Entrei no berçário e tinha muitas crianças chorando,
uma mais alta do que a outra, mas tinha um pulmão que estava deixando os outros
no chinelo. Rebecca Hernandez estava dizendo a que veio. Sorri ao me aproximar
vendo que ela estava com o berreiro aberto, olhei para a pediatra que estava
monitorando alguns aparelhos, e m seguida veio em minha direção ajeitando tudo
para que eu a pegasse no colo.
-Ela entrou chorando e todos começaram a
chorar!<sorriu>
-Esta e minha filha, chamando a atenção por onde
passa!<sorri orgulhoso>
-Pois e resolvi deixá-lo entrar, por que da outra
vez ela ficou tão quietinha em seu colo, vai que funciona de novo?
-Vai funcionar!... Será que a minha cunhada não pode
entrar para ver a sobrinha melhor?
-Não e adequado...
-Por favor?<tentei fazer cara de coitado, e ela
sorriu>
-Tudo bem, mas será rápido, não pode ser como mais
cedo senhor Mars, terá que ser bem rápido agora!<disse abrindo a portinhola
para que eu pegasse a minha chorona>... Pode pega-la!
-Vem ca meu amor!<a peguei devagar>... Calma
meu anjo, o papai esta aqui! <disse tentando ajeitá-la bem em meu colo, afinal
ela era bem pequena>... Meu Angel, não chora!<a pediatra se afastou me
deixando sozinho com ela>
Ela estava chorando muito, e mesmo tentando niná-la
ela permanecia chorando, estava com os seus pequenos olhinhos encharcados, com
o seu rostinho todo vermelho, e começando a se formar algumas gotículas de suor
em sua testa.
-Shiii calma meu amor!<sorri ao ver ela se
acalmar gradativamente em meus braços, quando a coloquei com a cabecinha no meu
ombro>... Parece que o tempo que a sua mãe ficava cheirando o meu pescoço
surtiu efeito!<sorri ao notar que ela estava parando de chorar>... A sua
mãe adora esta musica, espero que você goste, e não comece a chorar
novamente!<disse baixinho começando a cantar somente o refrão>
Out of all the
girls De todas as
meninas
You my one and only girl Você é a minha única menina
Ain't nobody in the world tonight Não há ninguém no mundo esta noite
You my one and only girl Você é a minha única menina
Ain't nobody in the world tonight Não há ninguém no mundo esta noite
Comecei
a cantar e ela começou a se acalmar bem mais, e logo em seguida apenas
resmungava, quietinha com a sua mãozinha em meu queixo. Me senti o cara mais
sortudo do mundo, o mais feliz, o mais bobo, e o mais babão.
All of the stars, you make them shine like they were ours Todas as estrelas, você fa-las brilhar como se fossem nossas
Ain't nobody in the world, but you and I Não há ninguém no mundo, só você e eu
You and I Você e eu
Ain't nobody in the world, but you and I Não há ninguém no mundo, só você e eu
-Que lindo!<ouvi a voz baixa da Ingrid entrando
na sala vestida assim como eu>... Ela esta dormindo?
-Não sei, ela esta enfiada no meu
pescoço!<sorri>
-Não, esta acordada!<sorriu>... Ela e tão
linda, tem os olhos da minha mãe!<se emocionou>
-Ela tinha os olhos claros?
-Azuis como o céu!
-Serio?
-Sim, e o meu pai tinha os cabelos claros, mão e a
toa que sou loira de olhos claros!... Por quê?<me encarou secando as
lagrimas>
-Por nada!<sorri bobamente, ela pode ser sim a
minha filha, mas puxou o lado da família da Mary, mais precisamente a minha
cunhada>
-E por isso que sou loira dos olhos claros!
(Ingrid para quem n se lembra)
-Verdade!<a encarei>
-Ela tem o seu nariz, e quando ela franze a testa
fica igual a sua...
-Conseguiu fazer a princesa chorona se acalmar?<disse
a pediatra entrando novamente>
-Desde a barriga ela me ama!<sorri convencido, ao
notar os seus olhinhos começarem, a piscar pesados de sono>... Ela esta
quase dormindo!<disse ao ajeitá-la em meu colo>
Depois que a minha filha dormiu, com muito custo eu
consegui tira-la do meu colo, a ultima coisa que eu queria era solta-la, mas eu
precisava muito ir ver a Mary, saber como ela estava, se tinha passado bem a
noite. Saímos do hospital infantil e seguimos andando rapidamente para o outro prédio,
não queria que fossemos vistos por “urubus”. Me identifiquei, e logo me pediram
para seguir para uma das salas de espera, como sempre. Acho que já conhecia
aquelas salas como a palma da minha mão.
