quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Medo! Cap 102

Entramos na sala, e a Ingrid estava com a Zayma em seu colo que ressonava, enquanto zadeh estava quietinho assistindo desenho sentadinho no sofá como um príncipe de tão comportado. Nos aproximamos deles, e sentamos no sofá ao lado da Ingrid que nos olhou e sorriu fraco.
-Esta com a uma carinha de cansada Ingrid, o que houve?<perguntou Urbana sorrindo>
-Não e nada de mais!<sorriu novamente>
-Tem certeza, você realmente esta parecendo sonolenta?<disse e coloquei a minha mão em seu braço>
-E que eu desacostumei a dormir com nos fones de ouvido!<lamentou baixando o olhar>
-E por que você dormiu com os fones?<a encarei, ela sabe que não gosto disso>... Já disse que isso pode estragar a sua audição...
-Jura?<me encarou com uma cara de “tem certeza que você não sabe o porquê dormi de fones” >
-Caramba!<disse em um tom baixo assim que compreendi o recado, senti as minhas bochechas adquirirem um tom forte de vermelho. Parecendo compreender também, a Urbana sorriu>
- O pior não e isso!<respirou fundo>... O pior e depois de você conseguir dormir sem eles, acordar sentindo a “necessidade” de colocá-los novamente!<disse com um sorriso irônico nos lábios>
-Eita que a noite rendeu! <disse Urbana sorrindo>
-Que vergonha!<disse sorrindo e colocando a mão no rosto>
-Vergonha de que, de estar com este sorriso lindo de felicidade no rosto?
-É, apesar de não ter dormido, eu estou feliz por você!... Por vocês!<sorriu>
-Vocês merecem estar felizes e completos!... Por isso o Bruno estava tão feliz quando chegou na sala esta manha, esta explicadíssimo!
-E, mas depois ficou daquele jeito!<disse me lembrando de como ele estava tenso>
-Esta tudo bem, já disse!... Agora vamos nos arrumar, por que temos um dia cheio de compras!
-Eu vou tomar os remédios para tomar café!<disse completamente desanimada ao me levantar, eu estava MUITO cansada, e a única coisa que eu queria era dormir>

Bruno on

Apesar de não ter praticamente dormido esta noite “por um motivo muito justo, diga-se de passagem,” Eu estava me sentindo muito bem, ate chegar o momento de me despedir dela para ir embora. Se dependesse de mim, ou eu a levava comigo, ou ficaria em casa com ela. Não sei explicar, so não estou conseguindo me sentir bem em viajar, e deixar ela sozinha aqui, eu sei que ela terá a Irma, a Urbana, a Rose, os seguranças, e o restante do pessoal que trabalha na casa, mas mesmo assim, não seria eu.
Senti um aperto no peito, uma agonia, na realidade desde a noite passada eu estou assim, ela tentou me distrair, digamos de uma forma so dela. “Perfeita por sinal”. E que realmente me distraiu, e muito, afinal, em seus braços eu quase esqueço o meu nome. Mas assim que eu notei que não tinha jeito, e eu tinha que ir, parece que voltou tudo a “tona”.
 Não sei dizer se foi por ter encontrado com o Paul na rua, a aproximação dele me deixa louco, não quero nem imaginar se ele, ou o Justin verem a Mary grávida, seria um enorme risco de acharem que a minha filha pode ser de um deles, não quero nem imaginar isso, ela e minha filha, a Rebeccah e só minha.
-Ei cara, esta me ouvindo?
-Desculpa Phill, mas eu não ouvi uma palavra que você disse!<assumi>
-O que esta acontecendo com você?<me encarou>
-Nada cara, não esta acontecendo nada!<menti>
-Ate parece, eu te conheço meu amigo, você e meu irmão, e eu sei quando você esta bem ou não!... E definitivamente você não esta bem!<disse categoricamente>
-Estou preocupado so isso!
-Preocupado com a Mary?
-Tambem!... Estou preocupado com ela, com a minha filha...
-Por quê?<indagou me encarou>... Aconteceu alguma coisa na consulta, a Urbana me falou que a bebe esta bem!
