sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Ela não e adorável? cap 117

Narrador on

Tinha chegado a hora, não como planejado a um mês atrás, mas de uma forma diferente, apressada, e com perigo, reais perigos da Mary não sair da mesa de cirurgia. Depois de passar mal, e ser levada as pressas de helicóptero para o hospital em Los Angeles, a Mary estava sendo atendida pelo seu oncologista, um cirurgião, e o ginecologista que a acompanhou em seu pré-natal, porem o seu estado de saúde não era um dos melhores no momento, pois o tumor tinha crescido demais, e se não fosse removido imediatamente, ele começaria a se alastrar para outros órgãos. A única opção seria realizar um parto emergencial, mas como so estava programado para daqui a dois dias, eles não poderia simplesmente ir fazendo o parto sem consultar a família, seria antiético, pois já tinha feito um combinado com a paciente, mesmo ela estando no estado que estava. Grave.
Desde o momento que tinha dado entrada no hospital, ela já tinha sofrido 3 paradas respiratórias, sendo  estabilizada com sucesso diante de manobras de reanimação. A Mary já estava muito fraca, e a única coisa que eles poderiam fazer agora era mante-la viva, fazer o parto, e retirar o tumor tudo de uma vez. O Dr, Michel seguiu ate a família, e depois de alguns contratempos conseguiu a autorização para a realização do parto da pequena Rebecca. Depois de tudo pronto, com ela anestesiada, devidamente monitorada e a sala de cirurgia pronta, eles começaram o procedimentos para o inicio da cesariana. Todos os médicos apostos, entre eles estavam o oncologista, cirurgião, anestesista, instrumentista, pediatra, cardiologista, e 3 enfermeiros. Com a UTI neo natal na sala de cirurgia, o procedimento enfim começou.
“Mãe, que eu vou mudar sua vida inteira você já sabe, o que você ainda não descobriu é quão maravilhosa ela será com a minha chegada, mesmo você estando com medo de não conseguir me ver, eu estarei vendo voçe.
Eu quero te mostrar o que significa aquele amor incondicional de mãe que você sempre quis saber, se bem, que sempre que ouço a sua voz ao cantar alisando a sua barriga, eu já sei o quão grande e o seu amor por mim.
Eu quero que você aprenda, que é possível sentir o que o outro sente, amar alguém mais do que a você mesma, se bem que nos sabemos mamãe, que esta parte você não precisa aprender, por que você já e expert no quesito amor incondicional.
Eu quero te apresentar um mundo totalmente novo, diferente de tudo que você já conheceu, estando ao meu lado ou não.
Pretendo te dar o melhor trabalho do mundo, aquele que você faz com tanto prazer mesmo antes de eu vir a este mundo, aquele que nem parece que está trabalhando.
Quero te ensinar muito mais do que aprender. E mesmo tão pequena, quero ser o centro das suas atenções e nada mais será tão importante para você do que eu.
Seu mundo vai girar em torno do fato de que agora você será mãe. A minha linda mãe. Mas para isso, eu vou te dar trabalho, muito trabalho.”

Os médicos começaram a cesariana, abrindo as camadas de pele com o bisturi, uma cirurgia tensa, com os aparelhos a todo vapor, com os seus sinais vitais oscilando a cada segundo, com o receio de possivelmente perder a paciente ainda na mesa de cirurgia.
Ao chegarem a bolsa, com um pequeno talho e um aparelho de sucção, o liquido amniótico foi retirado de seu ventre, deixando o pequeno e indefeso bebe desconfortável em seu ambiente ate então intocado.

-O feto esta se contraindo!<alertou o cirurgião>

-Isso não será bom para ela, precisamos fazer pressão!<disse o ginecologista ao ouvir os aparelhos em seu alerta maximo>

-Eu vou puxá-la!<alertou mais uma vez>

-Com cuidado para não fraturar nenhuma vértebra!<a Pediatra se preocupou>

-Se quebrar a senhora coloca no lugar, não podemos perder as duas!<o cirurgião rebateu>

-A pressão esta subindo!<o anestesista se fez presente>

-Ela não quer vir!<disse apos retirar o braço de ser abdome>

-Faça pressão no inicio da vértebra da mãe!<pediu o oncologista, mesmo não sendo a sua área, ele queria ajudar a paciente no qual ele já tinha se apegado>

-Vou fazer pressão!<anunciou a enfermeira>

-Esta vindo...