Narrador on
Ao termino da cirurgia, a paciente foi levada para
um dos quartos da UTI onde ficou em observação durante mais duas horas.
Porem,
neste período o seu corpo ainda muito fragilizado começou a dar mais sinais de
fraqueza, sinais de que estava sofrendo demais com as paradas respiratórias,
cardíaca, o parto, e a retirada do tumor, juntamente com o seu seio. A paciente
apresentava muito desconforto, e estímulos de muita dor, fato este que levaram
os médicos tomarem a decisão de colocá-la em coma induzido para amenizar o seu
sofrimento, para amenizar a dor do que ela estava sentindo, mesmo estando
desacordada, e deixar o seu corpo relaxar mediante as agressões que havia
sofrido nas ultimas 12 horas.
Bruno on
-Coma?
-Acredite Bruno, foi o melhor para ela, ela estava
cansada, o seu corpo estava cansado, ela estava com muitas dores, estava
sofrendo demais!
-Por favor, me diga que ela não corre mais riscos!
-Se eu disser que ela não corre, estaria mentindo
para você, e isso não seria ético da minha parte!... Mas que ela esta lutando
com todas as suas forças, acredite, ela esta, a sua noiva e muito guerreira!
-Eu sei que sim!
-Se por acaso ela perder esta batalha, acredite, não
foi por falta de esforços!<senti os meus olhos arderem, e a minha boca
secar, eu não tinha noção de por onde começar se caso ela me deixasse>...
Converse com ela, talvez ela possa te ouvir!
-Eu posso vê-la?<Ingrid perguntou>
-Você tem que idade?
-16 anos!<me apressei a responder>
-Pode ir ate a janela da UTI tudo bem?... Mas entrar
só ele!
-Tudo bem!
-Vamos?
O seguimos para fora da sala de espera, e em seguida
pegamos o corredor da UTI. Ela me olhou e trocamos um sorriso cúmplice, e em
seguida ela balbuciou um “obrigado” (por ter mentido a sua idade) envolvi o meu
braço em seu ombro, e seguimos corredor afora. Já com a roupa apropriada, e com
as mãos esterilizadas, vestido apropriadamente, a minha entrada no quarto foi
liberada, e assim como da outra vez, eu fiquei sozinho.
Olhei para o lado e a Ingrid estava em lagrimas
olhando o estado da Irma através do vidro da UTI, deitada naquela cama cheia de
tubos e fios, ligada a aparelhos que apitavam incessantemente.
Já estive nesta
situação na noite anterior, já havia visto desacordada, e já havia pedido que
ela lutasse por mim, por nos. Já havia dito que preciso dela, e já havia dito o
quanto ela e importante para mim. Já havia dito que estou perdido sem ela, e já
havia dito que queria estar no seu lugar sofrendo por ela. E já havia dito que
a amo, e que estou a sua espera, leve o tempo que precisar.
Hoje eu quero implorar, para que ela lute, para que
ela volte para mim, para que ela volte pela nossa filha que e a coisa mais
linda deste mundo, que ela volte para os meus braços. E quero que ela saiba que
o fato dela estar sem uma das mamas, e irrelevante neste momento para mim, e
que o que importa, e ela viva, ao nosso lado. Ao meu lado.
-Sabe meu anjo, você mudou muita coisa em mim, mudou
a minha forma de pensar, o meu modo de agir, o meu modo de amar, me fez ver que
nem todos são iguais, que nem tudo o que reluz e ouro, que nem todas as frutas
que estão lindas, e suculentas por fora estão perfeitas por dentro!<segurei
em sua mão>... Fez-me ver que o amor esta em detalhes, que o amor não se
conquista com jóias, viagens, e coisas matérias, me fez ver que ele e
conquistado com atitudes, e acredite, eu sou completamente dependente do seu
amor, eu sou completamente apaixonado por você, pelos seus atos, pelo que você
é, e pelo que eu sou quando estou com você!... Eu sou outro cara com você, eu
sou uma pessoa mais passiva, mais compreensiva, você me fez ver que um por do
sol e mais bonito quando estou ao seu lado!<beijei a sua testa>... Meu
amor como sinto a sua falta, sinto a falta do seu cheiro, sim eu também sou
viciado no seu cheiro, no seu amor, na sua atenção!<sorri sem humor ao notar
como estava nervoso, e com medo>... Nada do que eu pensei em te dizer esta
saindo direito, estou tropeçando nas minhas próprias palavras, a minha cabeça
esta girando, na realidade o meu mundo esta de cabeça para baixo sem você para
concertar tudo, e me dizer que esta tudo certo, e que vai ficar tudo bem, eu
estou completamente perdido!... A única pessoa que esta me fazendo parar e
realmente pensar e a nossa filha, o nosso presente, a minha boneca de olhos
azuis!... Você tem a obrigação de voltar pra mim, a obrigação de voltar para a
minha vida, e me fazer feliz de novo, eu sei que ser o melhor e impossível, ate
por que ninguém e, mas eu tentarei, tentarei ser o melhor para você, minha
guerreira!<me curvei beijando o canto dos seus lábios>... O Dr. Disse que
talvez você possa me ouvir, e eu só quero dizer que eu te amo!... Eu te amo!...