-Não ela esta bem, minha filha esta bem, esta linda e aparentemente com saúde!... O problema, e que eu vi o Paul naquele dia que fui ao estúdio...
-E o que tem isso?
-Poxa Phill, ele pode ser o pai da minha filha cara, só de pensar nisso me da calafrios!...So de imaginar que corro o risco dele tirar-la de mim...
-Isso não vai acontecer cara!... Mesmo se ele for o pai dela, a Mary e a mãe, e a menina vai ficar com ela, vai ficar com vocês...
-Mas e se a Mary morrer?... Eu só tenho a minha menina, para me recordar dela!
-A Mary não vai morrer cara, não pensa assim...
-Ela esta muito doente Phill!<baixei a cabeça olhando o nada>... Ela esta realmente muito mal, e isso e nítido!<disse sentindo aminha voz meio que embargar>
-A cara se vocês passaram a noite juntos, e impossível que ela esteja tão mal!<senti as suas mãos em meu ombro>
-Ela não e mais a mesma!<disse e encarei a rua>
-Como assim?
-Ela sempre foi muito alegre, cheia de vida, e sempre muito disposta!<sorri melancólico ao me lembrar dela>
-Poupe-me dos detalhes sórdidos!<sorriu e eu o olhei para ele esboçando um protótipo de sorriso>
-Pode deixar!<manti o sorriso melancólico nos lábios... Ela era cheia de vigor, e sabia me deixar sem ação, ainda sabe na realidade, e como sabe!<sorrimos mais abertamente>
-Sem detalhes! <reforçou>
-Mas agora ela mal consegue respirar direito no final das contas!<disse deixando um sorriso triste sair de meus lábios>... Ela demorou tanto tempo para recobrar o fôlego, que me deu medo dela morrer em meus braços!<o encarei>... Eu não digo a ela, mas eu morro de medo dela me deixar, eu tento ser o mais positivo possível perto dela, tendo sorrir e passar a ela uma força que eu mesmo não sei se tenho mais!<senti os meus olhos arderem, mas respirei fundo os fechando o mais forte que pude>
-Eu não sabia disso cara!<respirou fundo>
-Pois e, e eu me sinto tão impotente sem poder cuidar direito dela sabe!... E ela faz o possível para cuidar de mim, para me fazer sentir bem, nem que seja com um carinho enquanto assistimos TV!...  Acredita que hoje ela calçou os meus sapatos?
-Serio?
-Sim, eu tinha esquecido de pegar a meia no closet, ela pegou a meia, me entregou, e abaixou a minha frente, e simplesmente calçou os sapatos nos meus pés, e eu fiquei sem reação, sabe quando algo te pega de surpresa?
-Nossa a ultima mulher que amarrou os meus sapatos foi a minha mãe, e quando eu tinha 6 anos de idade!
-Pois e, e ela fez isso, mostrou uma humildade, digna de um tapa na cara!... Eu não quero perde-la, nunca!<apoiei a minha cabeça em minhas mãos, e senti a mão do Phill em meu ombro>
-Desculpa me meter na conversa de vocês!<disse Dre me olhando pelo retrovisor>
-Que isso cara, pode falar!
-No momento Bruno, a única coisa que você precisa, e ter fe!<olhou dentro dos meus olhos pelo retrovisor assim que paramos no sinal vermelho>... Tenha fe que ela vai vencer, e mesmo estando abalado, você precisa tentar ser forte e seguir em frente, seguir por ela, reunir forças e tentar manter o sorriso no rosto, isso será a força dela, aposto que ela esta com tanto medo quanto você, ou ate mais!
-Obrigado!... Estou tentando ser o mais forte possível!
-O Dre tem razão!... E se precisar desabafar novamente, estamos aqui, você sabe disso, pode me ligar a hora que quiser, eu estarei pronto para te ouvir!
-Obrigado meu irmão!
-Imagina cara!... Agora vamos falar da previsão do tempo!<disse Phill sorrindo divertidamente e nos o encaramos>... Que foi só quero mudar o rumo da conversa!
-Falando da previsão do tempo?
