da minha blusa mesmo, e respirei fundo.


-Quando fui parar no hospital naquela noite, o medico no qual eu já me consultava aqui em Los Angeles, foi quem me atendeu, e ele já estava com os meus resultados em mãos, e me disse que eles estavam bem, mas que a minha taxa de hormônios estava muito alta, que o meu exame de HIV esta ótimo, no caso, eu estava limpa quanto a ele!<ela sorriu sem vontade>... Que irônico não acha?

-O que e irônico?<perguntei me desvencilhando dos seus braços e a encarando>

-Uma ex prostituta não ter HIV e sim câncer...

-Por favo, para com isso!<pedi sentindo as suas palavras doerem>... Doi ver você falando assim...

-Enfim... <ela me interrompeu ignorando o meu pedido>... Apesar desta “boa noticia” eu tinha que fazer uma escolha, tomar uma decisão!

-Qual?<perguntei com medo da sua resposta>

-Bom, depois que ele disse que eu tinha câncer de mama no estagio 3, e que este era um câncer extremamente agressivo, e na gravidez, com o aumento da produção de estrogênio, “no caso o hormônio feminino”, este tipo de câncer aumenta muito, e extremamente rápido, e por causa disso eu teria que começar o mais rápido possível a quimioterapia, e... <colocou a mão no rosto intensificando o choro>

-Estou aqui com você, prometo que você não estará mais sozinha meu amor!

-Eu te deixarei sozinho, por que eu fiz a minha escolha!

-Que escolha Mary?<senti o meu corpo enrijecer novamente>

-Ele me disse que eu precisava da quimioterapia, e que ela seria muito agressiva para a minha filha, por isso, se eu quisesse fazer a o tratamento, e me salvar, eu precisaria fazer um aborto!<senti um pavor enorme tomar conta de mim>... E se eu escolhesse seguir em frente com a gestação, eu não teria muito tempo de vida, infelizmente!<eu simplesmente petrifiquei>... No Brasil eu comecei a fazer um tratamento menos agressivo, somente para tentar prevenir o avanço do tumor, ele é a base de comprimidos, mas mesmo assim me fez perder os cabelos, e os pelos de todo o meu corpo!... E antes de voltar para Los Angeles, a Urbana foi comigo ao hospital onde fiz mais alguns exames e...<exitou>

-E... Por favor Mary, me de uma boa noticia!<disse fechando os olhos>

-Eu sinto muito, mas o medico disse que eu tenho aproximadamente mais 6 meses de vida!

-Não<ainda de olhos fechados>... Isso e mentira, fala pra mim que isso e mentira amor?... Você não pode me deixar de novo, você não pode estar...

-Eu estou morrendo Bruno!<disse com os olhos vermelhos, mas aparentemente muito calma>

-Voçe não vai morrer!<sorri de nervoso>... Voçe não pode me deixar de novo!<a encarei>

- Eu queria muito te pedir uma coisa!<disse com a voz exitante>

-Voçe não vai morrer, você não pode morrer!<eu dizia copiosamente, sentindo o meu peito doer>

-Cuida dela pra mim?<disse ignorando o fato de não ter te respondido>... Cuida delas pra mim, ao menos ate a Ingrid completar a maioridade, por favor, não abandona a minha irma, eu so te preço isso...

-NÃO!<elevei o tom de voz me levantando da cama com as mãos no rosto,>...  Nos dois, esta me ouvindo?<a encarei>... Nos dois vamos cuidar delas, você e eu amor, você e eu!...Vamos procurar os melhores hospitais, e você vai ser curada!<me sentei novamente a sua frente, estava me sentindo inquieto e impotente>

-Bruno não adianta...

-Shiiii não fala mais isso, vai ficar tudo bem!< a puxei para um abraço desajeitado>... Se voçe tivesse aqui comigo, tudo isso já estaria resolvido, mas eu fui um idiota e...

-Eu iria embora da mesma forma!<senti as suas mãos em meu peito me empurrando de leve para me encarar>... Eu estou morrendo de vergonha por voçe estar me vendo assim, feia, magra, e careca!<passou a mão no lenço o retirando bruscamente>

-Voçe so mudou por fora, por dentro continua sendo a minha Mary, so minha, a minha namorada, que deveria estar aqui comigo, e não a quilômetros de distancia de mim!

-Sua namorada Bruno, eu, assim...

-O que eu sinto por você não mudou, so aumentou!<fechei os olhos, e deixei as lagrimas correrem livremente na sua frente sem exitar, e senti a sua mão quente as secando>

-Por favor, não se culpe!<ouvi a sua voz embargar>


-Eu te amo, e te amarei para sempre!<abri os olhos e ela estava me encarando também em lagrimas>

-Ama?

-Amo!<disse sentindo um certo alivio no peito>... Amo cada detalhe seu, amo o seu toque, amo os seus lábios, amo a vida que você me apresentou, a vida de carinho e respeito que eu acabei não aproveitando, amo a sua voz pela manha me dando bom dia, e pela noite me desejando bons sonhos, amo sorrir ao seu lado, por que o meu sorriso fica mais bonito e sincero!... Eu te amo, eu te amo, eu te amo, e repetirei esta frese para sempre... E mesmo que voçe não me ame, eu te amarei por mim, e te amarei por você, mesmo que você esteja a léguas de distancia de mim, eu permanecerei te amando...

-Eu te amo!<me interrompeu com apenas uma frase, a frase que me fez emudecer diante de sua imagem>... Eu te amo Bruno, Peter, amor, minha vida, meu chão, eu sempre te amei, e mesmo quando eu não estiver mais...