“Quero tirar suas noites de sono, te dar olheiras e muita, muita preocupação.
Quero fazer você pensar que está ficando doida, de tão cansada.
Vou sujar minhas roupas com uma rapidez inacreditável. Ah, esta parte eu já estou avisando de antemão, por isso não brigue comigo, nem você, e nem o papai.
Vou querer sua atenção só para mim.
Quero chorar quando quiser banho, chorar quando tiver fome, chorar quando tiver frio, chorar até mesmo quando não quiser nada, só o seu colo de mamãe.
Quero te ensinar que paciência é uma virtude, e eu quero garantir que você ira treinar todos os dias. 
Vou precisar de cuidados em tempo integral, para tudo.
Vou querer fazer coisas que não são certas, e você quem terá que me avisar disso o tempo inteiro, sem descanso.
Quero fazer muitas birras, me jogar no chão, bater a cabeça, só para você me dar a sua total atenção.
Tenho certeza de que não será fácil para você mãe, mas é nesse momento que mais vou precisar da sua ajuda, pois serão suas atitudes perante as minhas, que me ensinarão como a vida é de fato.”

Depois de momentos muito tensos, mais uma bela alma veio ao mundo, trazendo consigo esperança, amor, e vontade de lutar, mesmo já sem forças, a luta será mais do que necessária neste momento. A luta de uma mãe pela vida, de um filho pela vida.
                    
-24 de março, 00:34 minutos!<disse o cirurgião olhando o relógio de parede>... Vou terminar o procedimento, suturá-la, e vamos avaliar o tumor!<disse iniciando os procedimentos finais da cesariana>

-Como ela esta?<disse o dr. Michel se aproximando do anestesista e do cardiologista>

-Instável, ainda oscila bastante, mas esta instável!

-Da para aguentar a retirada do tumor sem mais medicação?

-Ela tem mais umas 4 horas desacordada!<disse o anestesista categoricamente>

-Da sim!...O maior medo dela e não ver a filha, e eu tenho que fazer de tudo para que ela ao menos a veja!<disse seriamente>

-O caso dela e muito serio, e você sabe que ela precisara de muita sorte!

-Ela e forte... <um choro alto e potente rompeu o momentâneo silencio da sala fazendo todos sorrirem em meio a tensão>

-Belos pulmões!<o cirurgião comentou>

-Como ela esta?<perguntou para a pediatra que realizava os primeiros procedimentos>
-Ela esta com arritmia, mas logo a colocarei no balão de oxigênio!... A primeira vista não fraturou nada, mas ela fez muita força, e nasceu bem cansada!<disse sem retirar os olhos da pequena>... Não e princesinha, te retiraram do quentinho antes da hora não e meu anjo? <disse a embrulhando para colocá-la na incubadora>

-Foi necessário, se ela permanecesse la, a os dias da mãe dela estariam contados!

-Eu sei!... E quanto a ela?<se referiu a Mary>

-Farei de tudo para que ela consiga ver o quão linda, e a menina que ela colocou no mundo!

-Vai conseguir!... Vou levá-la para a UTI!<disse a colocando na incubadora e saindo>... Depois mando chamar o pai para que ele a vê-la!

“Mas sabe mãe? Conforme eu for crescendo, aprendendo, e me tornando independente, você sentirá falta exatamente das coisas que pareciam chatas. De quando você era meu centro das atenções, das birras e até dos choros no meio da noite, onde eu so queria você, e implorava por você. Sentirá saudades do meu cheirinho de bebê e até do provável chulé do meu pé. Se bem que não e bonito uma moça ter chulé!
Vai querer que o tempo volte só por um minuto, e você possa me carregar em seus braços novamente, me fazendo dormir embalada em seu peito. Vai desejar que ele pare, só para não me ver crescer tão depressa, e me tornar uma mulher tão linda quanto você e, foi, e sempre será. 
Vai querer que eu precise de você novamente, e apesar de orgulhosa, ficará triste quando pensar que não é mais necessária para mim. Mas saiba de uma coisa mamãe, voçe ser para sempre necessária para mim, para a minha vida, para o meu ser.
 Por isso mãe, me aproveite o quanto puder, por que eu vou aproveitar de cada segundo ao seu lado, sendo ele pouco ou não.
Me dê carinho, e o meu será todo seu. Me de atenção e todo ensinamento possível, para que quando for a minha vez de ter filhos, eu queira ser como você.
Mas para isso tudo acontecer mamãe, você estar comigo, estar ao meu lado, estar vendo eu me tornar linda quanto você, por isso mamãe, lute, viva, sobreviva por mim, pelo papai. Deus me fez tão linda, tão linda quanto você e mamãe.
Necessito acordar e olhar em seus olhos todas as manhas, saber que o seu amor e meu, e o meu amor será para sempre seu.
Estarei a sua espera para me fazer dormir, para me fazer carinho, e me dizer todos os dias. “Deus como você e linda!”

