Senti o meu ar faltar, o meu corpo começar a
formigar, estava me sentindo mal, com um enjoo terrível, o meu braço direito
começando a formigar, na realidade, todo o meu lado esquerdo estava formigando.
Mas o que mais estava incomodando era o meu coração, a minha consciência, eu
sou uma idiota, uma completa idiota, como eu consigo foder com a minha vida em
pouco tempo, com poucas palavras?
-Como eu sou idiota, como eu sou burra, ele não
pode ir, eu preciso dele para continuar a ter forças!<disse me levantando da
cama>... Merda, sua idiota, imbecil!<sentia as minhas pernas
fraquejarem>
Abri a porta do quarto, e senti as minhas vistas
ficarem, não só pelas lagrimas que corriam dos meus olhos, mas acho que eu
realmente não estou bem, e para completar, comecei a sentir o meu ar faltar.
Apoiei a minha mão no batente da porta, e olhei ao longo do corredor e não vi
nada de um lado.
-Bruno!<chamei por ele, e não obtive
resposta>
Olhei para o outro lado do corredor, e em meio ao
borrão que as minhas vistas estavam se tornando, eu consegui identificar a cor
da sua camisa, parado ao lado se uma pessoa de branco.
-Bruno!<senti a minha perna direita ceder, e em
seguida meu corpo ir ao solo>
-MARY!<ouvi a sua voz ao longe>... Amor olha
pra mim!<senti a sua mão segurar firme em meu corpo>
-UMA MACA POR FAVOR!
-Me desculpa...
Foi a ultima coisa que me lembro ter dito.
Bruno on
Depois que a minha filha estava de banho tomado, alimentada e dormindo,
eu decidi tomar um banho e ir visitar a minha Mary. Antes de entrar no banho eu
escrevi um cartão e pedi para que um dos seguranças fosse comprar um lindo
buque de rosas bem vermelhas, do jeito que ela ama, e levasse para ela no
hospital. Depois de arrumado, peguei o carro e segui para o UCLA, como todos os
dias durante os últimos 2 meses.
Cheguei e ela estava no meio da sessão de fisioterapia. Não e que eu não
tinha ido com a cara do medico... Mentira eu não fui mesmo com a cara dele, se
achando o gostoso, cheio de mãos para sima dela, ela e minha, só quem coloca a
mão sou eu.
Fiz questão de deixar bem clara a minha insatisfação com a cena que
estava vendo. Sinto que este cara ainda vai ser uma pedra no meu sapato. Depois
que ele foi embora, eu fui pedir uma melhor atenção da minha noiva, mas para a
minha surpresa, ou não, nos discutimos. Discutimos por causa do meu ciúme. E
para completar tudo, ela disse que era melhor eu ir embora, e para não deixar
as coisas ainda mais complicadas entre nos dois, eu resolvi ir.
-Bruno espera!<ouvi a voz do Dr. Michel>
-O senhor viu aquilo?<o encarei apontando para o quarto no qual
acabara de sair>... Depois de tudo ela acha que eu não a mereço...
-Ela esta abalada...
-E eu?
-Ela esta se sentindo mutilada, e não e para menos Bruno!... Se coloca
um segundo no lugar dela, ela dormiu inteira, e acordou “pela metade”...
-Eu estou aqui para ela, para cuidar dela, estar ao lado dela....
-Ela esta insegura, se achando feia!
-Para mim ela continua linda, eu a amo tanto!
-Eu sei disso, não e qualquer amor que resiste a todo este tempo...
-O que mais eu preciso fazer para provar que eu a amo?
-Você já esta fazendo acredite, esta indo bem!
-Bem?... Assim?
-Tenha calma, eu vou encaminhá-los para um psicólogo, voçe vai ser, será
melhor!
-Eu quero a minha mulher de volta!<disse e ouvi o meu nome ao
longe>... Mary?<vi o seu corpo ceder e ela cair na porta do quarto>
-Droga, ela não poderia estar fora da cama!
-MARY!<me aproximei o mais rápido que pude>... Amor olha pra mim!
