quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Nada bom! cap 122

Acordei com um puxão forte no meu cabelo, elevei a mão ate o local reclamando claro, e por sorte a minha filha ainda não entende nada, se não eu ja seria um péssimo exemplo por conta dos palavrões que disse quase inconscientemente. Senti sua mãozinha pequena o puxando com força novamente, queria saber como ela consegue ser tão forte, e tão pequena.



-Bela forma dar bom dia ao seu pai Angel!<resmunguei tirando os seus dedos dos meus cabelos>... Definitivamente você gosta de me fazer sentir dor! <me virei para ela que balançava os bracinhos freneticamente>... Bom dia meu amor! <
peguei a sua mãozinha e beijei. Olhei no celular para ver as horas, e acabara de marcar 6 da manha>... 6 da madrugada filha,  poxa você e ma hem?... Deixa o seu pai dormir mais um pouco! <disse e virei de costas para ela novamente que deu um grito, e iniciou um choro ja no ultimo volume>... Ok mocinha você venceu, no grito literalmente, mas venceu! ... <a peguei no colo>... E bom nos levantarmos mesmo, se a Rose sonhar que você dormiu aqui...<disse e ouvi batidas na porta>... Viu,  foi só falar!... Entra!

-Imaginei que a mocinha estava dormindo com o papai!

-Dormir? <me fiz de bobo>... Claro que não, a propósito bom dia pra você também Rose!

-Bom dia Bruno, vou levar a mocinha para o quarto dela, dar de mamar, um banho e troca la!

-Pode deixar que eu cuido dela...

-Pode voltar a dormir,  afinal, desde quando você acorda as 06:30?

-As 06:00!<sorri>

-Ta vendo, pode deixar que eu cuido dela!<disse a pegando no colo>

-Tudo bem vou dormir mais um pouco! <disse me deitando novamente>

Assim que ela fechou a porta, ouvi a minha pequena começar a chorar "gritar" me acomodei na cama me rendendo ao meu sono, ao menos tentando, por que a minha menina não parou um minuto de chorar. Ela chorava tão alto, que mesmo com a porta fechada, e com ela já em seu quarto "provavelmente", eu conseguia ouvir como se ela estivesse ao meu lado. 
Rolei por alguns minutos, sem conseguir me concentrar no meu sono devido ao choro da minha filha. Depois de alguns minutos, e com o seu choro já ficando dolorido ao meu coração, e aos meus ouvidos, eu me levantei e segui ate o quarto dela. Vi a Rose tentando niná-la, olhei para a cômoda dela e a mamadeira ainda estava intacta. Ela chorava tanto que já estava começando a ficar rouca.

-Vem com o papai meu amor!<disse me aproximando delas esticando os braços para ela>

-Pode deixar Bruno vai dormir!<disse tentando continuar a nina-la>

-Eu me entendo com ela Rose!<olhei para os seus olhinhos claros completamente vermelhos pelo choro>... Não e meu amor, vem com o papai!<a acomodei na curva do meu pescoço, e ela foi se acalmando aos poucos>



-Ela te ama demais!

-E eu a amo mais do que tudo!<sorri ao ver ela se acalmar quase que completamente>

-Posso te fazer uma pergunta indiscreta?

-Apesar de já saber qual e, sim, você pode!

-E que ela e tão branquinha, e loira, com os olhinhos claros, já passou pela sua cabeça...

-Sim, e você tem razão, ela pode não ser e a minha filha biológica, e eu já sabia disso!<sorri acariciando as suas costas, e ela resmungou>... Mas ela e a minha filha de qualquer forma, e eu não quero nenhum tipo de comentário sobre isso, nem hoje, nem amanha, e nem nunca!<a encarei>

-Claro, eu so fiz uma pergunta!

-Eu sei disso!<beijei a minha filha>... Este e um assunto que eu não quero ninguém comentando, nem aqui, e nem em lugar nenhum!<fui firme>

-Claro que não!... Acho que você terá que aprender a dar banho nela!<disse e sorriu>

-Ainda não, ela e muito pequena, molinha, e frágil...

-Claro que não, ela esta ate bem durinha para um bebe prematuro!