O Dr. Michel fez a avaliação do tumor, e infelizmente, não era nada boa, era esperado, mas não era bom. Para conseguir salvar a sua jovem paciente com uma linda filha para criar e educar, ele precisaria fazer um procedimento muito evasivo, e traumático para toda a mulher, e para fazer isso mais uma vez, ele precisaria do termo de autorização assinado pelo seu noivo, para que ele começasse com a cirurgia, e talvez assim conseguir salvar a sua vida.
A cada minuto perdido, era um a menos de chance para ela, era um a menos de conseguir ajudar aquela mulher que estava lutando pela própria vida a mais de 12 horas, contando desde a hora em que ela desmaiou ainda em Santa Barbara.
Com o termo de responsabilidade assinado, a luta e a atenção agora seria em outro lugar, o seu seio, eles precisaria retirar o Tumor, e todos os seus resquícios, para que não corresse o risco dele voltar mais.


Já havia se passado 2 horas de cirurgia, mais duas horas com aquela mulher lutando a cada minuto pela vida, uma luta que era notória com a oscilação dos aparelhos ligados ao seu corpo.

-So mais um pouco Mariane, não me deixa agora, você tem uma filha linda, que precisa de você!<disse após mais uma parada respiratória de sua paciente>

-Aumente para 25% de pressão no oxigênio, e aplique 10 miligramas de Epinefrina (Adrenalina)!<disse o cardiologista>... Mais uma parada, e o coração dela não vai suportar, tente ser mais preciso doutor!

-Estou tentando!

Os aparelhos começaram a apitar freneticamente, e do nada o aparelho cardíaco simplesmente parou no meio da cirurgia. Ela neste momento deixava a vida, estava deixando para trás tudo o que almejou, sonhou, e conquistou ate então.
                    
-Não faz isso Mariane, so mais um pouco!<disse o Dr. Michel diante do seu corpo sem vida sobre a maca>

-Tragam o desfibrilador!<o cirurgião solicitou>

-ABRAM ESPAÇO!<disse o enfermeiro passando com o aparelho>

Momentos tensos. Vida, morte, luta, vitoria, pesadelo, sonho, realidade, fantasia, tudo poderia estar acontecendo ao mesmo tempo, tudo estava acontecendo ao mesmo tempo. Medo de perder a paciente a sua frente, de perder uma jovem mão, uma jovem mulher que lutou pela vida ate então, e que infelizmente ela estava escapando de suas mãos.
A transição entre a vida e a morte, e totalmente desconhecida pelo ser humano, todo mundo fala, mas ninguém sabe ao certo como e, ou como deixa de ser, quem já passou por isso, não sabe dizer com perfeição se e era um mero sonho, ou a mais agonizante realidade, e como sempre tudo acaba não passando de uma especulação.

-1, 2, 3 carregar a 200 Joules... AFASTAR!<disse posicionando as pás do desfibrilador em seu peito>

O baque de um corpo sobre a maca nunca, e um barulho agradável, e sempre muito tenso, e sempre um momento de duvida, não se sabe se aquela tentativa de reanimação vai dar certo, ou vai levar o paciente a óbito total. Não se sabe se aquele coração esta preparado para tal evasão, se ele respondera como desejado.

-Ainda nada!

-Mais uma vez!... 1, 2, 3, carregar a 250 Joules... AFASTAR!... Vamos Mariane, você e forte!

-Tenho pulso!

-Obrigado, obrigado, eu sabia que você não me decepcionaria!

-Ela esta muito fraca, vai acabar não sobrevivendo...

-Ela vai!<disse terminando a retirada do seio>... Eu sei que ela vai!
                                    
Com todo cuido e agilidade do mundo, a cirurgia estava sendo finalizada, sem mais nenhuma parada, mas agora com uma paciente frágil, e sem muitas esperanças infelizmente. Com uma paciente pela metade, uma paciente que terá que ser muito forte para conseguir encarar de frente, a sua nova realidade.