<segurei firme em seu corpo>
-UMA MACA, POR FAVOR!<ouvi o medico gritar>
-Me desculpa...<foram às únicas palavras que saíram de sua boca me
deixando com o peito apertado pela culpa>
-Amor olha pra mim, acorda minha vida, me desculpa!
-Me deixe examiná-la!<se abaixou ao meu lado abrindo levemente o seu
olho o iluminando com uma lanterna clinica>... Ela so esta desmaiada!
-Amor olha pra mim, acorda!<disse e ouvi a maca se aproximando>
-Vamos colocá-la na maca!... Nos de licença Bruno!<pediu e eu me
afastei>
O Dr. Me pediu para me afastar dela, para não atrapalhar a remoção, e
seguiram para o quarto. Obviamente que eu entrei, tentei ficar afastado apenas
olhando ele examiná-la, e tentando ficar tranqüilo a cada reação que o seu
corpo tinha.
Esta porcaria de ciúmes iria acabar nos levando a um caminho sem volta,
mas o que eu posso fazer se eu a amo, e não gosto que outro homem se aproxime
dela, ela e minha.
Observei os procedimentos feitos nela, e em cada nova
reação do seu corpo, sentia uma paz inexplicável alcançar o meu peito. Eu sei
que estava tudo bem, pois o medico estava tranqüilo, e eu sabia que ela não
estava “mal”, mas eu estava preocupado da mesma forma.
-Voçe esta aqui?<me encarou depois que a medicou,
e eu apenas balancei a cabeça positivamente>... Nem notei a sua presença!
-Sei ficar quieto, as vezes!<disse forma de
lamento>
-Ela esta bem, só esta dormindo, mais nada!... Dei
uma medicação a ela, que a deixara por alguns minutos fora de orbita...
-Posso ficar aqui ate ela acordar?<ele me encarou
pensativo>... Por favor!
-Contanto que vocês não briguem!
-Eu dou a minha palavra!<disse convicto>
-Tudo bem, acho que ela vai ficar por mais ou menos
uma hora assim!... Não briguem, por favor!
-Pode deixar!<disse e saiu seguido de todos os
outros>
Olhei para ela e constatei que o seu rosto estava um
pouco mais “vivo”, e parando para reparar bem os seus cabelos estavam crescendo
novamente, os seus olhos perdendo as olheiras, e os seus lábios menos pálidos,
mas eu sabia que o que ela ainda tinha pela frente, seria muito duro, muito
difícil, mas eu sei que ela vai encarar, e vai vencer, assim como acabou de
vencer mais uma batalha desta constante guerra, que e a luta pela vida.
Me aproximei
dela e coloquei a minha mão sobre a sua, sorri ao ver ela respirar
profundamente como se tivesse em um sono tranqüilo, e estivesse tento um sonho
bom. So eu sei como estou feliz em te-la de volta, em ter os seus olhos so para
mim novamente. Sei que fui um tolo agora a pouco com aquela seninha barata de
ciúmes, mas e que parece que a cada pessoa que cruza o nosso caminho, vai
querer tira-la de mim. E isso eu não vou admitir. Jamais.
-A única coisa que eu mais quero, e te levar embora
para casa amor, ter você novamente no nosso quarto, sentir o seu perfume exalar
pelo ambiente, dormir sentindo seu corpo rente ao meu, e a sua respiração tranquila como agora enquanto dorme!<sorri ao beijar a sua testa>... Te
amo minha pequena, e saiba que nada vai mudar isso!
Me sentei na poltrona perto da maca, iria ficar ali
a sua espera, a espera que ela acordasse. Me peguei pensando em tudo o que
vivemos ate agora, em todos os erros e acertos que tanto nos dois, como a vida
nos fez cometer. Na minha nova vida como pai, de uma menina linda, que eu farei
o possível e o impossível para ser o melhor para ela, ser o exemplo, e deixá-la
orgulhosa do pai que tem. Peguei o celular e olhei as suas fotos que tirei ao
longo destes meses, em especial uma que tirei hoje de manha. Faz pouco tempo que sai de casa, mas já estou cheio de
saudades da minha pequena, ela definitivamente preenche o meu dia.