-Mesmo assim, eu fico ao lado dando apoio moral!<disse nos fazendo sorrir>

A Rose foi preparar o banho dela enquanto eu continuava com ela no colo, os seus bracinhos ágeis não paravam um segundo. Parei com ela na frente do espelho e fiquei encarando o seu doce rostinho, com belas feições, e delicados traços, não quero pensar em nada, não quero imaginar quem pode ou não ser o pai dela, neste momento o pai dela sou eu, e ninguém vai mudar isso.


Mary on



Acordei pela manha com a claridade invadindo o meu rosto. Hoje ao contrario de ontem que acordei “bem” e do nada após dormir praticamente 2 meses, definitivamente eu não estou bem. Foram 2 meses simplesmente apagada longe de tudo, e alheia a tudo, a todos, e o pior de tudo, sem um pedaço de mim, sem um pedaço do meu corpo, eu sabia que o câncer estava em estagio avançado, so não imaginei que poderia sofrer uma mastectomia. Na realidade ate imaginei, so não, estava preparada. 
A minha maior felicidade foi ver a minha filha, ver que ela esta bem, que ela e linda, mas que infelizmente ao que tudo indica, ela não e filha do homem que eu amo, nem isso eu fui capaz de te dar. Ao olhar bem aos seus olhos, senti um no na garganta, e eu conheço perfeitamente a quem eles pertencem, a quem aqueles olhos azuis profundos provavelmente pertencem.
Nesta manha eu despertei com muita dor, estou me sentindo mal, estou me sentindo triste, abalada, um trapo humano na realidade. Estou com vergonha do meu corpo, estou com vergonha de mim, com vergonha de estar ao seu lado, me sentindo sem o direito de estar ao seu lado, de empatar a sua vida, com uma mulher pela metade, e uma filha que talvez não seja sua, definitivamente aqui não e o meu lugar.

-O meu lugar não e ao seu lado, como eu vou arcar com tudo, como poderei?... Como eu poderei paga-lo por tudo o que fez por mim?<disse sentindo as lagrimas caírem>

-Bom dia!<disse uma enfermeira entrando no quarto>... Esta tudo bem?<perguntou ao me ver chorando>

Claro que esta, afinal eu nem estou mutilada não e? Eu não estou internada sem uma parte do meu corpo, a mais de 2 meses, estou com a minha filha ao meu lado, enquanto sorrio e lhe conto uma historia de ninar. Enquanto vejo a vida caindo diante dos meus olhos. Definitivamente, estas palavras vieram em minha boca, porem eu a engoli em seco como se engole um remédio amargo.

-Não!<respondi apenas intensificando o meu choro>

-Esta sentindo for munha querida?<se aproximou>

-O meu coração doi, a minha alma doi, a minha cabeça, a minha vida nunca mais será a mesma!<disse e senti a sua mão na minha>

-Olha Mariane, eu sei o que você esta sentindo, eu perdi a minha mãe para um câncer de mama a 5 anos atrás, eu sei o que ela sofreu, e como ela sofreu!<me encarou com os olhos mais compreensivos do mundo>... Eu estive ao seu lado, e ela também fez a mastectomia, e ela se sentiu exatamente assim como você esta agora, acredite não foi fácil!... Mas ela foi forte, e enfrentou tudo ate o seu dia de partir!

-Mesmo depois da mastectomia ela morreu?

-Sim, mas ela estava no estagio 4, o tumor tinha enraizado demais, e ele voltou sorrateiramente, a pegando de surpresa, e a levando em cerca de uma semana...

-Nossa será que...

-Não, o seu e um estagio a menos, e os médicos daqui são muito bons, e eles fazem um ótimo trabalho, ainda mais o doutor Michel!... Voçe tem uma filha linda que precisa de voçe, um noivo desejado por 11 de cada 10 mulheres do hospital...

-Tinha!

-Por que tinha?

-Eu não posso ficar com ele estando assim...

-Assim como?

-Oras, por favor, olha pra mim?

-Mariane, você esta curada, o tumor foi retirado, e voçe ficara ótima, logo o seu cabelo volta a crescer, e voçe poderá colocar uma prótese no seu seio, e ficara tão lindo quanto o outro!