Bruno on


Geralmente a volta de um lugar e aparentemente mais curta, porem para o meu desespero, parece que foi muito mais longa.
A noite foi embora dando lugar a madrugada, o céu negro e cheio de estrelas me deixava em pânico, a única coisa que eu queria era que uma daquelas estrelas não fosse a minha Mary. 
Respirei fundo tentando me controlar para não entrar em pânico dentro daquele carro em uma estrada escura, e acabar sofrendo um acidente. Tentei pensar em coisas boas para me distrair, e a única coisa boa que vinha a minha cabeça era o seu sorriso, era a sua voz ao dizer que me ama, as caricias que as suas mãos fazem em meus cabelos, e em meu rosto, o sabor dos seus lábios, eram as únicas lembranças que vinham na minha mente, e consecutivamente o medo vinha logo após tudo isso. O medo de perder tudo isso, o medo do seu receio se concretizar, dela não conseguir nem ver a nossa menina, o medo de não a ver mais, de não ter mais os seus olhos brilhantes a me encarar.

-Meu Deus me de forças!<foi a única coisa que pedi>

Cheguei. Não acredito que cheguei no hospital, entrei rapidamente pela recepção, e infelizmente ainda tinha que me identificar, tentei ser o mais paciente possível, mas a ânsia de estar ali me deixava louco. Por sorte a moça so me pediu um documento para identificação, e logo me indicou a sala de espera. Segui o mais rápido que pude, estava nervoso, estava com medo, estava desesperado. Assim que adentrei naquele enorme corredor, senti a minha boca secar ainda mais. Vi nitidamente o Dr. Michel entrar em uma das salas, me apressei a passos ainda mais largos, para conseguir chegar à sala em que ele tinha entrado, provavelmente com noticias da minha Mary, espero eu que sejam boas.

-Ele chegou!<minha Irma veio ao meu encontro me abraçando forte>

-Como... Ela esta?<disse ofegante>

-Serei breve por que ela ainda esta na mesa de cirurgia!... Eu preciso de uma nova autorização para fazer uma mastectomia parcial!

-Meu Deus!<vi a Urbana colocar a mão na boca>

-Uma o que?<perguntei confuso>

-Mastectomia, o tumor cresceu demais, e não tem como somente remove-lo, se eu fizer isso, pode ficar algum resíduo do câncer, ela corre o risco de ter um novo tumor!<me encarou>... A melhor chance de cura total dela, será com a remoção do seio, infelizmente!

-A minha mulher ficara sem um dos seios?<perguntei sem saber o que pensar>

-Sim, mas será para o bem dela, e eu prometo que removerei só o que realmente for necessário!

 -Ta, eu assino, não tenho escolha!<disse assinando a autorização hospitalar>

-E quanto a minha filha?

-E linda!<ele disse e eu sorri aliviado acompanhado de todos na sala>... Daqui a pouco vira uma enfermeira acompanhá-lo para vê-la, e a pediatra que a esta atendendo ira falar com o senhor, ela acabou de nascer, tem 20 minutos!<disse olhando no relógio>

-Obrigado!<estava extremamente emocionado>

Ele saiu da sala, e eu abracei a minha irma o mais forte que consegui. A Pres era a minha irmãzinha, era a mais nova, mas era a minha melhor amiga. Depois que a nossa mãe se foi, eu acho que ficamos ainda mais apegados, eu amava os meus irmãos, mas me sentia tão “seguro” com ela. Abracei e agradeci a todos pelo apoio, por estarem comigo nesta hora difícil pra mim, que neste momento estava uma mistura de tristeza, felicidade, e esperança de que minha Mary saia daquela sala com vida.
Contei a eles o que tinha acontecido assim que terminei a primeira ligação com o Phill, o meu desespero ao entrar no quarto e vê-la daquele jeito, ate aquele presente momento, e definitivamente cada palavra que saia da minha boca, fazia com eu ficasse ainda mais tenso, mais nervoso, e implorando que tudo isso acabasse logo, e eu pudesse ir para casa com a minha noiva, e a minha filha. Depois de mais de meia hora de angustia, finalmente a pediatra apareceu.

-Ola, Senhor Hernandez?

-Eu!<me levantei a encarando, e ela me olhou surpresa>... Pude me chamar de Bruno!

