Ouvimos algumas batidas no vidro, e o pessoal apontando para si como se perguntassem “E a gente não ve?” A pediatra sorriu e perguntou se eu queria pega-la, e mesmo com receio por ela ser tão pequena, eu aceitei. Depois de fazer todo o necessário para retira-la da incubadora, a minha pequena não largou um seguindo o meu dedo, que sozinho era quase maior do que a sua mãozinha. Com a ajuda da pediatra eu a peguei no colo, ela era tão pequena, que dava medo de quebrar, e não e exagero, ela era do tamanho do meu antebraço. A minha pequena reclamou um pouquinho, mas logo se acalmou quando a balancei devagar.
-Não chore Angel!<disse baixinho>... O
papai esta aqui!<sorri, ao sentir a sua mãozinha apertar mais o meu dedo>
Segui devagar ate a vidraça do berçário, e fiquei de
frente pra eles para que todos pudessem vê-la melhor. Sorrir ao ver a Press apertar a
própria bochecha, e sacar um celular começando a filmar ou retirar fotos. A Urbana chorou mais, e a Cindiah agarrou o meu irmão
chorando também, todos estavam emocionados. Sorri ao balbuciar um “Ela e linda!” para eles, e em seguida
todos concordarem.
Depois deles babarem muito na minha filha, a
pediatra disse que eu precisava colocá-la de volta na UTI, e assim eu fiz.
Depois de me despedir da minha filha com muito dor no peito, pois eu queria
ficar ali com a minha pequena, ou simplesmente pega-la e ir embora pra casa, eu
precisava ir embora.
Me afastei do berçário a muito contra gosto, e ela
também não gostou muito, já que assim que consegui retirar o meu dedo da sua
pequena mãozinha, ela começou a chorar, e isso partiu o meu coração. Tentei
usar o meu charme, mas não consegui convencer a medica de me deixar ficar mais
um pouco.
-Olha ela esta chorando, não deixa ela chorar assim,
ela me quer, eu quero ela...
-Infelizmente não da mais senhor Bruno, já
extrapolou!... Você foi o pai que mais tempo ficou aqui dentro!... E mesmo
tendo feito a alegria de muitas!<disse dando uma olhada discreta
para um canto onde tinhas algumas enfermeiras me olhando descaradamente>... Precisa ir!
-Mas a única mulher que me interessa esta ali
dentro!<apontei para a incubadora>
-Eu sei que sim!<sorriu>
-Não tem jeito?
-Infelizmente não!... Ela será transferida ainda
hoje para o hospital pediátrico...
-Mas por que?
-Aqui não temos condições de ficar com ela, ela
precisa de uma UTI Neonatal, esta e improvisada, nem e nossa, somos
especializados em adultos, as mães com algum tipo de câncer tem os bebes aqui,
mas logo eles são transferidos para o Childrens UCLA!... E do outro lado da
rua!<sorrimos>
-Tudo bem!
-E so atravessar a rua, o senhor pode vê-la a hora
que quiser!
-Eu sei, obrigado!
Ouvimos batidas no vidro novamente, olhei e o doutor
Michel sinalizou dizendo que estava querendo falar comigo, agora não tinha
escolha, eu tinha que sair e deixar a minha menininha infelizmente, chorando.
Sai do berçário e vi todos andando ao longo do corredor, me livrei das roupas
esterilizadas, as entregando a uma enfermeira muito sorridente a agradecendo.
Segui um pouco mais rápido na tentativa de alcançá-los, e assim que consegui,
já estavam entrando na sala de espera. O doutor sentou em uma das poltronas,
passou a manga do seu jaleco na testa, e respirou fundo. Eram exatamente 03:33 da manha, estávamos todos cansados, e ele parecia estar ainda mais. Eu não
queria, mas estava nervoso demais, e não aguentei esperar ele se pronunciar.
-Como ela esta doutor?<perguntei visivelmente ansioso>
-Bom, precisamos esperar, a mastectomia esta feita,
dentro de 12 horas eu vou avaliá-la, e ver quantas sessões de quimioterapia, ou radioterapia ela ainda ira precisar!