-Sera?<perguntei entre lagrimas>

-E claro que sim!<me abraçou forte>... Agora vamos, eu vim te dar banho!

-Que maravilha, eu não aguentava mais!

-Eu cuidei de voçe durante todos estes dias!

-Obrigada!

-Vamos, consegue se levantar?


Ela me ajudou a levantar da cama, que não era uma tarefa muito fácil, mas com um pouco de esforço eu estava de pé novamente. Ela me ajudou a ir ao banheiro, me ajudou com a roupa hospitalar, enquanto eu lutava para desviar os meus olhos do meu reflexo no espelho. 
Foi terrível ter ficado tão dependente assim, e não poder mexer nem o meu braço que parecia estar completamente paralisado. Durante o banho eu evitei ate mesmo olhar para baixo, não queria ter que ver, ou no caso não ver o meu seio. Eu não sou este tipo de mulher fútil e extremamente vaidosa. Mas porra estamos falando de um seio. Eu estou sem um seio.


Após o banho mais longo da minha vida, ela estava me ajudando a me vestir quando eu simplesmente paralisei, e tudo o que eu tinha evitado ate o presente momento estava acontecendo, eu estava olhando mesmo sem querer o meu reflexo no espelho. Senti os meus olhos arderem na mesma hora, aquela mulher naquele reflexo não era eu, não poderia ser eu. O meu rosto estava extremamente mais magro, os olhos muito fundos, o rosto fino ao extremo, ainda mais magra desde  a ultima vez em que eu me lembrava de ter olhado no espelho. Desviei os meus olhos para a minha cabeça onde se era possível ver os meus cabelos, mesmo que timidamente querendo crescer, sorri passando a mão esquerda na cabeça. Porem todo o sorriso foi embora quando os meus olhos seguiram para a área dos meus seios, quando vi aquele espaço vazio no meu peito, aquela enorme cicatriz que mesmo aquele espaço sendo preenchido um dia, ela jamais sairia das minhas lembranças. 


Me entreguei a um choro forte, contido, um choro meu, um choro de dor, um choro de vergonha, um choro de desespero. Sim, desespero.
Senti as suas mãos passando pelas minhas costas em forma de conforto, e a sua voz me pedindo calma, diante do meu inicio de desespero.

-Eu quero o meu peito de volta!<reclamei baixo entre lágrimas>

-Calma minha querida!... Logo você fará os exames necessários para colocar o silicone...

-Eu não quero silicone!<a encarei através do espelho>... Quero o meu peito!

-Eu sei que sim!<senti a sua mão acariciando o meu ombro>

-A minha vida acabou...

-E claro que não!<me fez olhar diretamente me seus olhos>... Você tem uma filha linda, uma verdadeira boneca, tem um noivo dedicado... <tornou a dizer praticamente as mesmas palavras>

-Você acha que ele ainda vai querer ficar comigo depois de olhar para isso?<apontei para o meu corpo>

-Acredite, se ele não te amasse, ele tinha ido embora a muito tempo, não tinha ficado de plantão neste hospital durante 2 meses!

-Ele não me merece...

-Não fala isso!<sorriu>... Estamos falando de carcaça, de exterior, ele te ama, e o que importa para ele sem duvidas, e o seu interior!

-Café da manha!<ouvimos uma voz feminina vindo do quarto>

-Obrigada!<ela respondeu por mim>... Vamos tomar café, daqui a pouco o fisioterapeuta vem para atende-la!

Concordei com a cabeça, e ela me ajudou a colocar uma roupa limpa, fiz a minha higiene pessoal, enquanto ela me aguardava do lado de fora do quarto. 
Quando sai a roupa de cama estava trocada, tinha um novo aroma no ar, um aroma de flores, que era simplesmente delicioso, olhei para o lado e vi alguns buques de flores que antes não estavam ali, sorri ao ver alguns buques de flores, porem, um de rosas vermelhas, de extremo bom gosto, com rosas bem exuberantes e delicadas, acomodadas em um lindo vaso igualmente vermelho. Ela sorriu ao me entregar o cartão do buque que mais chamou a minha atenção. Abri o envelope do pequeno cartão e sorri ao ver a sua letra.