Eu te amo!<deixei as lagrimas correrem pelo meu rosto molhando o seu>...
Espero ansioso o dia em que vou te ouvir dizer novamente que me ama mais!
(***)
Uma, duas, três, quatro
semanas, um mês e meio. Há quase dois meses, ela esta dormindo. O Dr. Michel disse
que ela estava se recuperando, e que por duas vezes eles tentaram retira-la do
coma, mas ela respondeu muito mal, e resolveram permanecer com ela dormindo.
Eu? Bom, eu estava seguindo um dia de cada vez com
ela, e a minha filha internadas, quando elas fizeram um mês que estavam longe
de mim, eu tenho que admitir, eu quase surtei, eu quase peguei a minha filha e
sai daquele hospital, mas eu sabia que ela estando la, seria o melhor para ela,
para elas na realidade. A minha filhota que tinha nascido abaixo do peso,
estava bem melhor depois que a minha cunhada teve a minha linda sobrinha a
quase um mês, e generosamente se ofereceu para ser a sua mãe de leite como a pediatra
mesmo sugeriu. A Cindiah se internou no mesmo hospital para ter a Mila, e com
isso todos os dias ela amamentava a minha filha, que para a minha alegria
estava ficando cada dia mais forte, e mais saudável. Jamais poderei agradecer a
ela pelo que tem feito pela minha menina.
Estava sendo o tempo mais dolorido pra mim, estava
difícil, estava duro, eu quase não parava em casa, só ia praticamente para
dormir, e infelizmente nem sempre eu podia ficar no hospital, não o tempo que
eu queria e gostaria ao menos o Ryan tinha dado um tempo na implicância
descabida com a Mary. Acho que o fato dela quase ter morrido deu uma amaciada
no seu coração. Uma vez ele ate chegou a perguntar como ela estava, fato este
que eu achei estranho, e confesso que me deu vontade de mandá-lo a merda, mas
eu estava tão tenso com tudo, que preferi não me aborrecer ainda mais por tão
pouco. O show tinha que continuar, a “trancos e barrancos” ,as la estava eu
cumprindo a agenda firme e forte (ao menos por fora, por que por dentro, não
tinha nada firme, e muito menos forte).
Depois que a Ingrid me mostrou quem era a tal de
Laisa, eu notei que a via mais do que imaginava, pois ela sempre estava no
mesmo ponto de taxi. Pensei em parar e falar com ela, me apresentar e dizer a
ela o que estava acontecendo, e claro perguntar o motivo delas terem se
“separado”, mas achei desnecessário, afinal ela poderia não gostar de
relembrar, ou simplesmente a Mary não gostar. Mas infelizmente, ou felizmente
eu não consigo controlar a minha ansiedade, e acabei indo falar com ela certa
manha quando estava indo ver as minhas meninas.
Flashback on
(Laísa)
Estava dirigindo calmamente em direção ao hospital,
hoje fazia um mês que elas estavam internadas, um mês sem elas, um mês sem a
minha mulher, um mês sem o seu toque, sem o seu carinho, sem a sua atenção, e
infelizmente sem ela e nem ninguém aos meus braços. E claro, eu não era louco
de fazer isso com ela, mas que eu estava quase “subindo pelas paredes” isso eu
não posso negar.
Estava distraído quando de longe vi a mesma mulher
sentada na parada do taxi, com o olhar vago, o olhar perdido no tempo, como se
apreciasse algo inexistente, ou existente apenas nas suas lembranças. Parei o
carro bem na frente dela, e parecendo despertar dos seus distantes pensamentos,
ela encarou o carro, abri a janela do carona e olhei dentro de seus olhos, ela me
olhou meio assustada, e logo depois respirou fundo, colocou um sorriso no rosto
se levantando e veio em minha direção. Nossa que mulher, que corpo, como ela e
linda, tem os lábios perfeitos, os olhos lindos, enfim, ela era uma mulher de
deixar qualquer homem babando.