-Papai já esta morrendo de saudade meu
amor!<disse e passei o dedo na tela do celular onde estava uma foto do seu
rostinho>
Não posso deixar de tentar imaginar como será a
minha vida, como futuro marido de uma das mulheres mais fortes que já conheci,
uma mulher guerreira, e cheia de vida pela frente, de uma vida ao lado de um cara
ciumento como eu, mas o ciumento mais apaixonado deste mundo por ela. Me
levantei e fui ate ela novamente guardando o celular no bolso. Acariciei o seu
rosto, e beijei os seus lábios.
-Como senti a sua falta!... Acho que nunca vou
cansar de dizer isso!<disse rente ao seu rosto>
Fiquei por um
bom tempo no quarto, hora olhando para ela, e hora olhando pela janela. Sai
algumas vezes para beber uma água, ou pegar um café, mas logo voltava para o
quarto, queria estar ao seu lado quando ela acordasse. Olhei mais uma vez para
as flores que ela tinha ganhado, e as que eu lhe mandei, e todas eram muito
lindas e de bom gosto. Peguei os cartões e os li, sorri ao notar como ela esta
sendo querida por todos.
-Mas que pilantras! <sorri ao ler o cartão das
minhas irmãs>...Chatas, são elas!
-Bruno!<ouvi a sua voz extremamente baixa>
-Oi meu amor, estou aqui!<coloquei os cartões no
lugar e me aproximei dela>
-Amor me descul...
-Esta tudo bem Mary, eu fui um tolo ao discutir com
você, eu sou ciumento, você sabe!
-Não tem motivos de você sentir ciúmes!... Ninguém
me quer, você e o único louco...
-A claro, e eu sou o coringa!... Você diz isso por
que não viu como aquele doutorzinho que nem bem retirou as fraudas, estava te
olhando, te tocan...
-Bruno!
-Desculpa!... Não quero discutir de novo...
-So quero que saiba de uma coisa!<respirou
fundo>... Esta difícil pra mim, eu estou com vergonha de mim mesma, não
consigo me olhar no espelho, e enquanto eu estiver assim, eu não vou deixar que
você me toque...
-Mas isso...
-Por favor, me deixe terminar!... So eu sei o que
vi no banheiro, so eu sei como estou, e eu não tenho coragem de deixar que você
me veja...
-Mas isso e injusto comigo...
-Meu amor, eu preciso que você tenha paciência
comigo!<disse acariciando o meu rosto, fechei os olhos ao sentir o calor do
seu toque>
-Eu terei, prometo a você!
-Eu sei que sim!<sorriu e logo em seguida os seus
olhos lacrimejaram>
-Não chora meu amor...
-Eu sei que estou sendo injusta em te pedir isso,
mas e que eu realmente preciso!
-Esta tudo bem!<passei a mão no seu rosto>...
Quero que saiba que eu te amo, so isso, mais nada, e a única coisa que eu
quero, é você perto de mim!
-Eu também te amo...
-E a primeira coisa que eu quero, assim que voçe
sair daqui, e começar os preparativos para o nosso casamento...
-Que?<me olhou assustada>... Casamento?... Mas
já?
-Já?<a encarei>... Como assim já?... Você não
quer casar comigo?<coloquei a mão no peito fingindo estar ofendido>
-Para seu bobo!<sorriu>... E so que eu pensei
que você...
-Você acha que aquela aliança de compromisso era o
que, de enfeite?... Temos uma filha linda, e você não sabe como estou feliz por
enfim saber que terei você comigo, para criarmos a nossa princesa juntos!
-Voçe não existe!... Eu aqui com medo de você me
achar ridícula, feia, e achando que estando ao seu lado, eu te faria mal...
-Nossa!<a encarei surpreso>... E eu planejando
o nosso casamento!
-Como eu sou idiota!<disse tentando elevar as
mãos na testa>... Ai merda!
-Cuidado amor, você não pode mexer esta braço assim!