As lagrimas antes contidas, rolaram com extrema vontade no meu rosto, apoiei o cartão no peito e me lembrei da minha aliança. A enfermeira disse que sem duvidas estava com ele, por que não podia ficar com acessórios dentro do hospital, ainda mais no estado de coma. Ela me entregou os outros cartões.

“Ficamos muitos felizes com a sua recuperação, você e uma guerreira, e venceu mais uma batalha, da dura luta pela vida! Cindiah, & Eric”

“Minha querida, estou tão orgulhosa de você, da sua batalha, da sua vitoria, da sua primeira vitoria, de muitas que você enfrentara durante toda a sua vida. Temos orgulho de ter uma amiga tão especial, volta logo para casa. Urbana & Phill”

“Se recupere logo moça, ainda queremos fazer muita bagunça naquela casa, e sem você não tem graça. O Bruno fica insuportável. Hooligans”

“Que bom que esta de volta, notamos que o nosso irmão fica ainda mais chato sem você por perto. (Que ele não nos ouça kkkkk)... Tomara que você vá logo pra casa, fique forte, estamos com voçe! Cunhadas”

“Sempre soube que você era especial. Sempre soube que era uma mulher forte e batalhadora, espero te ver logo fora deste hospital, prometo ir te visitar novamente, e desta vez olhar em seus olhos. Te adoro minha menina. Mark”

Posso dizer que as lagrimas já não caiam mais dos meus olhos, elas simplesmente escorriam como uma nascente, como um riacho de água “salgada” que morria em meus lábios e em meu peito. Definitivamente a dor, de estar sem uma das mamas neste momento quase se reduziu a nada, por que por trás de mim, existem pessoas que me amam, que me ama como eu sou, e do jeito que eu estou. E se eles me amam assim, por eu não vou me amar?

-Bom dia!<disse adentrando ao quarto>

-Bom dia doutor!<disse me sentando na cama apara tomar o café>

-Acho que vim cedo de mais, você ainda vai tomar café!

-Talvez um pouco, mas eu tomo café depois...

-Claro que não, eu espero você terminar!... Volto depois!

-Tudo bem!

-Quinze minutos?<perguntou já da porta>

-Ótimo!

-Este Dr. Bernard Smitters, e o medico mais bonito deste hospital, e as mulheres babam nele!

-E um belo exemplar de homem, mas eu prefiro o Bruno!< a encarei e sorri>... Espero que ele continue preferindo a mim!

-Claro que vai!... Toma o seu café, que eu vou pegar os seus medicamentos!<disse e saiu do quarto>

Fiquei sozinha com os meus pensamentos, e ultimamente eles não eram mais os meus melhores companheiros, eles não me ajudavam em nada, pelo contrario me deixavam ainda mais confusa, ainda mais insegura em relação a mim, ao meu corpo, ao meu futuro. 
Olhei para as rosas vermelhas, e me lembrei do conteúdo do cartão.

Bem vinda de volta a vida meu amor, a minha vida. Eu te amo mais do que tudo!”

-Eu te amo muito, muito, muito mais!... Se por acaso eu errar amor, será para o nosso bem!<senti a minha garganta fechar, merda eu não posso mais chorar>

Comi somente o que a minha garganta deixou passar, no caso o suco e uma fruta, estava muito bom. Me levantei de vagar e segui ate as flores, so eu sei como amo flores, como amo o perfume delas, como amo a sua suavidade e delicadeza. Peguei uma das rosas e aproximei do meu rosto sentindo o seu perfume, infelizmente ela não tinha o seu cheiro, nada tinha o seu cheiro, me sinto tão deslocada sem ele, não quero, e não gosto de pensar em ficar sem ele, não ainda.

-Voltei, já terminou?

-Sim!<me virei secando algumas lagrimas fujonas que correram pelo meu rosto>

-Esta sentindo algo?... Esta tudo bem?

-Esta, sabe como e mulher, não pode ficar sozinha que pensa em besteiras!<sorri tentando ser convincente>

-Esta tudo bem, vai ficar tudo bem Mariane, não pense coisas negativas!<disse colocando a sua mão relativamente quente no meu ombro>

-Obrigada Doutor!