-Ola gato, procurando por algo?<sorriu de
canto curvada na janela do carro>
-Por você!<não respondi ao seu sorriso>
-Quer saber o preço?<sorri de canto>
-Não, só quero que entre no carro!<foi firme>
-Olha, ele esta disposto a uma brincadeira!<disse
abrindo a porta, e entrando>
-Não e bem isso...
-E o que e então?<perguntou colocando a mão na
minha coxa>
Não vou negar que senti o meu corpo aquecer
imediatamente, eu estou mega carente, de sexo, mas eu só quero fazer com ela,
com a minha noiva, não quero colocar outra mulher na minha cama, ou levar para
uma cama, e me arrepender depois. Senti o meu corpo dar sinais de vida quando a
sua mão quente passeou pela minha coxa, respirei fundo, fechando os olhos, de
certa forma apreciando o momento, mas logo em seguida abri os olhos e os
direcionei ao seu rosto.
-Primeiro, tire a mão daí!<a encarei, e depois
olhei para sua mão>... Não e nada disso que eu quero com você!
-Se não e isso, o que você quer?<me encarou
ficando mais seria>
-Você não sabe quem sou?
-Claro que sim!<sorriu irônica>... Bruno Mars,
quem não te conhece?
-E alem disso, você sabe quem sou?
-Não sei aonde você quer chegar!
-Vamos tomar um café!<disse dando partida no
carro>
O caminho foi em silencio, ela olhando pela janela,
e eu pensando no que falar, na realidade, tentando compreender o que eu estava
fazendo, o por que ela estava dentro do meu carro, o que eu iria falar pra ela.
Depois de uns vinte minutos de silencio chegamos na Starbucks.
-O que você quer comer?<perguntei puxando a cadeira
para ela>
-Cavalheiro!<sorriu me fazendo sorrir>... O
que você pedir para mim, esta de bom grado!
-Tudo bem!<fui ate o balcão e fiz os nossos
pedidos>... Bom, eu não sei direito o que estou fazendo, mas algo me disse
para conversar com você!
-Eu não estou compreendendo!
-Eu sou noivo da Mariane...
-Você e a Mary?<me encarou meio que
incrédula>... Eu não imaginava que...
-Sim, nos vamos nos casar... Bem, assim que ela sair
do coma!<disse baixando a cabeça>
-Coma?... A minha Mary esta em coma?
-Sua?<a encarei e ela me ignorou>... Ela e
minha ta bom?
-Ta, de quem ela e no momento, e o que menos
importa!<me encarou com os olhos vermelhos>... O que ela tem?... O que
aconteceu?... Por que ela esta em coma?<disse já chorando>
-Calma!<disse segurando a sua mão>... Ela teve
câncer!
-Não!
-Estava grávida, e acabou não podendo se cuidar
bem...
-Ela teve um filho?... Seu?
-E uma menina!... Sim ela e minha!<disse e cruzei
os meus dedos>
-Ela deve ser tão linda quando a minha Mary, eu a
amo tanto!<me encarou>
-Ela e muito linda tanto quanto a MINHA MARY!<disse retirando a minha mão da sua>...
Olha, este negocio de voçe dizer que ela e sua não esta dando certo!<os
nossos pedidos chegaram>
-Esta com ciúmes?<me encarou com um sorriso de canto>
-Sim, eu tenho, e muito!
-Desculpa, mas e que antes dela ser sua, ela foi
minha...
-Não precisa me lembrar disso!... Mas agora ela vai
casar comigo...
-Por qual motivo você me trouxe ate aqui?<disse mudando de assunto>
-Eu achei que você deveria saber, sei la!
-E como você sabia quem eu era?
-Por que ela me disse, e a Ingrid me mostrou quem você era a alguns dias!
-Minha cunhada, ela esta aqui?
-Da pra voçe parar?... Olha por favor, a Mary me
contou tudo o que voçe fez com ela, e me garantiu que não sente mais nada por
você...
-Eu sei!<disse mais baixo, fechando os
olhos>... Eu errei muito com ela, e queria poder ter uma segunda chance, mas
eu sei que ela nunca vai me dar !
-Não mesmo, ainda mais agora que ela não e mais uma
prostituta, e sim uma mulher de família, uma mãe, uma futura esposa, e dona do
meu lar!... A única coisa que eu abriria mão, era de que se você quiser fazer
uma visita a ela, eu permito!