-Ocorreu tudo bem?<Urbana perguntou>
-Tecnicamente sim, houve a total preservação da
pele, incluindo o mamilo e a aréola, que estavam em perfeitas condições,
podendo assim fazer a reconstrução com silicone, sem nenhum impedimento!
-O importante e que ela esta bem...
-Ainda temos que esperar pelo pós operatório, senhor Mars!... Ela
teve paradas respiratórias durante tanto o parto, como a mastectomia, ela esta
muito fraca, mas eu devo admitir, esta mulher e uma guerreira!
-Eu sei que sim!<sorri, mas era um sorriso
triste>
-Quando vamos poder vê-la?<a Urbana perguntou>
-Vamos esperar, eu não sei como ela vai acordar...
-Dr Michel!<um enfermeiro adentrou a sala
aparentemente nervoso>
-O que houve?
-O Doutor Heggins esta chamando o senhor no pós
operatório, imediatamente!
-E com a Mary?<perguntei nervoso>
-Calma, eu vou ver o que é, e já volto!<saiu>
Tensão, medo, angustia meu Deus esta difícil de
conseguir suportar. A única coisa que eu queria agora era que ela parasse de
sofrer, que tudo isso acabasse, ou mais simples ainda, um pesadelo, que fosse
somente mais um pesadelo para a minha vida, mas infelizmente não e assim tão
fácil, e a vida já me deu provas suficientes de que isto e a mais pura
realidade, a realidade que eu tenho que enfrentar de cabeça erguida, com força
e coragem, afinal, ela precisara de mim, a minha filha também precisara de mim.
E se antes eu já a protegia, agora mesmo que a sua proteção será a minha
prioridade.
Ficamos horas naquela sala, a espera de noticias e nada, as horas iam passando, o dia chegando, e o cansaço tomando cada um naquela sala. Eu pedi que fossem embora descansar, ainda mais a minha cunhada que estava grávida, não seria justo ela ficar aqui, e com muito custo, ela aceitou ir embora, mas só sobre a promessa de que eu ligaria para dar noticias. A Pres também foi embora com o Eric e a Cindiah, ficando apenas os meus braços, (Urbana e Phil) e eu, que estava mais ausente do que presente naquela sala.
Ficamos horas naquela sala, a espera de noticias e nada, as horas iam passando, o dia chegando, e o cansaço tomando cada um naquela sala. Eu pedi que fossem embora descansar, ainda mais a minha cunhada que estava grávida, não seria justo ela ficar aqui, e com muito custo, ela aceitou ir embora, mas só sobre a promessa de que eu ligaria para dar noticias. A Pres também foi embora com o Eric e a Cindiah, ficando apenas os meus braços, (Urbana e Phil) e eu, que estava mais ausente do que presente naquela sala.
Com o dia claro o doutor Michel voltou à sala, e
agora ele estava simplesmente exausto. Me encarou com o semblante um pouco mais
triste que o anterior, respirou fundo colocando a mão na testa.
Eu? Bom, eu já estava sentindo os meus olhos arderem, e a minha visão ficar turva, estava com medo do que poderia sair de seus lábios. Senti a mão da Urbana nas minhas costas, me passando um pouco de apoio, olhei para ela que me sorriu entre as suas lagrimas, olhei para o doutor que me encarava novamente.
Eu? Bom, eu já estava sentindo os meus olhos arderem, e a minha visão ficar turva, estava com medo do que poderia sair de seus lábios. Senti a mão da Urbana nas minhas costas, me passando um pouco de apoio, olhei para ela que me sorriu entre as suas lagrimas, olhei para o doutor que me encarava novamente.
-Bom, quando o enfermeiro veio me chamar, era para
dizer que ela tinha acabado de ter uma nova parada!
-Meu Deus, ela?
-Não!... O parto dela foi difícil, como ja tinha falado!... Ela estava
inconsciente, e a criança deu trabalho para nascer, foi quase um parto forçado,
e ela sofreu demais!<fichei os olhos, sentindo o meu peito ficar apertado
demais para o meu coração>... Depois de varias paradas respiratórias, ela
teve uma nova parada cardíaca, e bem, decidimos deixá-la descansar, deixar o
seu corpo descansar, demos a ela um bom calmante, que a fará dormir umas longas
horas!