-Vamos começar?

-Claro!


Ele pediu que eu me sentasse na cama, pois começaríamos com exercício de aquecimento. Ele repousou uma de suas mãos em minhas costas, e outra em meu colo logo abaixo do pescoço, e pediu para que eu respirasse fundo algumas vezes. Este exercício me fez sentir um pouco de dor, nas costas, e no peito. Ele disse que era assim mesmo devido ao tempo em que eu estava sem fazer movimentos físicos. 
Após alguns minutos apenas respirando fundo, ela sugeriu que fizéssemos outro exercício. Posicionou-se atrás de mim, e colocou as suas mãos em meu pescoço, fazendo movimentos de rotação com o pescoço (círculos com a cabeça). Estava de olhos fechados, quando ouvi barulho da porta se abrindo, e em seguida o seu delicioso e inconfundível perfume, inundou o quarto.

-Acho que não cheguei em uma boa hora!<pipipipipi alerta de ciúmes mais do que detectado>

-Imagina senhor Mars, acabamos de começar os exercícios!... Mas pode ficar a vontade!

-Bom dia amor, obrigado pelas flores!<disse assim que abri os olhos e procurei os seus>

-Bom dia meu amor!<se inclinou dando-me um selinho, em uma breve pausa nos movimentos>...Parece que não foi so eu que tive a idéia de lhe enviar flores!<se aproximou de onde elas estavam>

-Os cartões estão ali!<apontei para que ele pudessem vê-los>... São do Phill, e da Urbana, da Cindiah, e do seu irmão, dos meninos da banda, das suas irmãs, e do Mark!

-Hum! <ouvi o seu resmungo, e permaneci de olhos fechados>

-Pode ler amor, disseram coisas lindas!

-Esta tudo bem!... Não quero invadir a sua privacidade! <?>

-Mariane, vamos trocar de exercícios?

-Claro!

Ele ficou um pouco mais próximo, ainda atrás de mim, e segurou firme em meus ombros, os movimentando em círculos, senti um pouco de dor, e ele parou imediatamente, fazendo uma leve massagem onde estava doendo.


-E melhor eu ir tomar um café na cantina, depois eu volto...

-Por favor, fica!<o encarei>

Estiquei a minha mão para ele que segurou, respirando fundo, concordou com a cabeça e sentou em uma poltrona do quarto, pegou o celular e ficou futucando sem nem se quer direcionar o olhar para onde estávamos.
Depois de mais uns vinte e cinco minutos apenas de alongamento, ele disse que por ser o primeiro dia estava bom, e que depois iríamos intensificando um pouco mais os exercícios ate começarmos a fazer exercícios com bola, peso, e claro na piscina futuramente. Ele se despediu de mim com um abraço, e do Bruno que enfim olhou em nossa direção com um aceno, no qual foi respondido com certa ma vontade.

-Será que agora eu posso receber um beijo de bom dia?<disse assim que o doutor saiu>


-Claro!<ele se levantou com um enorme sorriso me abraçando, e em seguida me deu um selinho que eu interrompi>... Mais, só depois que me disser o que aconteceu aqui!<espalmei a mão em seu peito>

-Qual e Mary!<disse tentando me beijar novamente>

-Não Bruno, por que você ficou daquele jeito?<o encarei>

-Ate parece que você não me conhece!

-Ciúmes?<perguntei incrédula>

-Óbvio, já reparou em como ele te olha, em como colocou a mão no seu corpo?... Espero que não seja com ele as fisioterapias na piscina, se não terei que providenciar uma roupa de mergulho para você!<disse sorrindo, porem não respondi do mesmo jeito>

-Mas que exagero Bruno!... Olha pra mim?<o encarei>... Quem vai olhar pra mim?

-Do que voçe...

-QUEM VAI OLHAR PRA MIM, EU ESTOU AINDA MAIS FEIA E DETESTÁVEL QUANTO ANTES, ESTOU AINDA MAIS MAGRA, AINDA MAIS DEBILITADA, ATE PARA TOMAR BANHO EU PRECISO DE AJUDA, E O PIOR DE TUDO, ESTOU SEM UM PEITO!... EU ESTOU SEM UM PEITO, QUAL E O HOMEM, LOUCO QUE AINDA VAI ME OLHAR COM DESEJO?