-Senhor Bruno vamos ver a sua filha?<disse sorrindo>

-Vamos!<foi a primeira vez que sorri verdadeiramente>

-Eu quero ver a minha sobrinha!<disse Pres fazendo bico>

-Podem também, mas você não vão poder entrar, so o pai, mas eu coloco a incubadora bem pertinho do vidro pra vocês!<disse sorrindo>

Seguimos pelo corredor todos juntos, eu estava realmente um pouco mais tranqüilo agora. Não sei descrever o que estou sentindo, não sei dizer o que se passa na minha cabeça, no meu coração, queria conseguir descrever os meus sentimentos agora, mas isso infelizmente e impossível.
Cada minuto uma tortura, cada corredor uma tensão diferente, cada choro de bebe que se ouvia ao entrar na ala pediátrica de emergência, fazia o meu coração acelerar, fazia o meu corpo tremer, o meu coração bater um pouco mais alegre, e ainda mais forte agora. Paramos em frente ao berçário, e uma enfermeira em entregou uma vestimenta esterilizada. Após vestido eu esterilizei as mãos ate o antebraço, e so assim eu pude entrar na sala. A pediatra assim que me viu, se aproximou da neo onde a minha princesa estava, sorri e olhei para aquele bando de gente aglomerado no vidro sorrindo, feito um bando de doidos abobalhados.

Isn't She Lovely? * Ela não e adorável?

 Me aproximei, e a cada passo que eu dava em sua direção, sentia as minhas mãos suarem frio, como ela seria? Será que ela parece com a Mary? Será que ela se parece comigo? Será que eu sou o pai dela? Resolvi dispersar estes pensamentos, e simplesmente vê-la, eu sou o pai dela, independente de qualquer coisa, sou eu quem vai amá-la, sou eu quem vou cuidar dela, e lhe dar tudo o que ela sonhar, eu serei o seu melhor amigo e super herói.

-Papai, sua filha, ela não e linda?<sorriu direcionando o seu olhar a incubadora>

Isn't she lovely? * Ela não é adorável?
Isn't she wonderfull? * Ela não é maravilhosa?
Isn't she precious? * Ela não é preciosa?
Less than one minute old * Menos de um minuto de idade
I never thought through love we'd be * Nunca imaginei que através do amor estaríamos
Making one as lovely as she * Fazendo alguém tão adorável quanto ela
But isn't she lovely made from love * Mas ela não é adorável? Feita de amor

Olhei para ela através do vidro, e eu não consegui descrever o que estava vendo, era a minha menininha, minha princesinha, meu presente, a pessoa que a partir de hoje tenho a obrigação de ser um espelho, se ser o exemplo, de cuidar, amar, e ser o melhor homem, ser por ela. Dar a ela todo amor e carinho que recebi de maus pais, ensinar a ela o que e certo e o que e errado, mesmo as vezes não praticando estes ensinamentos, era a minha obrigação dizer a ela. Mostrar para este pequeno ser dependente, que eu estou, e sempre estarei aqui para cuidar dela, pra lhe contar historias antes de dormir, e acolhe-la em nossa cama quando ela tiver pesadelos, eu quando tiver uma tempestade cheia de raios e trovões.
Ela estava ligada a alguns aparelhos, e a medica disse que era por ela ser prematura, ela precisava de oxigênio, e de se alimentar por sonda, e alem do mais o parto tinha sido difícil, por isso ela estava tomando soro na veia. Eu concordei com tudo o que ela disse mesmo sem compreender, ou prestar atenção em absolutamente nada. Ela era simplesmente perfeita, ela estava com os olhinhos fechados, e tinha uma toquinha na cabeça me impedindo de ver se ela era cabeluda ou não. Ela não era gordinha, e nem cumprida, era pequena, e delicada, parecia uma boneca, de tão linda.

-Quer tocá-la?