-Quando eu vou poder vê-la?
-Bom, ela esta na UTI, e não pode receber visitas,
eu sinto muito...
-Por favor?
-Desculpa Bruno, você saber que se realmente pudesse
eu deixaria, ainda mais você que não a vê desde ontem a tarde!... Mas e que ela
esta se recuperando, e temos que fazer o possível para que ela não pegue uma
infecção, você me compreende não e?
-Sim, mas eu so vou sair daqui quando puder vê-la!
-Tudo bem, se ela reagir bem ate a noite, eu acho
que posso deixar você vê-la!
-Ótimo!<sorri>
-So tem uma única condição!
-O que?<o olhei incrédulo>
-Você esta cansado, passou a madrugada toda aqui, e
talvez so a noite que poderá vê-la, e nem poderá dormir no mesmo quarto que
ela!<colocou a mão no meu ombro>... Por isso, acho melhor você ir embora,
tomar um banho, descansar um pouco, e mais tarde voçe volta!
-Não, eu quero ficar aqui, quero estar aqui quando
ela acordar...
-Acredite você será a primeira pessoa que ela vai
ver de fora, eu te garanto isso!
-Ele esta certo Bruno, já deve ter mais de 24 horas
que esta acordado, você precisa descansar!<disse Phill me encarando>...
Eu te levo pra casa, você toma um banho fala para a Ingrid que ainda não sabe
de nada, e depois volta!
-Verdade, ela não sabe de nada!... Eu vou pra casa,
e mais tarde eu vou ver a minha filha de novo, e depois venho direto pra ca!
-Faça isso!... Vou voltar na UTI, ver como ela
esta!<disse e saiu>
Saímos do hospital, eu fui com o Phill, e pedi a
Urbana para levar o meu carro pra casa, e ela aceitou sem problemas. Segui o
caminho conversando com o meu amigo, contando a ele como o nosso final de semana
tinha sido incrível, e que era assustador vê-la assim agora, entre a vida e a
morte. Conversamos mais um pouco, e a todo momento ele tentava me acalmar,
dizendo que ela iria ficar boa, e que logo sairia do hospital. Mas sabe quando
voçe sente que a pessoa esta tentando te acalmar, mas nem ela mesmo tem certeza
do que esta falando? E, eu conhecia bem o meu amigo.
-Parabéns, a Rebecca e linda!
-Obrigado, ela e realmente linda!
-Pena que não deu para ver muito bem, mas eu achei
ela a cara da Mary!
-Sim, ela e muito parecida com a Mary!... Ela e
loira, e tem os olhos azuis!<fechei os olhos e sorri>
-Ela e linda!
-Sabe o que significa não e?
-Eu sei, mas o mais importante, e o que você sabe, e
sente!
-E por isso que você e o meu melhor amigo, e
padrinho dela!!
-Eu sabia! <sorrimos>
Depois de mais ou menos meia hora chegamos em casa. Eles disseram que iriam pra casa,
afinal tinham deixado as crianças com a baba ontem no inicio da noite, e so
sabiam delas por telefonemas. Eu concordei, agradeci, e eles foram embora
quando a Urbana me entregou as chaves do meu carro após estacioná-lo.
Entrei em casa olhando ao meu redor, e estava tudo
quieto. Joguei as chaves do carro na mesa de centro da sala, e me joguei no
sofá, me esparramando no mesmo, estava cansado confesso, mas a preocupação estava
falando mais alto no meu peito. Me lembrei quando cheguei de viagem e ela
estava no hospital, senti todo aquele desespero
novamente, mas desta vez era pior, era muito pior desta vez, o medo era
maior, a angustia era maior, enfim, ainda não sei como estou de “pé”.
-Bruno?<ouvi a voz da Ingrid, e fechei os olhos
fortemente, chegou a hora, como eu ia falar para ela o que tinha
acontecido>... Nossa vocês já chegaram, eu pensei que seria so mais
tarde!<coloquei a mão na testa tapando os olhos>... Cadê a minha irma,
esta no quarto?<respirei fundo, e a cena dela gelada naquela cama veio a
tona na minha cabeça>... Bruno?