-Você esta louca?... Eu estou aqui, eu te amo...

-NÃO, VOÇE SENTE QUALQUER COISA POR MIM, MENOS AMOR, VOCÊ SENTE PENA!<passei a mão no rosto secando as lagrimas>...  Você sente dó de mim!

-E claro que não, meu amor...

-Não me chama assim!... Eu não sou a mulher certa pra voçe...

-PARA, PARA, PARA DE FALAR ISSO!... SERA QUE VOCÊ NÃO ESTA OUVINDO A LOUCURA QUE ESTA FALANDO?

-O que esta acontecendo aqui?<disse o Dr. Michel entrando na sala>... Falem baixo por favor!

-O que o senhor esta medicando para ela?<o encarou>... Esta não e a minha Mary, ela so esta falando besteiras...

-Não são besteiras e voçe sabe disso!... Não vai demorar muito para voçe estar com outra mulher...

-Do que voçe esta falando?<me encarou com cara de indignação>... Eu estou a mais de 2 meses aflito esperando você acordar, tendo ataques de ansiedade, a espera de poder te ver bem, e acordada, e é isso que eu recebo?

-Talvez você não devesse ter esperado!

-Mariane, não fale assim...

-Você acha isso?<me encarou incrédulo>

-E melhor você ir embora!<disse desviando os meus olhos do dele, e os fechando firmemente>

-E, talvez seja!<disse e simplesmente saiu do quarto>

-Meu Deus o que foi isso?<disse o doutor>

-Ele não me merece, ele não merece isso!<disse e abri o lado do roupão em que eu não tinha mais o seio>

-Imaginei que fosse isso!<disse e saiu em seguida>


Coloquei a mão no rosto e me entreguei ao choro, ao choro de medo de dor, de culpa, na realidade era por tanta coisa que eu estava chorando, que eu nem sei mais. Acabei de mandar o homem que eu amo ir embora da minha frente, embora da minha vida, por medo. Porra Mariane, de novo, por medo?


  • Ola meus amores!!
  • Preparei um vídeo hoje de manha, queria dividir com vocês a minha felicidade de estar nesta nova fase da fic, com a Mary viva como muitas de vocês queriam, com uma filha linda, e um futuro marido "perfeito" kkkkkk
  • Espero que gostem, e não reparem na qualidade, não sou boa com isso! 
  • Enfim, espero que gostem, e ate o proximo cap!!



2 comentários:

  1. Eis que apareci haha estou sem comentar dois cap. cara :(, pq? Meio que estava atrasada na leitura, mas tudo bem! Estou de voltaaa kk
    Bom tenho que comentar aqui que o capítulo que a Mary arcodou foi tão lindo caraaa, ai que tudo... morro de rir com o bruno tentando cuidar da princess.
    Agoraaaa venha cá , a Mary ta maluca? (Ta ok, ela esta insigura mas td bem né), ahhh agr que estava ficando tudo perfeito poxa :(, masss nunca é tarde ne?! Sei que ela não vai resistir ficar sem o brunz , até porquê quem consiguiria? haha
    Bjussss fata, até <3

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  2. Vdd senti a sua falta!! kkkkkkkkk Colocou em dia? e o que importa! kkkkkkkkk
    Tem alguns caps, pq dia 23 foi aniversario de 1 ano da fic, e eu postei alguns seguidos!
    Enfim ela acordou, e tirou a pulga atras da orelha de todo mundo!
    O Bruno esta se esforçando para se sair bem, e difícil, ,as esta rolando!
    Ela esta confisa, daqui a pouco as coisas voltam, para o lugar... ou não! kkkkkkkkkk
    Pois e mas a perfeição n existe, e mesmo que tentamos, alguma coisa sempre tem q sair do lugar!!
    AAAAAA sem duvidas n eles se amam muito!! Eu não vc conseguiria?
    Bjks amore, ate o prox cap! Obrigada por ler e comentar!

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