-Ah!<deu de ombros e nos sorrimos>
Seguimos viajem em meio a sorrisos mais espontâneos agora, e mesmo tentando parecer o mais normal possível, por dentro o meu peito ainda estava apertado.

Mary on

Estávamos andando pelos corredores do Shopping, que estava basicamente cheio, não estávamos perto de nenhuma data especial que eu saiba, mas os corredores estavam bem movimentados para uma sexta feira a tarde. A Urbana olhava em quase todas as lojas, era ate engraçado parar de cinco em cinco minutos para olhar alguma coisa.
“Não que eu seja consumista, mas olhar não arranca pedaço, e nem diminui a minha conta bancaria” Assim ela dizia sempre que parava em frente a alguma vitrine, e sempre nos fazia sorrir.
Ela me perguntou se eu tinha alguma preferência de marca, eu disse que não, mas que eu queria comprar pelo menos algumas coisas em uma loja em especial. Seguimos ate a tal loja, e assim que entramos procurei por olhos bem conhecidos.
-Angeline?<disse assim que me aproximei dela>... Tudo bem?<ela me encartou de uma forma como se não conhecesse>... Sou eu, Mary!
-Oh meu Deus, Mary, como você esta?<disse em um misto de espanto e alegria ao me reconhecer>
-Indo!<sorri fraco>
-Que barrigão lindo, já esta com quantos meses?
-Estou com 6 meses!<sorri>
-Meus parabéns!<sorriu abertamente>
-Obrigada!
-Desculpe a indiscrição minha querida, mas o que aconteceu com você?<olhou dentro dos meus olhos>... Esta tão magrinha, com os olhos fundos, e... <olhou para a minha cabeça coberta com o meu discreto lenço preto>
-Estou careca?<sorri fraco>... Eu tenho câncer de mama!
-Oh minha querida, eu sinto muito!<segurou firme em minhas mãos, e eu vi um misto de preocupação com esperança em seus olhos>... Mas eu tenho certeza que você vai vencer, você e guerreira, e mesmo não te conhecendo muito bem, eu tenho certeza disso!
-Obrigada, as suas palavras são reconfortantes!<sorri verdadeiramente>
-Mas a que devo a honra de receber a namorada... <olhou para os lados e em seguida completou a frase baixinho>... Do Bruno Mars na minha humilde loja?<sorrimos>
Ela sabia do meu envolvimento com ele, pois ele mesmo fez o favor de contar quando ligou para ela pedindo para que eu faltasse para ir a “fatídica” festa com ele.
-Terminar o meu enxoval horas!<disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo, e vi os seus olhos sorrirem, e levar uma de suas mãos ao peito>
-Então fique a vontade, e o que você precisar fale diretamente comigo tudo bem?<sorriu abertamente>
-Obrigada!
Olhei para os lados e vi que a Urbana, a Ingrid e as crianças já estavam espalhadas pela loja remexendo em varias araras com vestidos, cada um mais lindo do que o outro, diga-se de passagem. Me aproximei delas e comecei a olhar alguns vestidinhos, meias, sapatinhos, fraldas de pano, toalhinhas de boca, toalha de banho, enfim. Depois de quase uma hora escolhendo varias coisas, enfim fomos pagar tudo para irmos embora, e antes de sair da loja fui me despedir da Angeline.
-Muito obrigada por ter vindo minha querida!<me abraçou forte>... Estou torcendo muito por você!
-Obrigada Angeline, você foi uma pessoa maravilhosa para mim, e me compreendeu muito bem quando eu precisei!
-Imagina minha querida!... A propósito, eu tenho algo para a sua princesinha!<disse e foi ate o balcão e pegou um pacote enorme e me entregou>... E um protetor de berço, e um dos meus mais lindos vestidinhos que eu tenho na loja para esta preciosidade, já guerreira como a mãe dela!<disse alisando a minha barriga e foi impossível conter as lagrimas>
-Obrigada!< a abracei novamente>
-Mary!<Urbana chamou a minha atenção, me mostrando o aparelho celular>
-Mais uma vez obrigada Angeline, agora eu preciso ir!