-Ingrid senta aqui!<bati a mão do meu lado sem
olhar pra ela>... Por favor!
-O que aconteceu?<senti o sofá afundar do meu
lado>
-A Mary esta no hospital!<olhei para ela>
-No hospital, o que aconteceu?<me encarou
assustada>
-Olha!<me sentei virado para ela>... Ela
passou mal ontem no inicio da manha, ainda em Santa Barbara onde estávamos, e
eu a levei para o hospital local, ,as ela foi transferida para o hospital que ela
se trata aqui!<ela me olhava atentamente>
-E como ela esta agora, por que ninguém me levou
para vê-la, ou ligou falando?<disse ja derramando algumas lagrimas>
-Me desculpa, eu fiquei sem cabeça!<lamentei>
-Tudo bem, e como ela esta?
-A Rebecca nasceu!<sorri>
-Serio?<sorriu me abraçando>... A minha
sobrinha nasceu?... Eu não acredito!... E como ela esta?<perguntou novamente
pois eu não tinha a soltado do abraço, estava precisando na realidade de um
abraço, e notando isso ela continuou ali>
-Ela teve varias paradas respiratórias, e foi
operada para remover o câncer...
-Então agora ela esta bem?<disse me fazendo olhar
para ela>
-Eles fizeram uma mastectomia...
-Mastectomia?<se afastou levantando do
sofá>... Então ela perdeu mesmo o seio?
-Voçe...
-Eu andei pesquisando algumas coisas sobre o caso
dela, e eu tinha medo que ela tivesse que fazer uma mastectomia!<colocou a
mão no rosto>
-O importante e que ela esta bem agora...
-De saúde, mas quanto a estética eu sei que ela vai
surtar, não que ela tenha neura quanto a aparência, mas sei la!... Tirando que
agora ela vai ficar ainda mais insegura quanto a você, e vai ter certeza que
não vai mais querer ela...
-O que?<a encarei incrédulo>... Como assim não vou mais querer ela?... E obvio que eu a quero, eu amo de verdade...
-Mas acredite, eu conheço a minha irma, e ela vai
querer se afastar de você, não vai querer empatar a sua vida...
-E lógico que não, eu não vou deixar isso
acontecer...
-Você a conhece Bruno, tanto quanto eu, e se ela foi
embora por medo de voçe vê-la careca, pior agora sem uma parte do corpo!
Eu não respondi nada apenas fiquei parado olhando
para o tempo e infelizmente ela tinha razão, e agora mais do que nunca eu
preciso estar ao lado dela, mostrar a ela que esta tudo bem, que eu ainda a
amo, e que nada vai mudar, em relação ao que sinto por ela.
Depois desta conversa com a Ingrid eu disse a ela que precisava de um banho, e descansar, e que se ela quisesse mais tarde eu a levava pára conhecer a sobrinha, e obviamente ela aceitou na hora. Eu Segui para o meu quarto, retirei a roupa, e entrei no box, eu ia tomar uma ducha, mas resolvi tomar uma banho de imersão para ver se me relaxara mais. Enchi a banheira com uma água quente, entrei recostando a cabeça na borda e tentei relaxar ao máximo, estava realmente precisando.
Odeio quando as coisas passam pela minha cabeça sem o meu consentimento, e foi impossível conter as lembranças de desespero, de dor, de medo, mas eu tentei mascará-las com aqueles olhinhos lindos, com aquela boca pequena em formato de coração, a força da sua mãozinha segurando firme em meu dedo, e só esta lembrança me fez sorrir, me fez ficar um pouco mais tranqüilo quanto a tudo. Porem.
Pois e, ela não e minha filha biológica, mas o que isso importa mesmo? Pois e, nada. O importante e que ela e a minha filha, e eu vou criá-la com muito amor, com muito carinho, e jamais vou deixá-la se afastar de mim.