-Shiiii não fala isso!<a impedi com o meu indicador em seus lábios, e logo em seguida ela o beijou, e o abaixou continuando o que falava>

-E mesmo quando eu não estiver mais aqui, eu permanecerei te amando!

Me aproximei dela segurando com cuidado em seu corpo, e a beijei calmamente sentindo os seus lábios se moldarem aos meus, nunca tinha recebido um beijo tão apaixonado, tão carinhoso, que me passasse tanto amor, eu a respeitava muito, e eu a amava muito, não disse da boca para fora, não disse para lhe acalmar diante da sua situação, disse por que e o que eu sinto, e por que e o que eu vivo, e o que eu mais queria dizer, queria gritar para todos, dizendo que a amo.

-Estou muito feliz por voçe estar aqui comigo!... E me recudo a acreditar neste diagnostico!

-Eu também estou por estar de volta, mesmo insegura como estou!

-Eu sinto muito, não queria que ficasse tão insegura, mas eu prometo tentar controlar o meu ciúmes...

-Não e quanto a você Bruno, e quanto a mim, e quanto a estar assim...

-Assim?... Como?... Pra mim você esta linda, agora os seus olhos estão iluminados, a sua barriga esta perfeitamente linda e redonda, a sua boca esta ainda mais saborosa do que eu imaginava!

-Voçe so esta falando isso para que eu não me sinta mal...

-Estou falando por que e a realidade, por que e o que eu sinto, por que e assim que eu te vejo, e aos meus olhos você permanece linda... E eu continuo te amado!

-Continua?<sorriu>

-Continuo, por que eu nunca deixei de te amar!

-Não sabia que voçe me amava?

-Nem eu!... Mas eu me senti tão vazio sem você, senti a sua falta em cada centímetro da minha vida, de vocês duas!<alisei a sua barriga>... Vamos para casa, para a nossa casa?

-Vamos!... Mas primeiro, deixa eu sentir que voçe esta aqui comigo?<disse com a voz falha me encarando>

-Claro meu amor!

-Flores?<sorriu ao olhar para o pé da cama e em seguida me encarando>

-Sim!<me levantei, ate tinha esquecido lhe entregar as flores>... São para você!<a entreguei>

-São lindas Bruno, obrigada!<vi os seus olhos se perderem nas flores a sua frente, me aproximei mais dela>


-Esta tudo bem?

-Sim, estou vendo como são lindas, e como a sua beleza cativa!

-São lindas como você!

-Oras Bruno, já fui...

-Voçe e!

-Enfim!... Estou olhando que mesmo estando “mortas” separadas do seu caule, elas permanecem lindas!<desviou os seus olhos me encarando>... Espero permanecer assim aos seus olhos quando não estiver mais ao seu lado!<fechei os meus olhos com força sentindo que poderia chorar novamente>


Não disse nada e me acomodei ao seu lado novamente recostando na cabeceira da cama, e ela colocou as flores ao seu lado como se ocupassem um lugar especial na cama, recostou a cabeça no meu peito, afaguei o seu braço sentindo a sua respiração rente a minha, como senti saudades do seu corpo assim bem perto do meu, me fazendo companhia. Não poderia negar que ela estava mudada, estava muito diferente do que ela era antes, agora sem os seus cabelos, muito fragilizada, e com a sua auto-estima em baixa, mas não era por isso que eu iria deixar de ama-la, de protegê-la, de cuidar e fazer o que eu pudesse por ela. Senti os seus braços me envolverem, nos acomodamos melhor na cama ficando deitados, ela colocou a sua cabeça no meu peito, e acho que acabamos adormecendo.


Lovesong (Canção de Amor)

Whenever I'm alone with you (Sempre que estou sozinha com você)
You make me feel like I am home again (
Você me faz sentir em casa de novo)
Whenever I'm alone with you (
Sempre que estou sozinha com você)
You make me feel like I am whole again (
Você me faz sentir inteira de novo)

Whenever I'm alone with you (
Sempre que estou sozinha com você)
You make me feel like I am young again (
Você me faz sentir jovem de novo)
Whenever I'm alone with you (
Sempre que estou sozinha com você)
You make me feel like I am fun again (
Você me faz sentir como se eu fosse divertida de novo)

However far away (
Mesmo distante)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
However long I stay (
Mesmo eu estando longe)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
Whatever words I say (
Qualquer palavra que eu diga)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)

Whenever I'm alone with you (
Sempre que estou sozinha com você)
You make me feel like I am free again (
Você me faz sentir livre de novo)
Whenever I'm alone with you (
Sempre que estou sozinha com você)
You make me feel like I am clean again (
Você me faz sentir limpa de novo)

However far away (
Mesmo distante)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
However long I stay
Mesmo eu estando longe
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
Whatever words I say (
Qualquer palavra que eu diga)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)

However far away (
Mesmo distante)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
However long I stay (
Mesmo eu estando longe)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
Whatever words I say (
Qualquer palavra que eu diga)
I will always love you (
Eu sempre vou te amar)
I always love you
(Eu sempre vou te amar)
I always love you (
Eu sempre vou te amar)
'Cause I love you. (
Porque eu te amo)

2 comentários:

  1. Não deixa a Mary morrer!! já chorei lendo esse cap e outros, tá mt bom!!! continua Cassia!! <3

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    1. OMG... Vamos ver, ela esta muito doente, e o que ela precisa agora e de atenção, carinho, e o principal, tratamento! Mas para isso ela precisa fazer um aborto, ou esperar ate o bb nascer, e escolhendo isso, como ela escolheu, as suas chances diminuem!
      Vamos ver como as coisas vão ficar daqui para a frente!! Eu tbm chorei Hortensia!! Muito obrigada pelo carinho, por ler e comentar amore!!

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