-Eu que agradeço se cuide tudo bem?... E não esqueça de me trazer esta princesa para que eu veja quando nascer!< Eu simplesmente sorri, preferi não falar que talvez nem eu a veja. Nos despedimos com um novo abraço e eu segui ate a Urbana>
-Tem um pai desesperado do outro lado da linha!<disse me entregando o aparelho e sorriu>
-Alo!<disse calmamente>
-Oi meu amor, o que houve com o seu telefone?<disse rapidamente>... Estou a um tempão te ligando, já estava quase surtando de preocupação!<disse e eu olhei na minha bolsa, e não achei o meu celular>
-Me desculpa, acho que esqueci em cima da cama!<lamentei e ouvi a sua respiração ruidosa>
-Mas que coisa Mary, você não pode esquecer o celular assim, e se acontece alguma coisa, eu já estava ficando doido aqui de preocupação!<disse parecendo meio nervoso>
-Me desculpa de novo!<lamentei>
-Tudo bem!<respirou pesadamente>... Já tomou os seus remédios?<olhei no relógio e já estava dez minutos atrasada>
-Eu acabei de tomar amor!<menti. Olhei para a Urbana e balbuciei “Os meus remédios” e ela arregalou os olhos>
-Poxa amor, agora, já se passaram dez minutos, você não pode deixar isso acontecer!<a Urbana  disse ainda bem baixinho que ia comprara água>
-Me perdoa amor, mas e que eu acabei me entretendo com vários vestidinhos, sapatinhos tiarinhas, enfim, comprei varias coisas para a nossa princesa!<disse e ouvi a sua respiração sair mais calma>
-Tudo bem, quero ver quando chegar em casa!... Mas se cuida amor, por favor, e vê se para de bater perna, já esta na hora de você para pra almoçar, e vê se não vai comer besteiras...
-Respira amor, sabia que as vezes colocar um pouco de ar nos pulmões, ajuda o cérebro a trabalhar melhor?... Relaxa vida, eu estou bem, estamos bem!
-E impossível relaxar sem estar ao seu lado, mas eu prometo tentar!<senti o meu coração acelerar diante das suas palavras>... Cuida-se e não demora a ir pra casa!<ele parecia meio tenso agora>
-Tudo bem amor!<mudei o meu tom para preocupado agora>... Cuida-se também... Er... E bom show!<a Urbana me entregou a água que acabara de comprar>
-Obrigado, assim que sair do palco te ligo!... Deixa-me falar com a Urbana novamente!
-Tudo bem!<disse meio preocupada com a sua preocupação>
-Hey amor!<ouvi a sua voz novamente>
-Oi!
-Eu te amo!<disse eu mordi o lábio inferior automaticamente>
-Também te amo!<disse mais baixo com um sorriso mais calmo>... Urbana ele quer falar novamente com você!<lhe entregue o aparelho e abri a garrafa já tomando os remédios>
-Fala pessoa desesperada!<sorriu>
-(...)
-Calma, esta tudo bem, eu sei disso!
-(...)
-Também sei disso, pode deixar, qualquer coisa eu taco o casaco na cara dela!<olhei para ela com ar de duvida e ela sorriu de algo que ouviu dele>... Eu sei, relaxa Bruno, você esta muito tenso, vai acabar ficando cheio de olheiras!<gargalhou>
-(...)
-Valeu urso panda!<sorriu novamente>... Ate pessoa chata, temos compras para fazer!
-(...)
-Tudo bem, tchau!<desligou ainda sorrindo>
-Que historia e esta, vai jogar casaco na cara de quem?<perguntei com um sorriso no rosto>
-O desesperado do seu namorado, esta preocupado com os paparazzis!... Esta com receio que eles te vejam!<disse revirando os olhos>
Ele estava era com vergonha de que eles me vissem assim, magra e careca, por que sabem sabem que já estivemos juntos em algum momento. Não tiro a razão dele, deve realmente ser vergonhoso ter ao lado uma mulher no estado em que estou. Foi impossível não respirar pesadamente diante dos fatos. Continuamos o nosso caminho, e agora eu estava um pouco mais desanimada. Olhamos mais algumas lojas de bebes, mas o meu humor não era mais o mesmo, eu so queria ir embora, me enfiar em baixo do edredom, e chorar.