Depois do banho eu coloquei apenas uma box e me deitei no meu lado da cama, de certa forma respeitando o seu, como se ela fosse sair a qualquer momento do banheiro, e se deitar ao meu lado como ela sempre faz. Porem isso não aconteceu, e não aconteceria, não hoje, não ainda, não agora.
Depois desta conversa com a Ingrid eu disse a ela que precisava de um banho, e descansar, e que se ela quisesse mais tarde eu a levava pára conhecer a sobrinha, e obviamente ela aceitou na hora. Eu Segui para o meu quarto, retirei a roupa, e entrei no box, eu ia tomar uma ducha, mas resolvi tomar uma banho de imersão para ver se me relaxara mais. Enchi a banheira com uma água quente, entrei recostando a cabeça na borda e tentei relaxar ao máximo, estava realmente precisando.
Odeio quando as coisas passam pela minha cabeça sem o meu consentimento, e foi impossível conter as lembranças de desespero, de dor, de medo, mas eu tentei mascará-las com aqueles olhinhos lindos, com aquela boca pequena em formato de coração, a força da sua mãozinha segurando firme em meu dedo, e só esta lembrança me fez sorrir, me fez ficar um pouco mais tranqüilo quanto a tudo. Porem.
Pois e, ela não e minha filha biológica, mas o que isso importa mesmo? Pois e, nada. O importante e que ela e a minha filha, e eu vou criá-la com muito amor, com muito carinho, e jamais vou deixá-la se afastar de mim.
Depois do banho eu coloquei apenas uma box e me deitei no meu lado da cama, de certa forma respeitando o seu, como se ela fosse sair a qualquer momento do banheiro, e se deitar ao meu lado como ela sempre faz. Porem isso não aconteceu, e não aconteceria, não hoje, não ainda, não agora.
Acordei com batidas na porta, ia mandar entrar, mas
notei que estava apenas de box. Enfiei as pernas pelo edredom, o fazendo subir
pelo meu corpo, me cobrindo ate a altura da barriga, e em seguida mandei entrar.
-Desculpa te incomodar Bruno!<disse a Ingrid sem
colocar a o rosto para dentro me fazendo rir>
-Pode olhar, estou decente!<ela soltou um sorriso
anasalado>
-E que queria saber a horas que você vai ver a
Becky?<disse ainda sem olhar>
-São que horas?<me auto questionei>
-São mais der três e meia!
-Nossa, agora, vou me trocar e já saímos!<disse
me sentando na cama, já que ela não estava olhando mesmo>
-Eu já estou pronta, e te esperando na
sala!<disse e bateu a porta>
Me levantei tomei mais uma ducha so para retirar o
sono, me arrumei e em 20 minutos já estava na sala. A Rose me questionou sobre
eu não ter almoçado, e praticamente me forçou a sentar e comer um bolo de laranja,
e um copo de suco. O seu bolo me fez lembrar do delicioso bolo de chocolate que só
ela sabe fazer, ainda quero comer muitas vezes aquele bolo.
-Bruno?<estalou os dedos a minha frente>
-Oi?<disse assustado>
-Você não vai comer?<acho que estava parado
olhando para o prato>
-Sim!<sorri sem mostrar os dentes>... Estava lembrando
do bolo de chocolate as sua irma...
-Ela vai fazer para você em breve!<sorriu>
-Eu sei que sim!... Vamos?
-Sim, estou louca para conhecer a minha sobrinha!
Terminei de comer e seguimos para o hospital. Estávamos
parados no sinal, quando a Ingrid olhou pela janela do banco do carona, e
encarou uma mulher muito linda por sinal, sentada em um ponto de taxi do outro
lado da rua.
-O que houve, você conhece?<a questionei>
-Eu acho que sim!
-Acha?
-E, mas se for, e la do Brasil, acho meio difícil
ser a mesma pessoa!
-Hum!<estava interessado, mas não iria perguntar,
ou ia?>... E...?
-Ela seria uma amiga da minha irma...
-E se for, não seria melhor...
-Não, melhor não!<continuei o meu caminho assim
que o sinal abriu>
-Elas brigaram?
-Acho que sim... Só vi a Mary e a Laísa uma vez
juntas...