-Tem certeza que e comigo que você quer
ficar?<disse sorrindo fraco>
-Nunca tive tanta certeza de algo na minha vida como
agora!<a beijei>
Fomos interrompidos do nosso beijo pelo meu celular
tocando, e definitivamente, eu so atendi, por que era de casa e poderia ser
algo relacionado a nossa filha. Pedi a ela um segundo, e atendi a ligação.
-Alo!
-Bruno você ainda vai demorar muito?<disse e ouvi
a minha filha a plenos pulmões>
-O que houve Rose?
-Não sei, já tentamos de tudo, e ela não para de
chorar, já dei banho, dei o leite que a Cindiah deixou, a embalei, e nada!...
Ela esta toda vermelha de tanto chorar!
-Coloca ela na minha cama, eu já estou indo pra
casa!<disse e olhei com pesar para a Mary, que me encarava confusa>
-O que houve com a minha filha?
-NOSSA filha, esta com saudades de mim!<sorri
convencido>... Rose?
-Estou levando ela para o quarto!<disse e ouvi o
choro da minha bebe ainda mais próximo do aparelho>... Cheguei!
-Me deixe falar com ela!
-Como?
-Rose coloca o telefone perto dela!<disse e ela
suspirou não acreditada>
-Pronto!<ela disse e eu me aproximei da Mary, e
mesmo sem nem aproximar o telefone dela, o choro da nossa bebe era notório>
-Nossa como ela chora!<disse e sorriu>
-Muito, mas presta atenção, não sei se vai
funcionar!... Filha, e o papai amor, por que voçe esta chorando em
mocinha?<sorri e a encarei ao notar que o seu choro já não era tão alto>
-Nossa!
-Angel, não chora minha vida, o papai já esta indo
ta bom?... Prometo cantar pra voçe dormir hoje à noite!... Canta você pra ela
amor?<pedi a Mary>
-Eu não sei cantar!... Canta Blue pra ela, eu sei que
ela gosta!
-Blue?... Ela e fã de John Legend!... E minha claro,
mas tudo bem!<sorrimos>
-Ela tem bom gosto, e eu também!<disse e eu lhe
dei um selinho>
Comecei a cantar para ela só o refrão, mas fiz
algumas modificações na letra.
Make it last forever * Pode durar para sempre
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? * Vamos, bebê, você vai se segurar em mim, se segure em mim?
You and I together * Você e eu juntos
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? * Vamos, bebê, você não vai se segurar em mim, se segure em mim?
Angel * Anjo
Baby, last forever * Pode durar para sempre
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? *
Vamos, bebê, você vai se segurar em mim, se segure em mim?
You and I together * Você e eu juntos
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? * Vamos, bebê, você não vai se segurar em mim, se segure em mim?
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? * Vamos, bebê, você vai se segurar em mim, se segure em mim?
You and I together * Você e eu juntos
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? * Vamos, bebê, você não vai se segurar em mim, se segure em mim?
Angel * Anjo
Baby, last forever * Pode durar para sempre
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? *
Vamos, bebê, você vai se segurar em mim, se segure em mim?
You and I together * Você e eu juntos
Come on, baby, won't you hold on to me, hold on to me? * Vamos, bebê, você não vai se segurar em mim, se segure em mim?
Quando terminei de cantar o seu choro ja tinha
cessado completamente, e a Rose disse que ela estava quietinha quase dormindo.
Me despedi da minha Mary, e disse que estava indo embora, antes que a nossa
filha voltasse a chorar copiosamente. Ela lamentou dizendo que agora ela não
era mais a minha prioridade, e que a nossa filha tinha que ser o nosso alvo
agora, o nosso mais novo motivo de luta. Não sei se concordo com o que ela
disse, mas eu prefiro não rebater, depois do susto de mais cedo, e melhor não
contrariá-la.
Me despeço
dela com um beijo que começa calmo, tranqüilo, uma simples e calma conversa de
nossos lábios, com as nossas línguas, mas a saudade e tanta, que e impossível
não aprofundá-lo, sentir a sua boca rente a minha, as suas mãos me tocando
novamente, como isso era bom, era gostoso, saboroso. Sinto que de alguma forma
a minha mulher esta ali, a minha mulher, a mulher que eu amo, que sou
completamente apaixonado, e que apesar de estar fragilizada, me deseja assim
como eu a desejo.