-Obrigada pela sua gentileza, mas acho que a minha
presença só iria prejudicá-la ainda mais!
-Voçe não quer vê-la?
-Quero, muito!
-Então vamos, voçe so a vai vê-la pelo vidro...
-Não, a Mary me pediu para ficar longe dela, e é
isso que eu vou fazer!
-Pediu?
-Sim, na festa no inicio do ano, nos encontramos no
banheiro, e ela me pediu para deixá-la em paz, por que ela estava bem e feliz
com outra pessoa!
-Era comigo!
-Pois e, acho melhor não me meter, eu sei o que
sinto por ela, e se eu me aproximar, será pior!
-Faça o que quiser!
-Quando ela acordar, você me avisa?
-Aviso!
-Obrigada pela conversa, e pela confiança, mas eu
preciso ir!
-Eu te deixo em seu destino!
-Não precisa, e so a uma quadra daqui, eu vou
andando!<se levantou>
-Tudo bem!<me levantei também esticando a mão
para ela>
-E estranho!<retribuiu o meu cumprimento>
-O que?
-Somos apaixonados pela mesma mulher!... Mas voçe
deu a ela o que ela sempre quis, um filho, coisa que eu nunca poderia dar!
Eu não tive resposta para ela, e notando isso, ela
simplesmente foi embora, me deixando no meio da cafeteria com os meus
pensamentos, com os meus bagunçados pensamentos.
Flashback off
Faltando 5 dias para completarem 2 meses internadas,
a minha filha enfim teve alta, eu era o pai mais feliz do mundo naquele
momento, e para a minha felicidade ficar completa so faltava a minha Mary acordar.
Os médicos tinham decidido retira-la do coma mais uma vez, pois tinham avaliado
o seu estado, e ela estava bem melhor, da cirurgia de remoção do seio, que
mediante as palavras deles, tinha sido a melhor coisa ela ter ficado em coma,
por que ela teria que ficar por varias semanas sem mover o braço, e estando em
coma induzido, evitava o movimento, e a dor intensa que sentiria, ao menos a
física, por que a emocional só estava sendo adiada.
Dois dias antes da minha filha ter alta, eles
removeram a Mary para um quarto, pois ela já não precisava mais de aparelhos
artificiais para a respiração, e muito menos para regular os seus batimentos,
ela estava bem melhor em relação as sucessivas paradas respiratórias, que a
assolaram no dia em que ela deu entrada no hospital.
Pedi ajuda a Urbana para separar algumas coisas para
a minha filha, por que as coisas que estavam na bolsa que arrumei com a Mary,
tinham ficado muito tempo guardadas, e eu achei melhor arrumar outra. Estava
tão feliz pela minha filha, por ela enfim sair do hospital, ainda não sabia bem
como iria fazer para cuidar dela em casa sozinho, e vir ao hospital todos os
dias para ficar com a Mary. Bom sozinho me termos, afinal eu tenho a Rose, a
Ingrid que bem ou mal vai conseguir me ajudar, fora a Urbana, a Cindiah que
permaneceria amamentando a minha pequena, e claro o meu comboio. “As minhas
irmãs”.
No dia da alta da Rebecca, a Urbana, o Phill e a
Ingrid foram comigo para o hospital, arrumei a cadeirinha da minha filha no
banco de trás, a única coisa que imaginava era a minha pequena acomodada
naquele espaço, enfim indo para casa.
Feliz? E talvez sim, feliz por ela claro, afinal
estava sendo dolorido ver a minha pequena ser furada todos os dias em locais
diferentes, ou ficar com aquele aceso venoso em alguma parte de seu corpinho
indefeso. Mas extremamente triste por deixar uma parte de mim naquele hospital
ainda, e infelizmente completamente desacordada.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAii como o Bruno pode ser tão romantico *-* amei as palavras dele.. me deu uma vontade de dá uns tapa na Laísa kk.Espero que o bru não traia a Mary obg!
ResponderExcluirFinalmente a princesa saiuu, imagine o brunz cuidando dela haha...Agr falta a outra princesa sair :/ que chegue a hora logo .. Seus cap. são maravilhosos, bjss:*
Ele demais menina!!... Saiu do fundo da alma, ele a ama muito!!
ResponderExcluirkkkkk Sobre o que ela disse da Mary?? Mas a Laísa ainda ama a Mary, fazer o q?
Hummmmm sera? nossa não sei hem!
Ele e um bom pai, e ira cuidar bem dela!! Esta ainda falta um tempo, mas acho que ela logo sairá!!
Muito obrigada amore, de vdd... Vlw por ler e comentar!!