-LAÍSA?<senti o meu coração acelerar, ela estava
aqui, será que estava atrás da Mary?>
-Você a conhece?
-A sua irmã já me falou dela, só achei curioso ela
estar aqui!
-Não sei se era ela, só me pareceu!
Depois deste papo meio desconfortável, seguimos o
resto do percurso em silencio, as vezes falávamos coisas bobas sem importância,
so para não ficar no silencio total. Mas aquela mulher não saiu da minha
cabeça, ela era muito linda, e como a Mary mesmo disse "Era muito gostosa". Definitivamente, a minha noiva tinha muito bom gosto.
Chegamos no UCLA Children’s, cerca de 20 minutos depois, me identifiquei na recepção, e logo a nossa entrada foi autorizada. Olhei para o lado e não vi a Ingrid, parei virando o meu corpo e ela caminhava mais a atrás, bem devagar, fiquei parado a sua espera e ela parou sem me olhar, encarando o chão.
Chegamos no UCLA Children’s, cerca de 20 minutos depois, me identifiquei na recepção, e logo a nossa entrada foi autorizada. Olhei para o lado e não vi a Ingrid, parei virando o meu corpo e ela caminhava mais a atrás, bem devagar, fiquei parado a sua espera e ela parou sem me olhar, encarando o chão.
-O que houve?<perguntei colocando a mão no seu
ombro>
-Estou com medo!
-De que?
-E se a Mary não voltar, como vamos ficar, como eu vou
cuidar dela...
-Ei, não pensa assim, ela vai sair logo do
hospital!<disse mesmo sem ter a total certeza>... Vem ca!<a abracei
forte encostando na parede atrás de mim>... Independente do que acontecer,
eu estou aqui, eu sou o seu cunhado, e pai da sua sobrinha, voçe acha que eu
vou me afastar de vocês?
-Voçe não tem nenhuma obrigação comigo...
(***)
Entramos no corredor do berçário, e a sinfonia de
bebes dava para ser ouvido a distancia. Nos aproximamos da enorme janela de
vidro onde tinha 2 casais, e uma mãe sozinha com a roupa de hospital, assim
como as outras mulheres, parei paralelo a Ingrid, e comecei a correr os olhos a
procura da minha princesinha, e infelizmente ela não estava ali junto as outras
crianças. Senti um aperto chato no peito, e dei umas leves batidas do vidro
quando vi uma enfermeira que estava durante a madrugada, ela me olhou, sorriu e
veio ao nosso encontro.
-Ola senhor Mars!<disse sorridente, e senti os
olhos dos outros casai me encarando>
-Ola, boa tarde!
-E sobre a sua filha?... Ela esta fazendo alguns exames
rotineiros com a Dr. Holmes, e logo ela estará de volta!
-Que bom, levei um susto!
-Imagina, ela esta sendo devidamente
paparicada!<sorri>
-Que bom!... Então, vamos esperar por aqui, assim
que ela chegar me avise?
-Claro!<sorriu mais uma vez e entrou>
-Senhor Mars?<disse segurando o sorriso>
-Que foi?<a encarei e sorri>
-Nada!<mordeu os lábios>
-O que foi?<a empurrei com os ombros>
-Elas sempre se derretem assim?
-Ah, isso?<sorri virando para frente>...
Sempre!<sorri ajeitando a blusa>
-Palhaço!<me deu um empurrão de volta>... Se
acha!
-Eu sou...
-Desculpa incomodar, mas será que você poderia me
dar um autografo?<disse uma das mulheres com roupa hospitalar>
-Claro!<sorri um pouco forçado, não estava no
clima, mas quando se e famoso, se não quer aparecer, não saia de casa,
então>
-Droga, eu não tenho caneta, pode ser uma foto?
-Se não se incomodar com a minha cara de defunto?
-Você e lindo de qualquer jeito!
-Louise?<o cara ao lado dela, provavelmente o
marido a repreendeu>
-Tudo bem então!<prendi o sorriso, e posei para a
foto com ela>
-Obrigada!<disse saindo de perto>
-Bruno, você quase provocou uma briga de casal!