-Que foi?<a Urbana perguntou assim que paramos em um restaurante para almoçar>
-Nada!<disse mentindo descaradamente>
-Ate parece, eu te conheço o suficiente já dona Mariane, desembucha!
-So estou pensando no que você disse!
-Nossa isso foi bem vago, caso não tenha notado eu falo pelos cotovelos!<sorri meio desanimada>
-Sobre a historia dos paparazzis!
-E o que tem ela, o meu casaco e bonito para de graça!<sorriu>... Okey sem brincadeira agora acho que sei o motivo desta carinha!... Ele so quer te proteger, a imprensa sabe ser muito hostil quando quer, e isso não e bom...
-Ele tem vergonha de mim por estar magra e careca isso sim!<disse com a voz chorosa>
-Mas que loucura mulher, para de neurose, ele so esta preocupado com a sua segurança, não viu hoje de manha, ele so faltou de enfiar na mala so para não te deixar “sozinha”!<segurou em minha mão>... Acha mesmo que ele tem vergonha de você?... Eu vi como ele te olhava no consultório naquele dia!... E sabe de uma coisa, lembra quando você foi fazer a mamografia?
-Sim!
-Você só foi atendida por uma mulher, por que ele quase teve um treco quando soube que era um homem, que iria ver os seus seios, acredita?<disse e foi impossível prender um sorriso fujão>... Ele te ama, e só esta preocupado com a sua segurança!... Não viaja!
-Obrigada!<disse sinceramente olhando em seus olhos>
-Sou sua amiga, e amiga e para estas coisas!
Com o ego um pouco mais massageado, fizemos os nossos pedidos e logo estávamos almoçando em meio a conversas bobas e saudáveis claro, afinal as crianças estavam conosco. Quando já estávamos nos preparando para voltar a bater pernas pelo shopping, eu pedi licença rapidamente para ir ao banheiro, a Ingrd disse que também queria, e foi comigo. Atravessamos o salão do restaurante e seguimos um corredor para chegarmos ao banheiro. Entramos e eu logo me dirigi a um dos cubículos. Depois das mãos higienizadas, já estávamos saindo do banheiro, com a Ingrid a minha frente, senti um esbarrão quando ela recuou meio assustada, virou em minha direção, me encarando seriamente.
-O que foi Ingrid!<disse a encarando, ela apenas apontou o dedo indicador nos lábios me pedindo silencio>
-Você sabe que eu odeio atrasos Andrea, estou aqui a quase meia hora te esperando!
Ao ouvi a sua voz grave, e senti o meu corpo petrificar instantaneamente, uma onda gelada tomou conta do mesmo me paralisando do dedo do pe, ate o ultimo fio de cabelo da cabeça que eu já nem tinha mais, e pela primeira vez achei muito valido o pedido de “cuidado” tão repetido pelo Bruno. Mas logo no momento seguinte, me deu uma vontade enorme de ir ate ele e falar mais umas poucas e boas, mas pensei bem e achei melhor fazer o que o Bruno estava pedindo, sei que no fundo ele tem receio da filha não ser dele, e como o Paul e um dos possíveis pais, ele certamente tem receio de que ele descubra a minha gravidez. Na mesma hora caiu a ficha em relação do que a Urbana me disse a mesa, sobre ele estar preocupado, se alguma foto minha grávida cair na imprensa, não será nada legal.
-Eu só vou te esperar por mais 10 minutos!<ouvimos a sua voa se afastar>... Se você não aparecer no restaurante, não precisa nem ir na minha casa... <enfim a sua voz desapareceu>
A Ingrid respirou fundo, e eu soltei o ar  que estava preso em meus pulmões pesadamente, ela olhou para o lado de fora com cuidado, e em seguida segurou em minha mão para sairmos do banheiro.
-Este homem me da medo desde aquele dia no seu apartamento, eu rezo todas as noites para não dar de cara com ele de novo!<ela disse segurando firmemente em minhas mãos>
-Somos duas minha irma, somos duas! 

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