Nos desvencilhamos do beijo com calma, com selinhos
calorosos e demorados, e claro, com o ar completamente escasso, mas com um
enorme sorriso no rosto de pura satisfação.
-Sinto tanto a sua falta amor!<disse enquanto
passava a minha mão entre a sua cintura, quadril, ate parar na sua coxa>...
Muita!<disse de olhos fechado, e em seguida a encarei>
-Sente?<me olhou parecendo confusa>
-Demais meu amor, afinal você esta aqui a 2 meses...
-E você não transou com ninguém?<me encarou
surpresa>
-Mas e claro que não!<disse e ela franziu o cenho
em duvidas>... Juro pela minha filha!
-Quem jura mente!
-De onde você tirou isso?
-Ouvi por ai!... Não e escritora?
-Escritora- Claro concordo com você, quem jura esta mentindo!
-Bruno- Ei você ai!... E você que esta escrevendo, para de colocar minhocas na cabeça dela, por favor, ela já esta confusa demais, ai vem você querer piorar a minha situação?
-Escritora- Desculpa ai, não esta mais aqui quem falou!
-Bruno- Faz o seguinte, volta a escrever!
-Escritora- Ta foi mal... Povo mais esquentado... “Deve ser falta de sexo”-Bruno- Eu ouvi isso!-Escritora- Desculpa!... Vou voltar a escrever!...)
-Enfim!... Juro pela minha filha que estou a sua espera, que não sai com mais nenhuma mulher...
-Mas você deveria ter saído, um homem precisa
satisfazer os seus desejos...
-Quero satisfazê-los todos com você!
-Isso vai demorar...
-Eu espero!... Eu te amo Mary, e você me completa!
-Eu te amo mais!... Vocês são tudo pra mim!
Sai do hospital mais uma vez a muito contra gosto,
tudo o que eu queria era poder estar ao lado da Mary, mesmo que fosse aqui
neste hospital. Segui para o estacionamento, e tudo o que eu queria agora, era
ir direto para os bracinhos da minha amada filha.
Mary
on
Depois que o Bruno foi embora, eu me acomodei na
cama, estava me sentindo muito cansada, tive um dia muito movimentado. Olhei
para o lado e vi uma TV um pouco acima do nível da porta do banheiro, olhei ao
meu redor e vi um controle na mesinha ao lado da cama, me estiquei um pouco e o
peguei ligando a TV, e em seguida, selecionei algum canal qualquer. Me distrai
por um tempo, assistindo qualquer bobeira, ate uma copeira entrar com o meu
lanche da tarde, me serviu, eu a agradeci, e em seguida ela saiu. Tentei me
ajeitar na cama para ficar mais confortável para lanchar, porem com uma mão so,
tudo fica ainda mais complicado, ainda mais por ser a mão direita que esta
impossibilitada.
-Merda!<reclamei ao deixar a minha única
embalagem de guardanapos cair>
-Eu pego outro pra você, a copeira ainda esta no
corredor!
Ouvi aquela voz extremamente conhecida, e senti um
no na garganta, o que ele estava fazendo aqui? Elevei o meu olhar para ter
certeza do que os meus ouvidos tinham acabar de escutar, porem não havia
ninguém, apenas a porta aberta. Franzi o cenho, e por uma fração de segundos eu
achei quer fosse uma alucinação da minha cabeça, mas quando eu vi a sua sombra
entrando no quarto, e em seguida o seu corpo ser projetando porta adentro,
senti não só o braço, mas o meu corpo inteiro paralisar.
-Ryan, o que você esta fazendo aqui?
-O seu guardanapo!<me entregou o pacote ignorando
a minha pergunta inicial>
-Obrigada!
-São para você!<me mostrou as flores em suas
mãos>... Vou deixá-las aqui junto das outras!
-O que você esta fazendo aqui?<perguntei uma nova
vez>
-Vim te visitar!... Sei que não nos damos muito bem,
e tivemos as nossas desavenças...