-Eu não fiz nada!<sorrimos baixo>
-Não e a toa que você se acha!
-O que eu poso fazer?
-Nada, você e bonito mesmo, fazer o que?... Eu mesmo
antes de te conhecer, te achava irresistível!
-E mesmo?... E agora, não acha mais?
-Não, agora você e só o meu cunhado chato,
implicante, e “barulhento”<disse me fazendo sorrir mais>... Claro, sem
deixar de ser uma dos melhores cantores da atualidade, devo assumir!
-Eu sei!<a abracei de lado>
-Desisto!
Estava sorrindo por fora, para não ter uma sincope
de ansiedade, e de preocupação por dentro. Estava ansioso para ver a minha filha, e
preocupado com a minha Mary, sinto que tem algo que não esta certo, o meu peito
esta apertado, e eu odeio quando isso acontece.
Olhei para o lado, e vi uma incubadora sendo
removida de uma sala, e seguindo pelo corredor em nossa direção, sorri ao ver a
mesma pediatra que atendeu a minha princesinha, ela me encarou, sorriu, e disse
algo em direção a encubadora que era empurrada por um enfermeiro.
-Boa tarde senhor Mars!<sorriu gentilmente>
-Boa tarde doutora!<disse praticamente sem olhá-la,
direcionei a minha atenção ao meu lindo e pequeno presente que estava inquieta,
e logo me seguida começou a chorar>... O que ela tem?<so assim encarei
direito a medica>
-Ela fez uns exames de praxe, e geralmente os bebes
não gostam!
-Eu vou poder segura-la?... Não chora meu
amor!<toquei o vidro que a envolvia>... Ela não e linda Ingrid?
-Ela e perfeita, tão pequenininha!... Lembra muito a
Mary!
-Vou poder segura-la?
-Hoje e melhor não, ela acabou de fazer alguns
exames, e esta agitada...
-Por favor?... Ela esta chorando!
-Justamente, ela esta com fome!... Depois que
alimentá-la, se ela parar de chorar, eu deixo o senhor segura-la um pouco!
-Ta ne!<disse inconformado>
-Vou alimentá-la!<disse entrando com a minha
pequena>
-Ela e muito linda!<disse fungando>
-Não chora!<a abracei>
-A minha irma precisa vê-la, ao menos vê-la!
-Ela vai!
Ficamos la fora por um tempo, e nada dela voltar, eu
precisava ver a Mary ainda, jamais iria para casa sem vê-la, ou ao menos saber
como ela estava.
Já estava criando "raiz de jatobá" lado de fora, quando uma enfermeira abriu a porta e disse para segui-la, na intenção de colocar uma vestimenta apropriada para ver a minha filha. A Ingrid pediu para entrar, e ela disse que tinha que falar com a pediatra, eu disse a Ingrid que falaria com ela. Acompanhei a enfermeira, esterilizei as mãos, e depois de estar vestido adequadamente, a segui para a UTI.
Já estava criando "raiz de jatobá" lado de fora, quando uma enfermeira abriu a porta e disse para segui-la, na intenção de colocar uma vestimenta apropriada para ver a minha filha. A Ingrid pediu para entrar, e ela disse que tinha que falar com a pediatra, eu disse a Ingrid que falaria com ela. Acompanhei a enfermeira, esterilizei as mãos, e depois de estar vestido adequadamente, a segui para a UTI.
Digamos que foi um capítulo emocionante...mas a pessoa não perde o senso de humor nunca em haha
ResponderExcluirFiquei tensa quando desconfiaram que era a Laísa , será? Me deixou com uma pulga atrás da orelha :\
Quero a maryyyyyy bjsss <3
kkkkkkkkkk Se perder o senso de humor acabou!!
ResponderExcluirEra ela mesmo sem duvidas, a Laísa esta na área!!
Ela esta de volta! kkkkkkkkkkk
Desculpa a demora, e que eu quase não entro aqui depois que posto, pq quase minguem comenta aqui, e mais vcs mesmo, prometo olhar todos os dias!!
Obrihada por ler e comentar amore!!