-Quero, muito!<disse sentindo a minha voz embargar “Ok estou parecendo uma mulher de TPM por estar chorando toda hora, mas eu tenho os meus motivos poxa”>
Ela abriu uma portinhola redonda lateral na qual eu poderia colocar a minha mão, e assim eu fiz. Coloquei sentindo o contraste entre o frio da sala, e o calor do local onde a minha bebezinha estava. Ela se mexeu mesmo antes de tocá-la, levantou a mãozinha, parecia estar esperando pelo meu toque. Coloquei o meu dedo na palma da sua minúscula mão, e ela apertou com força imediatamente, me fazendo o ser o pai mais babão, e chorão do mundo no momento. Este e o momento mais maravilhoso da minha vida, palavras não descreverão o que estou sentindo, alias, nada descreve o estado do meu coração neste momento, as palavras travam em minha garganta, e a única coisa que eu quero e abraçá-la, quero acolhe-la em meus braços e jamais soltar o seu pequeno corpo.
Isn't she pretty? * Ela não é bonita?
Truly the angel's best * Verdadeiramente a melhor dos anjos
Boy, I'm so happy * Cara, estou tão feliz
We have been heaven blessed * Estamos sendo abençoados
I can't believe what God has done * Eu não acredito no que Deus fez
through us he's given life to one * Através de nós ele deu a vida a alguém
But isn't she lovely made from love * Mas ela não é adorável? Feita de amor
-Oi meu amor, o papai esta aqui!<disse baixinho enxugando a as lagrimas que caiam>... Rebecca o papai te ama muito, e vai ficar tudo bem, eu te prometo!<ela resmungou um pouco me fazendo sorrir e mexendo a mãozinha>... Ela e tão perfeita!

-Sim, ela e completa pai, e todas as partes do corpinho dela, estão ai!<disse sorrindo>
Ela e cabeluda?<perguntei a pediatra>

-Vamos ver!<disse indo ate o outro lado, e enfiando a mão na outra portinhola retirando um pouco a toquinha, e parece que ela não gostou muito, pois começou a chorar baixinho>... Calma bebe, so queremos ver se você e cabeludinha!<disse com uma voz doce>

-Não chora meu amor!

-Parece que ela tem bem pouco cabelo, mas tem!<sorri>

-Ela abriu os olhos!

Isn't she lovely? * Ela não e adorável?
Life and love are the same * Vida e amor são o mesmo
Life is Aisha * Vida é Aisha
The meaning of her name * O significado do nome dela
Londie, it could have not been done * Londie, isso não teria sido completo
Without you who conceived the one * Sem você para concebê-la
That's so very lovely made from love. * Isso é tão adorável, feito do amor
Sorri ao ver os seus lindos olhos entre as suas pálpebras pesadas, ela me encarava com os olhinhos molhados, movendo os pequenos lábios devagar, todo o seu minúsculo corpinho se movimentava, parecia protestar por estarem mexendo com ela. Ela abriu um pouco mais os olhos, e eu pude ver com mais clareza os seus olhos, os seus lindos olhos... Azuis como o mar. Belos olhos azuis que contrastavam com os seus finos fios claros de cabelo. Minha filha era loira dos olhos azuis profundos, com uma boca linda em forma de coração. Fiquei por um tempo olhando para ela, babando na realidade, e senti que naquele momento so tinha nos dois naquela sala, eu e ela, eu e a minha filha, a MINHA filha. A garotinha do papai.

6 comentários:

  1. Acho que tem um olho nas minhas lagrimas :'( :'( :'( .. Mas que PERFEITO cara, não tenho o que dizer.. agr é esperar pra ver como irá ficar o estado da Mary , pfvvvvr.. já sabe o que irei pedir né?! Haha <3
    Seja Bem-vinda Rebecca :*

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    1. Owmmmm nas minhas tbm... Este cap foi legal!!
      Sim, vamos esperar e ver o que vai acontecer... Eu sei sim, vamos esperar e ver o que vai acontecer!!
      Ela sera um anjo na vida do Bruno!!
      Obrigada por ler e comentar amore!!

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  2. aii meu deus to me derretendo a Rebecca é linda... to apaixonada meu Bru versão pai.... muito fofo adorei...tomara que a mary melhore rápido e o seio depois da pra colocar silicone. NAO demora pra postar beijo *.*

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    1. Ela e uma graça, muito lindinha!!
      Acho q ele sera um paizão!! que bom que adorou, fico feliz por isso!
      Sera que ela vai melhorar? Vamos ver como a vida dela sera daqui p frente, se ela vai ter vida ou não!!
      Pode deixar farei o possível para tentar n demorar!
      Obrigada por ler e comentar amore!!

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  3. Que maldade!!! Jura que a Rebecca não é filha do Bru??...."os seus lindos olhos... Azuis como o mar" ...Deu vontade de chorar..... tadinho...

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    1. :(... Sim, infelizmente ela n e filha do Brunz!
      Fato, deve ter sido foda p ele, mas o importante e que ele a ama, ela sera A garotinha do papai. :)
      Obrigada por ler e comentar amore!!

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