-Temos as nossas desavenças, afinal eu nunca vou
esquecer o que ouvi de você!
-Me desculpe, eu estava alterado, com raiva, e sim,
estava frustrado por não ter conseguido a oportunidade de estar com você!<disse
me deixando sem ação>... Afinal você e uma mulher linda Mary, e desperta o
desejo de qualquer homem...
-Despertava!... Agora eu não desperto mais nada...
-Engano seu, mesmo sem os cabelos, e extremamente
debilitada, você permanece linda!... Os seus olhos continuam lindos, a sua voz
doce, o seu sorriso encantador...
-Não venha mentir para mim, e nem, dar uma de “bom
moço”, por que comigo não vai colar...
-Eu sei que falei muita coisa para você, que fui
grosseiro, e ignorante, eu estava com raiva, e frustrado!<desviou os seus
olhos dos meus e logo voltou a me encarar>... Mas eu estou aqui realmente
para te pedir as minhas sinceras desculpas, eu prometo não me meter mais no
caminho de vocês!<disse me encarando de uma forma que me pareceu ser
sincero>
-Tudo bem!<soltei o ar pesadamente>... Não
adianta ficar remoendo raiva de ninguém!
-Obrigado!<deu um passo a frente>... Eu vou
falar com o Bruno também, e pedir desculpas a ele!
-O Bruno não sabe que você esta aqui?
-Não, acho que se ele soubesse me expulsaria!... E
com toda razão!
-Fato!... Bom, muito obrigada pelas flores, e pela
visita!
-Esta me expulsando?
-Não, que isso, e só achei que você tinha algo mais
importante para fazer...
-Estou fazendo neste momento, o que de mais
importante tinha para fazer durante o meu dia!... Mas você deve estar cansada,
e o mais importante já foi feito!
-Obrigada pela sua visita!
-Posso te dar ao menos um abraço?
-Claro!<disse e ele me abraçou fortemente>
-Desculpe, eu sei que vai demorar um bom tempo para
você me perdoar!<disse e olhou para o meu braço que não tinha o envolvido no
abraço>
-O meu braço esta paralisado!
-Nossa, eu sinto muito!... Você precisa de ajuda
para se alimentar...
-Esta tudo bem!... Já estou me acostumando!
-A não ser quando o seu guardanapo cai no chão, não
e?<disse e sorrimos>
-E, ai fica complicado!<sorri>
-Quero ter a possibilidade de ser o seu amigo, se eu
não conseguir chegar a este ponto, ao menos ter um bom relacionamento, com todo
respeito!
-Obrigada, isso já seria um ótimo
começo!<sorri>
-Bem, flores entregue, pedido de desculpas feito,
agora eu vou indo!<disse e olhou no relógio>... Ate mais!
-Ate Ryan, e obrigada mais uma vez pela visita,
mesmo sendo em um leito de hospital!
-Em breve você ira para casa!... A propósito, a sua
filha e linda parabéns, vi algumas fotos dela no celular do Eric!
-Ela e realmente linda!
-Ate!<disse e seguiu para a porta>
-Quando quiser aparecer na PAZ, e so vir!<disse e
sorri>
-Será sempre na paz, acredite!... Mas não enquanto não
falar com o Bruno!... Ate Mary!
-Ate Ryan!<disse e ele saiu batendo a porta>
Estranho. Esta e a palavra correta para o que acabou
de acontecer aqui. Eu poderia esperar o papa, mas nunca o Ryan, ainda mais
assim, todo arrependido. Eu não sou de desconfiar das pessoas, mas eu prefiro
ficar com um pe atrás em relação a ele.
Meu pai eterno quase morri quando o Ryan apareceuu :o será que ele está arrependido? Essa dúvida não sai da minha cabeça.
ResponderExcluirE finalmente a Mary se deu conta que ele não irá deixa-lá *-*.. Estou amando haha :***
kkkkkk Nossa imagina a surpresa dela quando viu ele?
ResponderExcluirEu espero que esteja viu!
Sera que ela realmente se deu conta?
Que bom q esta curtindo amore!!
Obrigada por ler e comentar!